Morreu, na manhã desta sexta-feira (15/9), o artista colombiano Fernando Botero, aos 91 anos. Além de ser reconhecido pela pintura, ele era escultor e desenhista. De acordo o jornal El País, que publicou a notícia originalmente, ele estava em sua casa, no principado de Mônaco, onde se recuperava de uma pneumonia recente.

Nascido em Medellín, na Colômbia, em 1932, Botero era considerado autodidata. Ele começou a sua carreira no jornal El Colombiano, no fim da década de 1940. O estilo de trabalho do pintor foi muito influenciado por Piero della Francesca, a partir dos estudos sobre as obras do italiano quando Botero ainda tinha 25 anos.

Por muito anos, ele foi considerado um dos maiores artistas vivos, por causa de sua fama e popularidade. Ele era reconhecido principalmente por suas pinturas com cores luminosas e esculturas de bronze, exibidas em diversas capitais do mundo.

Pintor dos “gordinhos”
Por causa de seu estilo de pintura, Botero ficou conhecido como “pintor de gordinhos”. Ao ser questionado sobre o assunto, o artista explicou a sua arte. “Não pintei uma única gorda em minha vida. Expressei o volume, busquei dar protagonismo ao volume, torná-lo mais plástico, mais monumental, quase uma comida, por assim dizer, arte comestível. A arte deve ser sensual, digo nesse sentido”, disse.

Nos anos 1970, durante um acidente de caminhão, Botero viu seu filho Pedro, de 4 anos, morrer. Na ocasião, ele perdeu parte da mão direita e precisou passar por fisioterapia.

Em 2011, o colombiano teve uma exposição individual em São Paulo, intitulada Dores da Colômbia. Entre as artes trazidas ao Brasil, Botero representou críticas referentes à violência em seu país, como o narcotráfico e as disputas entre guerrilheiros, militares e políticos.