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De acordo com o comissário-geral da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, a entidade tem fundos para as suas operações somente até final do mês de agosto, além de que metade das suas instalações na Faixa de Gaza estão destruídas.
“Aproximadamente 190 infraestruturas, mais de metade das instalações que a agência administrava em Gaza, foram destruídas pelo Exército israelita em mais de oito meses de conflito. Nestes ataques foram mortas cerca de 500 pessoas que procuravam refúgio, em muitos casos em escolas, além dos 200 trabalhadores da ONU mortos pelos bombardeios, incluindo 193 da UNRWA”, destacou Lazzarini.
O comissário-geral ainda denunciou que o caos está instalado em Gaza com a formação de grupos de contrabandistas que aumentam as dificuldades na distribuição da ajuda. "Basicamente, somos confrontados hoje em dia com um colapso quase total da lei e da ordem", disse.
Mas, o chefe da UNRWA, além de destacar a difícil situação em Gaza, também assinalou a crescente violência na Cisjordânia ocupada, onde mais de 500 palestinos já foram assassinados pelas forças de Israel ou por colonos judeus desde os ataques do dia 07 de outubro, e no qual foi imposto nos campos de refugiados e localidades da zona um ‘muro de silêncio’. "Visitei recentemente uma dessas localidades perto de Tulkarem e parece uma zona de guerra, com todas as habitações destruídas", indicou Lazzarini.
A UNRWA desempenha uma função essencial na ajuda à população na Faixa de Gaza, e desde que Israel acusou um pequeno grupo dos seus 130 mil funcionários de estarem alegadamente vinculados aos ataques do Hamas houve um amplo corte nos seus financiamentos por diversos países. No entanto, após investigações de órgãos independentes e da própria Nações Unidas, nada ficou comprovado e a maioria dos países retomou a ajuda, com exceção dos Estados Unidos e o Reino Unido, que ainda continuam com o congelamento à agência da ONU.
"Não apenas sofremos uma campanha política, legislativa e de difamação. No terreno também pagamos um elevado preço. As alegações de campanhas de difamação dirigidas à UNRWA pela liderança israelita estão relacionadas com o fato de alguns pretenderem eliminar o estatuto de refugiado dos palestinos", afirmou Lazzarini, que está em Genebra para um encontro com representantes da União Europeia que colaboram com a UNRWA.
"Alegra-me poder dizer que os países da União Europeia já retomaram a sua ajuda. A Romênia e a Áustria, os últimos dos 27 Estados-membros que tinham suspendido a sua contribuição, também já a retomaram”, acrescentou.
O conflito na Faixa de Gaza causou até agora quase 38 mil mortos, mais de 87 mil feridos e estima-se que 10 mil palestinos permaneçam soterrados nos escombros, o que ainda contribui para agravar a grave crise sanitária. A guerra provocou também quase dois milhões de deslocados, desencadeando no enclave palestino superpovoado e pobre uma crise humanitária sem precedentes, com mais de 1,1 milhões de pessoas em situação de fome catastrófica, que estabeleceu o número de vítimas mais elevado já registrado pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
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De acordo com o comissário-geral da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, a entidade tem fundos para as suas operações somente até final do mês de agosto, além de que metade das suas instalações na Faixa de Gaza estão destruídas.
“Aproximadamente 190 infraestruturas, mais de metade das instalações que a agência administrava em Gaza, foram destruídas pelo Exército israelita em mais de oito meses de conflito. Nestes ataques foram mortas cerca de 500 pessoas que procuravam refúgio, em muitos casos em escolas, além dos 200 trabalhadores da ONU mortos pelos bombardeios, incluindo 193 da UNRWA”, destacou Lazzarini.
O comissário-geral ainda denunciou que o caos está instalado em Gaza com a formação de grupos de contrabandistas que aumentam as dificuldades na distribuição da ajuda. "Basicamente, somos confrontados hoje em dia com um colapso quase total da lei e da ordem", disse.
Mas, o chefe da UNRWA, além de destacar a difícil situação em Gaza, também assinalou a crescente violência na Cisjordânia ocupada, onde mais de 500 palestinos já foram assassinados pelas forças de Israel ou por colonos judeus desde os ataques do dia 07 de outubro, e no qual foi imposto nos campos de refugiados e localidades da zona um ‘muro de silêncio’. "Visitei recentemente uma dessas localidades perto de Tulkarem e parece uma zona de guerra, com todas as habitações destruídas", indicou Lazzarini.
A UNRWA desempenha uma função essencial na ajuda à população na Faixa de Gaza, e desde que Israel acusou um pequeno grupo dos seus 130 mil funcionários de estarem alegadamente vinculados aos ataques do Hamas houve um amplo corte nos seus financiamentos por diversos países. No entanto, após investigações de órgãos independentes e da própria Nações Unidas, nada ficou comprovado e a maioria dos países retomou a ajuda, com exceção dos Estados Unidos e o Reino Unido, que ainda continuam com o congelamento à agência da ONU.
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O conflito na Faixa de Gaza causou até agora quase 38 mil mortos, mais de 87 mil feridos e estima-se que 10 mil palestinos permaneçam soterrados nos escombros, o que ainda contribui para agravar a grave crise sanitária. A guerra provocou também quase dois milhões de deslocados, desencadeando no enclave palestino superpovoado e pobre uma crise humanitária sem precedentes, com mais de 1,1 milhões de pessoas em situação de fome catastrófica, que estabeleceu o número de vítimas mais elevado já registrado pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.