Com Agências - Após a sabotagem ao sistema elétrico da Venezuela, o país amanheceu neste sábado (9) com as ruas tomadas por protestos em apoio ao governo de Nicolás Maduro e contra o que chamam de "agressão imperialista".
"O império dos EUA, uma vez mais, subestima a consciência e determinação do povo venezuelano. Lhes asseguro que cada intento de agressão imperial se encontrará com uma resposta contundente dos e das patriotas que amam e defendem, com valentia, nossa Pátria", afirmou Maduro em sua página nas redes sociais.
Durante o ato, Maduro denunciou que o sistema elétrico da Venezuela sofreu um terceiro ataque cibernético neste sábado, que causou um novo apagão geral em todo o país. "Hoje nós reconectamos 70% do país, quando fomos alvo ao meio-dia de outro ataque cibernético a uma das fontes de geração que estava funcionando perfeitamente e que atrapalhou a reconexão e derrubou tudo que conseguimos até o meio-dia", explicou Maduro.
O oposicionista Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino, também convocou atos neste sábado para medir forças nas ruas de Caracas. O ato é o primeiro após o retorno de Guaidó de sua visita a cinco países da região (Colômbia, Brasil, Paraguai, Argentina e Equador), em meio às ameaças da possível detenção.
Os manifestantes convocados por Guaidó tentaram caminhar em direção ao local onde acontecia ol ato convocado por Maduro. A polícia venezuelana utilizou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que recuaram, mas optaram por permanecer nas imediações do local.
Guaidó reagiu no Twitter afirmando que o governo de Nicolás Maduro terá "uma surpresa", já que os opositores continuarão na rua.
"Pretendem gerar desgaste, mas já não têm como conter um povo que está decidido a acabar com a usurpação. E hoje o vamos demonstrar nas ruas", escreveu Guaidó.
A eletricidade foi restabelecida na madrugada deste sábado em algumas áreas de Caracas, porém, alguns bairros da capital venezuelana e mais de metade do país continuam sem energia há mais de 40 horas.