array(31) {
["id"]=>
int(170904)
["title"]=>
string(67) "Não sei se continuaremos a ter boa relação, diz Trump sobre Musk"
["content"]=>
string(5816) "BERLIM, ALEMANHA (FOLHAPRESS) - Durante encontro com Friedrich Merz no Salão Oval, da Casa Branca, nesta quinta-feira (5), Donald Trump não escondeu o rancor em relação a Elon Musk. "Estou muito decepcionado." Desde que deixou o governo para se dedicar a seus negócios, o bilionário empreende uma campanha contra o projeto de lei tributário patrocinado por Trump que pode elevar a dívida dos EUA em US$ 2,4 trilhões (R$ 13,5 trilhões).
"Elon e eu tínhamos um ótimo relacionamento. Não sei se ainda temos", disse Trump no Salão Oval. "Ele disse coisas maravilhosas sobre mim e nunca falou mal de mim pessoalmente, mas tenho certeza de que isso virá a seguir. Mas estou muito decepcionado com Elon. Eu o ajudei muito."
Enquanto Trump falava, Musk disparava postagens no X, contestando afirmações, como a de que teve acesso antecipado ao projeto. "Sem mim, Trump perderia a eleição", chegou a publicar. "Ele não é o primeiro", disse o presidente, sobre a defecção do ex-aliado. "As pessoas deixam o meu governo. Depois, em algum momento, sentem tanta falta que algumas delas passam a abraçá-lo e outras até se tornam hostis."
Musk foi um dos alvos preferidos de Trump durante os mais de 40 minutos da reunião que foram acompanhados pela imprensa. Também não economizou críticas a Joe Biden, sobre o qual determinou investigação a partir de boatos que dizem que o ex-presidente assinou documentos sem ter ciência de seu teor.
Havia enorme expectativa de como Merz se sairá no encontro depois que diversos líderes foram submetidos a constrangimentos no Salão Oval nos últimos meses. Não só passou ileso, como ainda ouviu de Trump que os EUA iriam "acabar logo com a guerra na Ucrânia".
Horas antes do encontro, a imprensa alemã projetava certa tensão com a informação publicada pelo jornal The New York Times de que a Casa Branca havia alterado a programação do dia. O encontro no Salão Oval, antes previsto para depois de reuniões e almoço, foi antecipado.
A equipe do primeiro-ministro também transpirou aos repórteres alemães que o acompanham na viagem que havia informação passada pelo estafe de Trump de que perguntas sobre liberdade de expressão e a AfD estavam no cardápio. A preparação de Merz para o encontro já imaginava que o assunto emergiria.
J.D. Vance e Elon Musk, à época das eleições parlamentares alemãs, declararam apoio à extremista AfD, e o vice-presidente, na Conferência de Segurança de Munique, afirmou que Europa e Alemanha cerceavam a liberdade de expressão. O ministro da Defesa, Boris Pistorius, que estava na plateia e discursaria em seguida, correu com um assessor para uma sala para alterar seu texto. Pesada, sua resposta pública condenando a interferência dos EUA no pleito causou comoção entre alemães e líderes europeus.
Mais recentemente, quando o serviço de inteligência do país classificou a AfD definitivamente como um partido de extrema direita, Marco Rubio, secretário de Estado americano, classificou o ato como "tirania disfarçada".
Desde que o presidente americano e Vance constrangeram Volodimir Zelenski em audiência transmitida ao vivo, no fim de fevereiro, acompanhar líderes mundiais no alçapão de Trump se tornou um esporte mundial. A última vítima foi o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, em maio, quando foi grosseiramente inquirido sobre um fantasioso genocídio branco em seu país. A argumentação de Trump, com filmes e documentos, era baseada em fake news, mostrou-se depois.
Ramaphosa lamentou não ter recursos para um presente, como o Qatar, que deu ao presidente um Boeing 747-8I de US$ 400 milhões (R$ 2,2 bilhões). Acabou elogiado na África do Sul por não responder às provocações do americano.
Merz não foi tão longe, mas apelou para o passado europeu, que Trump tanto valoriza. Entregou ao presidente uma certidão de nascimento folheada a ouro de seu avô, que deixou a Alemanha aos 16 anos em 1896 e emigrou para os EUA.
