Por meio de uma carta, a Assembleia Legislativa de Minas veio a público manifestar preocupação com o momento atual do país. O parlamento mineiro reconhece que o sistema político nacional enfrenta instabilidade.

Nos últimos dias, apoiadores do presidente Bolsonaro foram às ruas de todo o país pedir o fechamento do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF), bem como o retorno do regime militar. No último fim de semana, esse movimento recrudesceu, agravando ainda mais os atritos entre governo federal e STF. A corte máxima do Judiciário tem tomado decisões que desagradam o presidente da República e enfurecem seus apoiadores, mobilizados em locais como a Praça dos Três Poderes, em Brasília.

No documento, o Legislativo de Minas pede aos cidadãos a união em prol do regime democrático. Pela primeira vez, o parlamento de Minas toma uma posição clara nesse sentido. Na última crise política do país, que tirou a ex-presidente Dilma do poder, o parlamento mineiro manteve-se em silêncio.

“A Assembleia de Minas entende que, mais do que em outra época, são necessários, nesta em que vivemos, o entendimento e o diálogo, a soma de forças, a colaboração mútua, a substituição de interesses menores pelos interesse de toda população brasileira, que sofrida, clama por saúde, trabalho, segurança e, sobretudo, por estabilidade e paz”, diz a carta de uma lauda assinada pelo presidente Agostinho Patrus (PV).

Vale a pena pontuar que embora em Minas as instituições estejam em funcionamento, a profunda crise econômica inibe uma eficaz atuação sobretudo do governo. Na hipótese de mais turbulência na política nacional, quem mais perde nessa história seriam os mineiros.

 

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