Nesta segunda-feira (10), a China afirmou que a independência de Taiwan e a paz e estabilidade no Estreito da Formosa são incompatíveis. O porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, disse que a questão de Taiwan é um assunto puramente interno da China. “A maior ameaça à paz em Taiwan são atividades separatistas e o conluio com forças estrangeiras. Pequim espera que a comunidade internacional entenda a essência da questão de Taiwan, respeite firmemente o princípio 'Uma só China' e se oponha a qualquer tipo de atividade separatista na ilha”, declarou Wenbin.

Wang também reiterou o que exército chinês já havia dito no último sábado, que as manobras são um sério aviso para as forças separatistas taiwanesas e são necessárias para proteger a soberania nacional e a integridade territorial.

Nos últimos dias, o governo chinês enviou dezenas de caças e navios de guerra para manobras militares em torno de Taiwan, após o encontro entre a líder da ilha, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, na Califórnia. O porta-voz chinês ainda acrescentou que seu país mobilizou caças com munição real e porta-aviões para executarem ataques simulados em alvos importantes de Taiwan.

Em contrapartida, o ministério da Defesa de Taiwan condenou as manobras da China, classificando-as como um ato irracional que põe em risco a segurança e a estabilidade regional.

Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé anuncie formalmente a independência.