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“A Academia é de 1909 e também de 2020, sendo contemporânea de seu tempo”, afirma Rogério Faria Tavares, presidente da Academia Mineira de Letras, ao assinalar as ações que a instituição vem adotando para, como ele mesmo afirma, “continuar prestando serviço ao público”. Em tempos de pandemia, isso significa intensificar os conteúdos disponibilizados no site e nas redes sociais.
Em primeira mão ao Hoje ao Dia, Tavares adianta a produção, no blog da AML, de resenhas de livros assinadas pelos próprios acadêmicos. “É um modo de mobilizar nossa comunidade interna, a partir de temas que lhe interessam, que são a literatura e a leitura. Em outro momento, vamos inserir também poemas, pois acreditamos na potência da poesia para nos ajudar nesta travessia”, registra.
A travessia que o presidente alude é o momento de distanciamento social que deixou a maioria das pessoas em casa. “Tínhamos uma programação intensa até julho, na sede da Academia, e tivemos que desmarcar tudo. Como nosso objetivo único é oferecer uma programação atual relevante, que possa gerar interesse nas pessoas, investimos nos canais alternativos. A nossa sorte é que estamos na redes sociais há algum tempo”.
Em página no Facebook, o Grupo Planeta promove bate-papos virtuais com seus autores em todo o continente. O primeiro encontro será amanhã, às 20h30, com a escritora e ilustradora colombiana Amalia Andrade
Além do maior envolvimento dos acadêmicos na produção de conteúdo, a ideia é falar do trabalho deles. Ainda no campo das resenhas, especialistas serão convidados a falar de determinada obra deles. Um primeiro comentário foi ao ar ontem, sobre a tetralogia “A Saga do Caminho Novo”, de Benito Barreto, assinado pela poeta Flávia Queiroz. “Vamos dar o máximo de sugestão de leitura para quem está em casa”, afirma.
Para quem gosta de literatura, a Academia dispõe ainda de um canal no YouTube com cerca de 200 vídeos, com a reunião de conferências e palestras realizadas nos últimos anos. “Só em 2019 fizemos 80 encontros literários, todos eles filmados na íntegra. Hoje temos um acervo audiovisual valioso. Atualmente o conceito de acervo não pode se resumir ao papel, embora este seja muito importante - temos 35 mil itens na Academia”, assinala.
Tavares não tem dúvidas de que, neste “momento de insegurança e apreensão, é fundamental renovar uma aposta naquilo que a civilização construiu de mais importante”: a sua literatura. Ele destaca que aventura da espécie humana pelo mundo das histórias é tão antiga quanto o próprio homem. “É uma necessidade nossa contar histórias, criar narrativas para dar sentido a todo esse caos”.
mondolivro/divulgação / N/A
Ambiente de trabalho do escritor Alberto Vilas, postado no instagram do Mondolivro
Instagram mostra ambientes de trabalho dos escritores
Afonso Borges não para. Quanto mais tempo confinado em casa, mais ideias saem de sua cabeça para abordar o mundo da literatura. Agora com o desafio extra de levar este material para a internet.
“Acabo de ter (uma ideia) pouco antes de falar com você”, registra o criador do projeto “Sempre um Papo”, iniciado há 23 anos. A mais recente trará uma versão, dentro do universo literário, da campanha “#Euficoemcasa”, feita por artistas.
O projeto de convidar escritores para postar o ambiente de trabalho deles em tempos de confinamento não partiu dele, mas sim do apresentador Zeca Camargo, durante uma conversa de grupo de whatsApp que envolve 120 escritores do Brasil e de Portugal.
A Fundação Dorina Nowill para Cegos disponibiliza gratuitamente livros infantis acessíveis para entretenimento de crianças com deficiência visual. Site dispõe de vasto acervo com opções de livros acessíveis nos formatos falado, digital e braille para impressão
Apesar de não ser o autor da ideia, é no Instagram de Mondolivro, cluster de Borges, que estão sendo publicadas as fotos. “Para o escritor, que já trabalha em casa, não se trata de uma adaptação, mas não deixa de ser uma curiosidade”.
