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string(7740) "Pais e alunos estão apreensivos com as ameaças de ataques às escolas de Minas marcadas para esta quinta-feira (20). Com medo, algumas famílias afirmam que não deixarão os filhos sair de casa. Apesar do temor, unidades de ensino, polícias e autoridades orientam a manter tranquilidade. A segurança foi reforçada e as aulas irão ocorrer normalmente. A Polícia Militar vai colocar todo efetivo na rua para reforçar segurança nesta quinta.
A data remete ao Massacre de Columbine, atentado em um colégio nos Estados Unidos que deixou 15 mortos, em 1999. Tem referência também ao aniversário do ditador alemão Adolf Hitler, que nasceu no mesmo dia, em 1889. Ambos ocorreram em 20 de abril.
O temor dos pais cresceu nas últimas semanas, quando diversas mensagens circularam nas redes sociais com ameaças de ataque na próxima quinta-feira (20). Em uma delas, uma "lista" indicava escolas onde atos violentos supostamente iriam ocorrer. Um adolescente confessou a autoria e divulgação da postagem e foi apreendido na última segunda-feira. Na avaliação do Ministério Público, o caso não representa perigo.
Apreensão
Mesmo com os esforços para garantir a máxima tranquilidade possível, o clima de apreensão já foi instaurado. A bióloga Larissa Alvarenga, de 28 anos, mãe de uma criança de 3 que estuda em uma Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) da capital, diz que não vai mandar o para o colégio nesta quinta.
"Desde semana passada isso piorou à medida que se aproxima o dia 20. Sei que parte do que está ocorrendo é para instaurar o caos e o medo nas pessoas, mas, infelizmente, a gente não pode duvidar do ser humano, principalmente com base nas tragédias recentes", pondera.
A bióloga notou o reforço na segurança, mas avalia que é preciso mais. "As escolas, em específico a do meu filho, não estão preparadas. Cheguei a ver policiamento em alguns dias, mas eles não ficam lá. Graças a Deus tenho com quem deixar meu filho, mas sei que muita gente não. Eu vou preferir resguardar", diz, decidida.
Um casal que pediu para não ser identificado informou que teme pela segurança dos filhos, dois adolescentes, de 13 e 15 anos, matriculados na rede privada. Após diálogo com a escola, optou por manter a rotina.
"Eles irão, mas estou apreensiva. Aliás, infelizmente a escola têm se transformado no local do medo. Meu marido tem mais segurança e acha que será um dia normal e que as escolas estarão mais atentas. Eu fico mais insegura. Hoje em dia, as pessoas estão muito agressivas, tensas, revoltadas. Até para fazer algum tipo de brincadeira é preciso pensar muito", disse a mãe.
Colégio se prepara e estima menor adesão
Em meio ao cenário de "pânico", escolas privadas já estimam menor adesão dos estudantes na data, véspera do feriado de 21 de abril. Diretor do colégio Olimpo, no bairro Mangabeiras, região Centro-Sul de BH, Fernando Barros estima que até 5% dos alunos deixem de ir na quinta. Para ele, o índice é pequeno graças a uma força-tarefa montada para tranquilizar os pais.
"Logo depois dos fatos que tivemos no país, atuamos imediatamente com os alunos e pais reforçando que nossas escolas são muito seguras. A melhor forma que encontramos para atuar é conversar para minimizar esse momento", explica.
Atuando como coordenador do Comitê de Segurança Escolar do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SinepeMG), Barros também reforça que a orientação repassada às escolas é que o dia 20 seja de aula normal.
"A vida precisa seguir, as nossas escolas são seguras e estamos reforçando os protocolos de segurança. Não apenas a rede privada, mas as secretarias de educação municipal e estadual também estão mobilizadas", afirma.
Por nota, o Sinepe-MG reforçou o funcionamento normal, com maior atenção aos comportamentos incomuns, mas ressaltou que as instituições de ensino associadas têm autonomia. A entidade também confirma que alguns alunos estão faltando às atividades desde o início da onda de ataques, mas “por opção dos pais”.
"Nós orientamos as famílias a não fazer isso, para não atrapalhar os alunos no aprendizado e na rotina, pois isso só gera mais temor e insegurança nas crianças e jovens. Em breve divulgaremos uma cartilha de orientações, que está sendo feita pelo nosso comitê de segurança, para as escolas estarem alinhadas nas medidas de prevenção".
A Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) reforçou que as aulas irão ocorrer normalmente nesta quinta-feira. A pasta pede que servidores, estudantes, pais ou responsáveis e a comunidade escolar mantenham a tranquilidade. "Ações positivas" para o fortalecimento da rede de proteção e prevenção à violência nas unidades de ensino estão previstas.
"As escolas irão promover rodas de conversa, atividades de integração e promoção de um ambiente acolhedor e feliz, oficinas, palestras e atividades pautadas no Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG), com foco no desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos estudantes, valorização do diálogo entre os pares com a atuação de todos os educadores, escuta coletiva e individual e apoio acadêmico, buscando oferecer suporte adequado às necessidades dos estudantes, atividades de escrita criativa, diários, redação de histórias, pintura e expressões artísticas".
Segundo a SEE, as iniciativas fazem parte do Programa de Convivência Democrática, que desenvolve ao longo do ano ações voltadas à promoção dos direitos humanos e prevenção às formas de violências.
A Prefeitura de Belo Horizonte também informou que o calendário escolar segue normalmente. A administração ressaltou as parcerias com as secretarias de Educação e de Segurança e Prevenção para intensificar o patrulhamento da Guarda Municipal nas unidades de ensino, com atenção especial para os horários de entrada e saída dos alunos.
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A data remete ao Massacre de Columbine, atentado em um colégio nos Estados Unidos que deixou 15 mortos, em 1999. Tem referência também ao aniversário do ditador alemão Adolf Hitler, que nasceu no mesmo dia, em 1889. Ambos ocorreram em 20 de abril.
O temor dos pais cresceu nas últimas semanas, quando diversas mensagens circularam nas redes sociais com ameaças de ataque na próxima quinta-feira (20). Em uma delas, uma "lista" indicava escolas onde atos violentos supostamente iriam ocorrer. Um adolescente confessou a autoria e divulgação da postagem e foi apreendido na última segunda-feira. Na avaliação do Ministério Público, o caso não representa perigo.
Apreensão
Mesmo com os esforços para garantir a máxima tranquilidade possível, o clima de apreensão já foi instaurado. A bióloga Larissa Alvarenga, de 28 anos, mãe de uma criança de 3 que estuda em uma Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) da capital, diz que não vai mandar o para o colégio nesta quinta.
"Desde semana passada isso piorou à medida que se aproxima o dia 20. Sei que parte do que está ocorrendo é para instaurar o caos e o medo nas pessoas, mas, infelizmente, a gente não pode duvidar do ser humano, principalmente com base nas tragédias recentes", pondera.
A bióloga notou o reforço na segurança, mas avalia que é preciso mais. "As escolas, em específico a do meu filho, não estão preparadas. Cheguei a ver policiamento em alguns dias, mas eles não ficam lá. Graças a Deus tenho com quem deixar meu filho, mas sei que muita gente não. Eu vou preferir resguardar", diz, decidida.
Um casal que pediu para não ser identificado informou que teme pela segurança dos filhos, dois adolescentes, de 13 e 15 anos, matriculados na rede privada. Após diálogo com a escola, optou por manter a rotina.
"Eles irão, mas estou apreensiva. Aliás, infelizmente a escola têm se transformado no local do medo. Meu marido tem mais segurança e acha que será um dia normal e que as escolas estarão mais atentas. Eu fico mais insegura. Hoje em dia, as pessoas estão muito agressivas, tensas, revoltadas. Até para fazer algum tipo de brincadeira é preciso pensar muito", disse a mãe.
Colégio se prepara e estima menor adesão
Em meio ao cenário de "pânico", escolas privadas já estimam menor adesão dos estudantes na data, véspera do feriado de 21 de abril. Diretor do colégio Olimpo, no bairro Mangabeiras, região Centro-Sul de BH, Fernando Barros estima que até 5% dos alunos deixem de ir na quinta. Para ele, o índice é pequeno graças a uma força-tarefa montada para tranquilizar os pais.
"Logo depois dos fatos que tivemos no país, atuamos imediatamente com os alunos e pais reforçando que nossas escolas são muito seguras. A melhor forma que encontramos para atuar é conversar para minimizar esse momento", explica.
Atuando como coordenador do Comitê de Segurança Escolar do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SinepeMG), Barros também reforça que a orientação repassada às escolas é que o dia 20 seja de aula normal.
"A vida precisa seguir, as nossas escolas são seguras e estamos reforçando os protocolos de segurança. Não apenas a rede privada, mas as secretarias de educação municipal e estadual também estão mobilizadas", afirma.
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