"
["author"]=>
string(6) "Minas1"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(627398)
["filename"]=>
string(14) "trumpielon.jpg"
["size"]=>
string(5) "62163"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(8) "bbb/aaa/"
}
["image_caption"]=>
string(29) " © Brandon Bell/Getty Images"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(197) "Musk agora empreende uma campanha contra o projeto de lei tributário patrocinado por Trump que pode elevar a dívida dos EUA em US$ 2,4 trilhões (R$ 13,5 trilhões)
"
["author_slug"]=>
string(6) "minas1"
["views"]=>
int(96)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(63) "nao-sei-se-continuaremos-a-ter-boa-relacao-diz-trump-sobre-musk"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(428)
["name"]=>
string(13) "Internacional"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(13) "internacional"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2025-06-05 21:26:21.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2025-06-05 21:26:21.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2025-06-05T21:30:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(22) "bbb/aaa/trumpielon.jpg"
}
BERLIM, ALEMANHA (FOLHAPRESS) - Durante encontro com Friedrich Merz no Salão Oval, da Casa Branca, nesta quinta-feira (5), Donald Trump não escondeu o rancor em relação a Elon Musk. "Estou muito decepcionado." Desde que deixou o governo para se dedicar a seus negócios, o bilionário empreende uma campanha contra o projeto de lei tributário patrocinado por Trump que pode elevar a dívida dos EUA em US$ 2,4 trilhões (R$ 13,5 trilhões).
"Elon e eu tínhamos um ótimo relacionamento. Não sei se ainda temos", disse Trump no Salão Oval. "Ele disse coisas maravilhosas sobre mim e nunca falou mal de mim pessoalmente, mas tenho certeza de que isso virá a seguir. Mas estou muito decepcionado com Elon. Eu o ajudei muito."
Enquanto Trump falava, Musk disparava postagens no X, contestando afirmações, como a de que teve acesso antecipado ao projeto. "Sem mim, Trump perderia a eleição", chegou a publicar. "Ele não é o primeiro", disse o presidente, sobre a defecção do ex-aliado. "As pessoas deixam o meu governo. Depois, em algum momento, sentem tanta falta que algumas delas passam a abraçá-lo e outras até se tornam hostis."
Musk foi um dos alvos preferidos de Trump durante os mais de 40 minutos da reunião que foram acompanhados pela imprensa. Também não economizou críticas a Joe Biden, sobre o qual determinou investigação a partir de boatos que dizem que o ex-presidente assinou documentos sem ter ciência de seu teor.
Havia enorme expectativa de como Merz se sairá no encontro depois que diversos líderes foram submetidos a constrangimentos no Salão Oval nos últimos meses. Não só passou ileso, como ainda ouviu de Trump que os EUA iriam "acabar logo com a guerra na Ucrânia".
Horas antes do encontro, a imprensa alemã projetava certa tensão com a informação publicada pelo jornal The New York Times de que a Casa Branca havia alterado a programação do dia. O encontro no Salão Oval, antes previsto para depois de reuniões e almoço, foi antecipado.
A equipe do primeiro-ministro também transpirou aos repórteres alemães que o acompanham na viagem que havia informação passada pelo estafe de Trump de que perguntas sobre liberdade de expressão e a AfD estavam no cardápio. A preparação de Merz para o encontro já imaginava que o assunto emergiria.
J.D. Vance e Elon Musk, à época das eleições parlamentares alemãs, declararam apoio à extremista AfD, e o vice-presidente, na Conferência de Segurança de Munique, afirmou que Europa e Alemanha cerceavam a liberdade de expressão. O ministro da Defesa, Boris Pistorius, que estava na plateia e discursaria em seguida, correu com um assessor para uma sala para alterar seu texto. Pesada, sua resposta pública condenando a interferência dos EUA no pleito causou comoção entre alemães e líderes europeus.
Mais recentemente, quando o serviço de inteligência do país classificou a AfD definitivamente como um partido de extrema direita, Marco Rubio, secretário de Estado americano, classificou o ato como "tirania disfarçada".
Desde que o presidente americano e Vance constrangeram Volodimir Zelenski em audiência transmitida ao vivo, no fim de fevereiro, acompanhar líderes mundiais no alçapão de Trump se tornou um esporte mundial. A última vítima foi o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, em maio, quando foi grosseiramente inquirido sobre um fantasioso genocídio branco em seu país. A argumentação de Trump, com filmes e documentos, era baseada em fake news, mostrou-se depois.
Ramaphosa lamentou não ter recursos para um presente, como o Qatar, que deu ao presidente um Boeing 747-8I de US$ 400 milhões (R$ 2,2 bilhões). Acabou elogiado na África do Sul por não responder às provocações do americano.
Merz não foi tão longe, mas apelou para o passado europeu, que Trump tanto valoriza. Entregou ao presidente uma certidão de nascimento folheada a ouro de seu avô, que deixou a Alemanha aos 16 anos em 1896 e emigrou para os EUA.