Um arcebispo italiano, Carlo Maria Vigano, ex-embaixador da Santa Sé em Washington, acusou o papa Francisco de ter protegido o cardeal McCarrick
O cardeal Daniel DiNardo, presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, vai participar do encontro no Vaticano, depois de ter dito no mês passado que queria se reunir com o papa após o escândalo.
Outros dois líderes da conferência também estarão presentes, assim como o arcebispo de Boston, Sean O'Malley, presidente da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores, detalhou o porta-voz Greg Burke.No entanto, a questão da reunião não foi detalhada.
A publicação em meados de agosto de um volumoso relatório sobre os abusos cometidos na Pensilvânia (leste) por membros do clero, junto com a renúncia em julho do cardeal americano Theodore McCarrick, suspeito de praticar abusos sexuais contra seminaristas e sacerdotes, abalaram a Igreja Católica americana e revelaram profundas divisões entre bispos, alguns dos quais criticaram abertamente o papa.
Um arcebispo italiano, Carlo Maria Vigano, ex-embaixador da Santa Sé em Washington, acusou o papa Francisco de ter protegido o cardeal McCarrick.
O prelado italiano afirma que advertiu Francisco desde o início de seu pontificado, em 2013, sobre o comportamento desse cardeal americano.
Além disso, a publicação do espantoso relato sobre abusos na Pensilvânia, que envolve mais de 300 padres e cerca de 1.000 crianças, chocou o público.
A comissão contra a pedofilia, presidida pelo cardeal O'Malley e instituída pelo papa Francisco, afirmou no domingo que a luta contra o abuso de crianças deve ser "prioridade" da Igreja Católica.
Caso contrário, "todas as nossas atividades de evangelização, nossas obras de caridade e educação, ficarão ressentidas", advertiu.