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string(6287) "Quase um milhão de pessoas no Quênia, Burundi, Tanzânia, Ruanda e Somália, na África Oriental, foram afetadas por um volume de chuvas sem precedentes, acentuadas pelo fenômeno climático El Niño.
De acordo com a Organização Internacional para Migrações (OIM) da Organização das Nações Unidas, as chuvas torrenciais provocaram inundações e deslizamentos de terra catastróficos e danificaram gravemente estradas, pontes e barragens. No entanto, ainda não há números oficiais sobre a quantidade total do número de mortos. “As inundações devastadoras e sem precedentes expuseram as duras realidades da mudança climática, tirando vidas e deslocando comunidades”, afirmou Rana Jaber, diretora regional da Organização Mundial para as Migrações (OMM).
Ao longo da última década, as alterações climáticas intensificaram as condições meteorológicas extremas na África Oriental, como a seca prolongada no Quênia, na Etiópia e na Somália de 2020 a 2023, seguida de graves inundações desde o final do ano passado. Na África Oriental, as fortes chuvas induzidas pelo El Niño aumentaram consideravelmente as inundações ribeirinhas e repentinas.
As inundações e os deslizamentos de terras nestes países levaram um grande número da população a abandonar suas casas, sendo relatados destruição e danos significativos nas habitações, escolas e infra-estruturas, assim como perda de colheitas e gado. Inúmeras famílias foram forçadas a buscar refúgio em estruturas improvisadas ou centros de evacuação, que em sua maioria já é uma população mais vulnerável, muitas vezes vivendo em assentamentos informais, perto das margens dos rios, com pouco acesso a água potável e sem saneamento adequado. Mas, a situação agravou ainda mais a vida das mulheres e das crianças, que já enfrentam elevados níveis de discriminação no acesso a serviços e recursos de proteção, bem como vulnerabilidade à violência, ao abuso e à exploração.
No Quênia, atingido há semanas por chuvas intensas e enchentes, as escolas estão fechadas há semanas. Segundo dados do último balanço do governo queniano, as graves inundações já causaram quase 260 mortos, dentre as quais muitas crianças, além de mais de 130 feridos e cerca de 90 pessoas desaparecidas. As cheias afetaram aproximadamente 32 mil casas e obrigou ainda o deslocamento de quase 200 mil pessoas. Na capital Nairobi, um rio transbordou, onde morreram pelo menos 71 pessoas.
Também um recente relatório divulgado pela Autoridade Nacional de Gestão da Seca indicou que as tempestades agravaram a falta de alimentos no Quênia, deixando quase dois milhões de quenianos em situação de insegurança alimentar e precisando urgentemente de ajuda humanitária.
Além disso, as inundações provocaram um surto de cólera, com 48 casos notificados. A Organização das Nações Unidas manifestou sua preocupação na última quarta-feira (8). “Acredito que entre o governo e os parceiros nacionais e internacionais podemos conter a doença. Contivemos a cólera no passado, mas essa é uma preocupação importante”, disse Stephen Jackson, coordenador da ONU no Quênia.
Já na Somália, mais de 160 mil pessoas foram atingidas pelas últimas cheias, dois terços das quais são crianças.
O Fundo Internacional de Emergência para Crianças das Nações Unidas (UNICEF) comunicou que trabalha com parceiros regionais e nacionais para facilitar e implementar soluções resilientes às alterações climáticas. “O custo, a escala e a complexidade das crises climáticas deverão aumentar em toda a região. O apoio contínuo e flexível dos doadores e dos fundos climáticos multilaterais, incluindo investimentos conjuntos e outros financiamentos inovadores com os governos em programas de prevenção e preparação para o clima, será fundamental para salvar vidas e reforçar a resiliência das crianças repetidamente afetadas pelas emergências climáticas", declarou agência da ONU.
Na África Austral, o El Niño ainda agravou as condições de seca, a pior dos últimos 40 anos, e causou a diminuição drástica das chuvas, levando à declaração de estados de emergência em Madagáscar, Malawi, Zâmbia e Zimbabué.
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De acordo com a Organização Internacional para Migrações (OIM) da Organização das Nações Unidas, as chuvas torrenciais provocaram inundações e deslizamentos de terra catastróficos e danificaram gravemente estradas, pontes e barragens. No entanto, ainda não há números oficiais sobre a quantidade total do número de mortos. “As inundações devastadoras e sem precedentes expuseram as duras realidades da mudança climática, tirando vidas e deslocando comunidades”, afirmou Rana Jaber, diretora regional da Organização Mundial para as Migrações (OMM).
Ao longo da última década, as alterações climáticas intensificaram as condições meteorológicas extremas na África Oriental, como a seca prolongada no Quênia, na Etiópia e na Somália de 2020 a 2023, seguida de graves inundações desde o final do ano passado. Na África Oriental, as fortes chuvas induzidas pelo El Niño aumentaram consideravelmente as inundações ribeirinhas e repentinas.
As inundações e os deslizamentos de terras nestes países levaram um grande número da população a abandonar suas casas, sendo relatados destruição e danos significativos nas habitações, escolas e infra-estruturas, assim como perda de colheitas e gado. Inúmeras famílias foram forçadas a buscar refúgio em estruturas improvisadas ou centros de evacuação, que em sua maioria já é uma população mais vulnerável, muitas vezes vivendo em assentamentos informais, perto das margens dos rios, com pouco acesso a água potável e sem saneamento adequado. Mas, a situação agravou ainda mais a vida das mulheres e das crianças, que já enfrentam elevados níveis de discriminação no acesso a serviços e recursos de proteção, bem como vulnerabilidade à violência, ao abuso e à exploração.
No Quênia, atingido há semanas por chuvas intensas e enchentes, as escolas estão fechadas há semanas. Segundo dados do último balanço do governo queniano, as graves inundações já causaram quase 260 mortos, dentre as quais muitas crianças, além de mais de 130 feridos e cerca de 90 pessoas desaparecidas. As cheias afetaram aproximadamente 32 mil casas e obrigou ainda o deslocamento de quase 200 mil pessoas. Na capital Nairobi, um rio transbordou, onde morreram pelo menos 71 pessoas.
Também um recente relatório divulgado pela Autoridade Nacional de Gestão da Seca indicou que as tempestades agravaram a falta de alimentos no Quênia, deixando quase dois milhões de quenianos em situação de insegurança alimentar e precisando urgentemente de ajuda humanitária.
Além disso, as inundações provocaram um surto de cólera, com 48 casos notificados. A Organização das Nações Unidas manifestou sua preocupação na última quarta-feira (8). “Acredito que entre o governo e os parceiros nacionais e internacionais podemos conter a doença. Contivemos a cólera no passado, mas essa é uma preocupação importante”, disse Stephen Jackson, coordenador da ONU no Quênia.
Já na Somália, mais de 160 mil pessoas foram atingidas pelas últimas cheias, dois terços das quais são crianças.
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Na África Austral, o El Niño ainda agravou as condições de seca, a pior dos últimos 40 anos, e causou a diminuição drástica das chuvas, levando à declaração de estados de emergência em Madagáscar, Malawi, Zâmbia e Zimbabué.