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Segundo análise da Ember, um think-tank dedicado ao setor, a demanda diária de energia na região sofreu um salto de 14% nesta semana, quando a canícula, intensificada pelas mudanças climáticas, de acordo com especialistas, levou os termômetros a mais de 40°C em regiões de Portugal, Espanha e França -ou próxima a isso em países normalmente mais frios, como a Alemanha.
Tanto calor fez o sexto maior produtor de energia solar do mundo alcançar a marca de 50 GW nas horas mais quentes do dia. Ao mesmo tempo, o consumo relacionado a ar condicionado subiu 6% em um país que não tem o equipamento popularizado.
Não foi o caso da Alemanha, mas blecautes curtos viraram rotina na Itália, e França e Espanha sofreram com paralisações em seus serviços ferroviários. Nesta sexta-feira (4), foi a vez de Praga ficar sem metrô. A capital da República Tcheca encara máximas de 37°C nesta semana e investiga as causas do apagão.
Além de problemas de manutenção e infraestrutura, o calor provocou o desligamento de várias termelétricas. Questões de refrigeração afetaram também o funcionamento de reatores nucleares na França e na Suíça. Em Beznau, a preocupação foi também ambiental, já que manter o funcionamento aumentaria a temperatura do rio Aare a ponto de afetar fauna e flora locais.
"Apesar da enorme pressão, as redes europeias passaram no teste de resistência, e a energia solar desempenhou um papel importante para mantê-las em funcionamento", afirma Pawel Czyzak, diretor da Ember, em seu estudo. "O excedente de energia solar durante o dia ajudou a evitar mais apagões. No entanto, o uso de armazenamento de energia ainda é insuficiente, levando a uma redução no fornecimento após o pôr do sol. Isso se traduziu em um aumento acentuado nos preços da eletricidade", escreve o especialista.
Segundo a análise, entre 24 de junho e 1° de julho, o preço da eletricidade teve picos de 175% na Alemanha, 108% na França e 106% na Polônia. Acionadas, interconexões evitaram que esses saltos fossem efetivamente traduzidos em tarifas. Ainda que a energia tenha sido entregue aos mercados que mais a necessitavam durante a onda de calor, o sistema europeu de distribuição precisa de investimento para aumentar o número de interconexões e capacidade de baterias.
"As ondas de calor não vão desaparecer, apenas se tornarão mais intensas no futuro. Soluções que possam ajudar a mitigar seus impactos, como armazenamento em baterias, interconexão, flexibilidade da demanda e tarifas dinâmicas, devem se tornar parte essencial do planejamento da rede e do projeto do mercado de energia. Talvez a maior oportunidade seja armazenar energia solar para ajudar a alimentar o ar condicionado até tarde da noite", afirma Czyzak.
Adequar a geração de energia limpa à distribuição é um desafio global. Em abril, um apagão deixou Espanha e Portugal sem energia por mais de 14 horas. A especulação inicial de que o sistema espanhol falhou por ter uma grande participação de fontes renováveis foi rechaçada pelo governo do país. Segundo relatório publicado no mês passado, empresas falharam ao não regular a tensão na rede, que caiu por falta de capacidade.
No Brasil, a oferta de energia já supera com frequência a capacidade de distribuição.
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Não foi o caso da Alemanha, mas blecautes curtos viraram rotina na Itália, e França e Espanha sofreram com paralisações em seus serviços ferroviários. Nesta sexta-feira (4), foi a vez de Praga ficar sem metrô. A capital da República Tcheca encara máximas de 37°C nesta semana e investiga as causas do apagão.
Além de problemas de manutenção e infraestrutura, o calor provocou o desligamento de várias termelétricas. Questões de refrigeração afetaram também o funcionamento de reatores nucleares na França e na Suíça. Em Beznau, a preocupação foi também ambiental, já que manter o funcionamento aumentaria a temperatura do rio Aare a ponto de afetar fauna e flora locais.
"Apesar da enorme pressão, as redes europeias passaram no teste de resistência, e a energia solar desempenhou um papel importante para mantê-las em funcionamento", afirma Pawel Czyzak, diretor da Ember, em seu estudo. "O excedente de energia solar durante o dia ajudou a evitar mais apagões. No entanto, o uso de armazenamento de energia ainda é insuficiente, levando a uma redução no fornecimento após o pôr do sol. Isso se traduziu em um aumento acentuado nos preços da eletricidade", escreve o especialista.
Segundo a análise, entre 24 de junho e 1° de julho, o preço da eletricidade teve picos de 175% na Alemanha, 108% na França e 106% na Polônia. Acionadas, interconexões evitaram que esses saltos fossem efetivamente traduzidos em tarifas. Ainda que a energia tenha sido entregue aos mercados que mais a necessitavam durante a onda de calor, o sistema europeu de distribuição precisa de investimento para aumentar o número de interconexões e capacidade de baterias.
"As ondas de calor não vão desaparecer, apenas se tornarão mais intensas no futuro. Soluções que possam ajudar a mitigar seus impactos, como armazenamento em baterias, interconexão, flexibilidade da demanda e tarifas dinâmicas, devem se tornar parte essencial do planejamento da rede e do projeto do mercado de energia. Talvez a maior oportunidade seja armazenar energia solar para ajudar a alimentar o ar condicionado até tarde da noite", afirma Czyzak.
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No Brasil, a oferta de energia já supera com frequência a capacidade de distribuição.