A China afirmou neste sábado (5) que vai manter sua política de "covid zero", acabando com a esperança de uma flexibilização do protocolo sanitário radical aplicado por Pequim contra a pandemia.

O governo chinês "vai se manter firme em sua política de 'covid zero'", declarou o porta-voz da Comissão Nacional de Saúde (NHC), Mi Feng.

Tal política, que vigora há quase três anos no país, inclui medidas de confinamento, testes de PCR em larga escala e a obrigatoriedade de se submeter a uma quarentena ao chegar ao país vindo do exterior.

"Atualmente, a China continua enfrentando a dupla ameaça de infecções importadas e a propagação de epidemias domésticas", argumentou Mi Feng durante uma entrevista coletiva, na qual considerou que a situação é "mais sombria e complexa do que nunca".

"Temos de continuar a dar prioridade às pessoas e às vidas", sublinhou o porta-voz.

Neste sábado, a China registrou um aumento de casos de covid-19, com 3.659 novas infecções, a maioria assintomática.

Trata-se de um aumento acentuado, considerando que 2.000 novas infecções foram registradas na quarta-feira.

Atualmente, o número de pessoas em quarentena é o mais alto desde o confinamento de Xangai meses atrás, segundo o gabinete Capital Economics, com surtos detectados em mais de 50 cidades.