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Publicado, ontem, na revista The Lancet Planetary Health, o levantamento mostra ainda que, em 2019, mais de 70% dos dias tiveram concentrações de PM2,5 superiores a 15g/m³. A partícula tem um diâmetro inferior a 2,5 micrômetros — um micrômetro equivale a um milionésimo de um metro. Esse tamanho diminuto e o fato de ser inalável fazem com que ela seja considerada o principal fator de risco ambiental à saúde — com exposição relacionada a doenças cardíacas, respiratórias, cânceres e outros males.
Como faltam estações de monitoramento da poluição atmosférica global, a equipe liderada por Yuming Guo, da Monash University School of Public Health and Preventive Medicine, em Melbourne, Austrália, decidiu criar um mapa de como a PM2,5 mudou em todo o mundo, nas últimas décadas. Para isso, os pesquisadores recorreram a observações tradicionais de monitoramento da qualidade do ar, detectores meteorológicos e de poluição do ar baseados em satélite, métodos estatísticos e de inteligência artificial.
"Usamos uma abordagem inovadora de aprendizado de máquina para integrar várias informações meteorológicas e geológicas para estimar as concentrações diárias globais de PM2,5 no nível da superfície, em uma alta resolução espacial (...), focando em áreas acima de 15g/m³, que é considerado o limite seguro pela OMS", detalha, em nota, Guo, enfatizando, em seguida, que esse referencial estipulado pela agência das Nações Unidas "ainda é discutível".
Sazonalidades
As análises mostram também que, embora os níveis diários de poluentes tenham diminuído na Europa e na América do Norte nas duas décadas até 2019, os níveis aumentaram no sul da Ásia, na Austrália, na Nova Zelândia, na América Latina e no Caribe. Por exemplo, no sul da Ásia e no leste da Ásia, mais de 90% dos dias apresentaram concentrações diárias de PM2,5 superiores ao recomendado.
Segundo Guo, as concentrações inseguras das partículas poluentes também mostram diferentes padrões sazonais. "Registramos poluição atmosférica relativamente alta em agosto e setembro na América do Sul e de junho a setembro na África Subsaariana", ilustra. O mesmo ocorreu em áreas orientais da América do Norte nos meses de verão, de junho a agosto.
Na avaliação do pesquisador, o trabalho inédito "fornece uma compreensão profunda do estado atual da poluição do ar ao ar livre e seus impactos na saúde humana" e pode servir de suporte para a formulação de políticas públicas. "Autoridades de saúde e pesquisadores podem avaliar melhor os efeitos da poluição do ar a curto e longo prazo na saúde e desenvolver estratégias de mitigação da poluição do ar", indica.
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Publicado, ontem, na revista The Lancet Planetary Health, o levantamento mostra ainda que, em 2019, mais de 70% dos dias tiveram concentrações de PM2,5 superiores a 15g/m³. A partícula tem um diâmetro inferior a 2,5 micrômetros — um micrômetro equivale a um milionésimo de um metro. Esse tamanho diminuto e o fato de ser inalável fazem com que ela seja considerada o principal fator de risco ambiental à saúde — com exposição relacionada a doenças cardíacas, respiratórias, cânceres e outros males.
Como faltam estações de monitoramento da poluição atmosférica global, a equipe liderada por Yuming Guo, da Monash University School of Public Health and Preventive Medicine, em Melbourne, Austrália, decidiu criar um mapa de como a PM2,5 mudou em todo o mundo, nas últimas décadas. Para isso, os pesquisadores recorreram a observações tradicionais de monitoramento da qualidade do ar, detectores meteorológicos e de poluição do ar baseados em satélite, métodos estatísticos e de inteligência artificial.
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Sazonalidades
As análises mostram também que, embora os níveis diários de poluentes tenham diminuído na Europa e na América do Norte nas duas décadas até 2019, os níveis aumentaram no sul da Ásia, na Austrália, na Nova Zelândia, na América Latina e no Caribe. Por exemplo, no sul da Ásia e no leste da Ásia, mais de 90% dos dias apresentaram concentrações diárias de PM2,5 superiores ao recomendado.
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