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A Polícia Nacional Bolivariana da Venezuela publicou, nesta quinta-feira (31/10), uma foto com a bandeira do Brasil e a mensagem: "Quem se mete com a Venezuela se dá mal".
A publicação também mostra a silhueta de um homem, que aparenta ser o presidente Lula, com o rosto escurecido.
Na legenda da postagem, a organização disse que o país "está destinado a vencer". "Nossa pátria é independente, livre e soberana. Não aceitamos chantagens de ninguém, nem somos colônias de ninguém", escreveu a polícia.
Foi marcado na publicação o ministro do interior da Venezuela, Diosdado Cabello, e o perfil do programa Con El Mazo Dando, apresentado pelo político na TV pública do país. A mesma imagem também foi publicada na conta do programa.
De acordo com o blog da Julia Duailibi, o Itamaraty não deve se posicionar publicamente sobre o ocorrido. O Correio entrou em contato com o ministério em busca de um posicionamento. Em caso de resposta, a matéria será atualizada.
Crise diplomática
O clima entre Brasil e Venezuela é de tensão diplomática. O governo venezuelano criticou o Brasil por ter vetado a entrada do país nos Brics, grupo composto por China, Rússia, Índia, entre outros.
Em audiência na Câmara na terça-feira (29/10), o assessor especial do presidente Lula para Assuntos Externos, Celso Amorim, disse que as autoridades venezuelanas estão "acusando injustamente" o Brasil com relação aos Brics. O assessor acrescentou que a decisão do bloco não foi ideológica, pois o Brasil acredita que, para ingressar no grupo, é preciso ter influência e ajudar a representar a região.
"E a Venezuela de hoje não preenche essas condições, na nossa opinião. Isso não foi um veto, foi expresso. As decisões são por consenso", declarou Amorim.
O assessor ainda afirmou que a Venezuela quebrou a confiança do país nas últimas eleições, que reelegeram Maduro.
Na quarta-feira (30/10), o país convocou seu embaixador em Brasília para voltar à Venezuela. Convocar um embaixador é uma espécie de repreensão de um país a outro, na linguagem diplomática internacional.
Em comunicado, o governo Maduro citou nominalmente o assessor da Presidência. "Amorim, comportando-se mais como um mensageiro do imperialismo norte-americano, tem se dedicado, de maneira impertinente, a emitir juízos de valor sobre processos que são responsabilidade exclusiva dos venezuelanos e de suas instituições democráticas. Tais declarações constituem uma agressão constante que mina as relações políticas e diplomáticas entre os Estados, ameaçando os laços que unem os dois países", disse a publicação.
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A Polícia Nacional Bolivariana da Venezuela publicou, nesta quinta-feira (31/10), uma foto com a bandeira do Brasil e a mensagem: "Quem se mete com a Venezuela se dá mal".
A publicação também mostra a silhueta de um homem, que aparenta ser o presidente Lula, com o rosto escurecido.
Na legenda da postagem, a organização disse que o país "está destinado a vencer". "Nossa pátria é independente, livre e soberana. Não aceitamos chantagens de ninguém, nem somos colônias de ninguém", escreveu a polícia.
Foi marcado na publicação o ministro do interior da Venezuela, Diosdado Cabello, e o perfil do programa Con El Mazo Dando, apresentado pelo político na TV pública do país. A mesma imagem também foi publicada na conta do programa.
De acordo com o blog da Julia Duailibi, o Itamaraty não deve se posicionar publicamente sobre o ocorrido. O Correio entrou em contato com o ministério em busca de um posicionamento. Em caso de resposta, a matéria será atualizada.
Crise diplomática
O clima entre Brasil e Venezuela é de tensão diplomática. O governo venezuelano criticou o Brasil por ter vetado a entrada do país nos Brics, grupo composto por China, Rússia, Índia, entre outros.
Em audiência na Câmara na terça-feira (29/10), o assessor especial do presidente Lula para Assuntos Externos, Celso Amorim, disse que as autoridades venezuelanas estão "acusando injustamente" o Brasil com relação aos Brics. O assessor acrescentou que a decisão do bloco não foi ideológica, pois o Brasil acredita que, para ingressar no grupo, é preciso ter influência e ajudar a representar a região.
"E a Venezuela de hoje não preenche essas condições, na nossa opinião. Isso não foi um veto, foi expresso. As decisões são por consenso", declarou Amorim.
O assessor ainda afirmou que a Venezuela quebrou a confiança do país nas últimas eleições, que reelegeram Maduro.
Na quarta-feira (30/10), o país convocou seu embaixador em Brasília para voltar à Venezuela. Convocar um embaixador é uma espécie de repreensão de um país a outro, na linguagem diplomática internacional.
Em comunicado, o governo Maduro citou nominalmente o assessor da Presidência. "Amorim, comportando-se mais como um mensageiro do imperialismo norte-americano, tem se dedicado, de maneira impertinente, a emitir juízos de valor sobre processos que são responsabilidade exclusiva dos venezuelanos e de suas instituições democráticas. Tais declarações constituem uma agressão constante que mina as relações políticas e diplomáticas entre os Estados, ameaçando os laços que unem os dois países", disse a publicação.