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Organizadora do livro ao lado de Fabíola Farias e Maria da Conceição Carvalho, a bibliotecária Cleide Fernandes ressalta o papel dos professores neste fomento. “A sala de aula é um importante espaço de acesso à leitura. Pelo depoimento das pessoas, estes professores que liam para os alunos ficaram gravados na memória afetiva de várias delas”, registra.
O livro traz relatos de 20 entrevistados com atuação na cena literária de BH, como a poetisa e professora Ana Elisa Ribeiro, a contadora de histórias Aline Cântia, o ilustrador Nelson Cruz e o ator Odilon Esteves, criador do projeto “Espalhemos Poesia”. Somam-se outros 42 depoimentos de pessoas anônimas, colhidos após solicitação nas redes sociais.
“É muito importante a ação do poder público para a área. Sem isso, fica bastante esvaziado. A gente percebe o quanto os festivais, geralmente feitos com recursos públicos, são importantes para as pessoas”
Apesar de o livro contemplar uma diversidade de regiões, Cleide salienta que não se trata de um mapeamento dos locais de maior acesso à leitura. “É complicado usar este termo porque nunca tivemos essa pretensão. Nossas escolhas foram baseadas em pessoas que, pela trajetória, poderiam ter algo a contribuir”, explica.
Ela assinala que “são várias histórias dentro dos percursos de leitura em Belo Horizonte”, não cabendo uma perspectiva apenas. “Quando se coloca em destaque o afetivo, você passa por escolhas, que não são necessariamente pelas regiões. Aconteceu (uma diversidade geográfica) e ficou bom, mas não era nosso interesse inicial”.
Foro íntimo
A organizadora observa que boa parte dos textos tem um caráter pessoal, uns mais e outros menos. “Cada pessoa tem um jeito de se colocar no mundo. Algumas são mais formais, enquanto outras vão dar maior ênfase ao seu trabalho público. Mas como fizemos perguntas sobre a infância e adolescência, houve uma abertura para o compartilhamento de foro mais íntimo e privado”, analisa.
Entre os depoimentos de anônimos, Cleide afirma que há relatos de origens muito diversas. “Tem histórias que nos deixaram muito emocionadas, como a de uma senhorinha de quase 90 anos que fala de sua relação com dona Etelvina (Viana Lima, fundadora da Escola de Biblioteconomia da UFMG, em 1950). Quase todas elas passam pela questão da memória afetiva”.
No livro fica muito evidente a importância da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, fundada em 1954 e localizada próximo à Praça da Liberdade. “Ela é citada por praticamente todos os entrevistados. Há verdadeiras declarações de amor, tornando-se um símbolo de leitura na cidade”, afirma Cleide, orgulhosa da importância da biblioteca onde trabalha.
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Organizadora do livro ao lado de Fabíola Farias e Maria da Conceição Carvalho, a bibliotecária Cleide Fernandes ressalta o papel dos professores neste fomento. “A sala de aula é um importante espaço de acesso à leitura. Pelo depoimento das pessoas, estes professores que liam para os alunos ficaram gravados na memória afetiva de várias delas”, registra.
O livro traz relatos de 20 entrevistados com atuação na cena literária de BH, como a poetisa e professora Ana Elisa Ribeiro, a contadora de histórias Aline Cântia, o ilustrador Nelson Cruz e o ator Odilon Esteves, criador do projeto “Espalhemos Poesia”. Somam-se outros 42 depoimentos de pessoas anônimas, colhidos após solicitação nas redes sociais.
“É muito importante a ação do poder público para a área. Sem isso, fica bastante esvaziado. A gente percebe o quanto os festivais, geralmente feitos com recursos públicos, são importantes para as pessoas”
Apesar de o livro contemplar uma diversidade de regiões, Cleide salienta que não se trata de um mapeamento dos locais de maior acesso à leitura. “É complicado usar este termo porque nunca tivemos essa pretensão. Nossas escolhas foram baseadas em pessoas que, pela trajetória, poderiam ter algo a contribuir”, explica.
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A organizadora observa que boa parte dos textos tem um caráter pessoal, uns mais e outros menos. “Cada pessoa tem um jeito de se colocar no mundo. Algumas são mais formais, enquanto outras vão dar maior ênfase ao seu trabalho público. Mas como fizemos perguntas sobre a infância e adolescência, houve uma abertura para o compartilhamento de foro mais íntimo e privado”, analisa.
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