Além das fotos , o “#AutoremCasa” conta com textos curtos escritos pelos autores, que falam livremente sobre seu processo de criação, suas lembranças e como estão se adaptando a este novo cenário.
Há análises preciosas, como a feita por Alberto Villas, autor de “Admirável Mundo Velho”, descreve o seu ambiente de trabalho: "Alguns chamam de escritório, mas eu, no íntimo, sei que é o museu de mim mesmo".
Outro projeto é “#LeituraDeAutor”, na qual escritores e escritoras escolhem textos de sua autoria e se gravam em vídeo, fazendo a leitura. O material será disponibilizado no canal do YouTube do “Sempre um Papo”.
Editora mineira lança concurso de crônicas sobre a quarentena
A Páginas Editora acaba de lançar o concurso literário “Crônicas da Quarentena”, aberto a quem quiser falar sobre a mudança de rotina provocada pelo coronavirus. “A ideia é que as pessoas escrevam sobre coisas diferentes que não faziam parte de seu cotidiano, como cozinhar e arrumar casa”, explica Leida Reis, proprietária da editora e vice-presidente da Câmara Mineira do Livro.
As crônicas devem ser enviadas ate 10 de maio (informações em paginaseditora.com.br/projetos). As três melhores participarão, sem qualquer custo, de uma antologia que está sendo preparada para setembro pela editora, com lançamento “presencial”, frisa Leida. Por falar em lançamentos, a Páginas precisou adiar a divulgação e até mesmo a impressão de várias obras.
“Tivemos esse baque de sete lançamentos, que faríamos de março a abril, serem cancelados. Aconteceriam em locais bem bacanas, como o Museu Gerdau e o Sesc Palladium. Somente mantivemos um, fazendo um lançamento virtual na Livraria da Travessa”, lamenta Leida, que sofreu outro revés com o período de isolamento social - a livraria de mesmo nome, aberta em 13 de março, só pôde funcionar por cinco dias.
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Em primeira mão ao Hoje ao Dia, Tavares adianta a produção, no blog da AML, de resenhas de livros assinadas pelos próprios acadêmicos. “É um modo de mobilizar nossa comunidade interna, a partir de temas que lhe interessam, que são a literatura e a leitura. Em outro momento, vamos inserir também poemas, pois acreditamos na potência da poesia para nos ajudar nesta travessia”, registra.
A travessia que o presidente alude é o momento de distanciamento social que deixou a maioria das pessoas em casa. “Tínhamos uma programação intensa até julho, na sede da Academia, e tivemos que desmarcar tudo. Como nosso objetivo único é oferecer uma programação atual relevante, que possa gerar interesse nas pessoas, investimos nos canais alternativos. A nossa sorte é que estamos na redes sociais há algum tempo”.
Em página no Facebook, o Grupo Planeta promove bate-papos virtuais com seus autores em todo o continente. O primeiro encontro será amanhã, às 20h30, com a escritora e ilustradora colombiana Amalia Andrade
Além do maior envolvimento dos acadêmicos na produção de conteúdo, a ideia é falar do trabalho deles. Ainda no campo das resenhas, especialistas serão convidados a falar de determinada obra deles. Um primeiro comentário foi ao ar ontem, sobre a tetralogia “A Saga do Caminho Novo”, de Benito Barreto, assinado pela poeta Flávia Queiroz. “Vamos dar o máximo de sugestão de leitura para quem está em casa”, afirma.
Para quem gosta de literatura, a Academia dispõe ainda de um canal no YouTube com cerca de 200 vídeos, com a reunião de conferências e palestras realizadas nos últimos anos. “Só em 2019 fizemos 80 encontros literários, todos eles filmados na íntegra. Hoje temos um acervo audiovisual valioso. Atualmente o conceito de acervo não pode se resumir ao papel, embora este seja muito importante - temos 35 mil itens na Academia”, assinala.
Tavares não tem dúvidas de que, neste “momento de insegurança e apreensão, é fundamental renovar uma aposta naquilo que a civilização construiu de mais importante”: a sua literatura. Ele destaca que aventura da espécie humana pelo mundo das histórias é tão antiga quanto o próprio homem. “É uma necessidade nossa contar histórias, criar narrativas para dar sentido a todo esse caos”.
mondolivro/divulgação / N/A
Ambiente de trabalho do escritor Alberto Vilas, postado no instagram do Mondolivro
Instagram mostra ambientes de trabalho dos escritores
Afonso Borges não para. Quanto mais tempo confinado em casa, mais ideias saem de sua cabeça para abordar o mundo da literatura. Agora com o desafio extra de levar este material para a internet.
“Acabo de ter (uma ideia) pouco antes de falar com você”, registra o criador do projeto “Sempre um Papo”, iniciado há 23 anos. A mais recente trará uma versão, dentro do universo literário, da campanha “#Euficoemcasa”, feita por artistas.
O projeto de convidar escritores para postar o ambiente de trabalho deles em tempos de confinamento não partiu dele, mas sim do apresentador Zeca Camargo, durante uma conversa de grupo de whatsApp que envolve 120 escritores do Brasil e de Portugal.
A Fundação Dorina Nowill para Cegos disponibiliza gratuitamente livros infantis acessíveis para entretenimento de crianças com deficiência visual. Site dispõe de vasto acervo com opções de livros acessíveis nos formatos falado, digital e braille para impressão
Apesar de não ser o autor da ideia, é no Instagram de Mondolivro, cluster de Borges, que estão sendo publicadas as fotos. “Para o escritor, que já trabalha em casa, não se trata de uma adaptação, mas não deixa de ser uma curiosidade”.
Além das fotos , o “#AutoremCasa” conta com textos curtos escritos pelos autores, que falam livremente sobre seu processo de criação, suas lembranças e como estão se adaptando a este novo cenário.
Há análises preciosas, como a feita por Alberto Villas, autor de “Admirável Mundo Velho”, descreve o seu ambiente de trabalho: "Alguns chamam de escritório, mas eu, no íntimo, sei que é o museu de mim mesmo".
Outro projeto é “#LeituraDeAutor”, na qual escritores e escritoras escolhem textos de sua autoria e se gravam em vídeo, fazendo a leitura. O material será disponibilizado no canal do YouTube do “Sempre um Papo”.
Editora mineira lança concurso de crônicas sobre a quarentena
A Páginas Editora acaba de lançar o concurso literário “Crônicas da Quarentena”, aberto a quem quiser falar sobre a mudança de rotina provocada pelo coronavirus. “A ideia é que as pessoas escrevam sobre coisas diferentes que não faziam parte de seu cotidiano, como cozinhar e arrumar casa”, explica Leida Reis, proprietária da editora e vice-presidente da Câmara Mineira do Livro.
As crônicas devem ser enviadas ate 10 de maio (informações em paginaseditora.com.br/projetos). As três melhores participarão, sem qualquer custo, de uma antologia que está sendo preparada para setembro pela editora, com lançamento “presencial”, frisa Leida. Por falar em lançamentos, a Páginas precisou adiar a divulgação e até mesmo a impressão de várias obras.
“Tivemos esse baque de sete lançamentos, que faríamos de março a abril, serem cancelados. Aconteceriam em locais bem bacanas, como o Museu Gerdau e o Sesc Palladium. Somente mantivemos um, fazendo um lançamento virtual na Livraria da Travessa”, lamenta Leida, que sofreu outro revés com o período de isolamento social - a livraria de mesmo nome, aberta em 13 de março, só pôde funcionar por cinco dias.