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Até os dias atuais, o jogo de ida da final da Taça Brasil segue sendo o mais memorável da história da Raposa. Dirceu Lopes (três vezes), Natal, Tostão e Zé Carlos (contra) marcaram os gols da goleada por 6 a 2 sobre o Peixe, no Mineirão. Toninho Guerreiro descontou duas vezes para os visitantes.
Naquela partida, Pelé foi expulso após se envolver em confusão com o zagueiro Procópio. A origem da discussão? Uma falta dura do santista em cima do volante Piazza. O árbitro Armando Marques reagiu de forma contundente à briga e mostrou o cartão vermelho para os dois jogadores.
Em seu perfil no Twitter, Procópio lamentou a morte de Pelé e relembrou a conversa que tiveram na saída do gramado após serem expulsos da decisão.
"Uma vez eu dei uma dura no Pelé quando ele fez uma falta mais forte no Piazza, e ele me mandou tomar suco de caju. Armando Marques expulsou nós dois. Saindo do campo, ele disse: "Procópio, ele só nos expulsou porque eu mandei você tomar o suco. Se tivesse mandado ele, ele iria gostar", disse.
A vitória elástica diante do Santos, em 30 de novembro, impulsionou a imagem do Cruzeiro, que era pouco conhecido a nível nacional nos anos 1960. Já o Peixe era considerado o melhor time do mundo e vinha de um pentacampeonato brasileiro consecutivo, além de ter conquistado duas Libertadores e dois Mundiais de Clubes nos anos anteriores.
O confronto tinha aspectos de Davi e Golias não apenas pelas realidades distintas que os dois clubes viviam, mas também pela inexperiência da equipe celeste. O elenco titular do Cruzeiro tinha média de idade de 23,5 anos.
Convocado para sua primeira Copa do Mundo poucos meses antes, Tostão era o caçula do time, com apenas 19. Apesar de ser bem jovem, ele esteve ao lado de Pelé e outros craques no Mundial da Inglaterra, em que a Seleção Brasileira foi eliminada na primeira fase.
O maior goleador da história do Cruzeiro voltou a disputar uma Copa do Mundo quatro anos depois, quando o Brasil conquistou o tricampeonato mundial no México. Outro campeão da Taça Brasil que integrou o vencedor elenco canarinho foi Piazza.

Piazza, Tostão e Pelé com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970 /
foto: O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas
Jogo de volta no Pacaembu
Sete dias após colocar as cinco estrelas no mapa do futebol mundial, o Cruzeiro travou outra batalha contra o Santos para poder confirmar o título brasileiro. Uma derrota mineira, por qualquer placar que fosse, faria com que a taça fosse decidida em um jogo de desempate.
No Pacaembu, em 7 de dezembro de 1966, a equipe comandada por Airton Moreira voltou a vencer o Alvinegro Praiano e limou essa possibilidade. O Cruzeiro bateu o Santos de virada, por 3 a 2.
Os paulistas saíram na frente com gols de Pelé e Toninho Guerreiro, aos 23 e 25 minutos da primeira etapa. Mas, no segundo tempo, os garotos da Toca da Raposa assumiram a responsabilidade e conquistaram a vitória.
A série de gols começou com Tostão, que diminuiu o placar aos 18'. Autor de três tentos na partida de ida, Dirceu Lopes empatou o jogo aos 28'. Por fim, coube ao ponta Natal balançar as redes e confirmar a virada aos 48'.
O troféu levantado pelo Cruzeiro foi o segundo conquistado por um time fora de São Paulo. Além do Santos, cinco vezes campeão entre 1961 e 1965, e o Palmeiras, vencedor em 1960, o Bahia ganhou a Taça Brasil em 1959.
Times que entraram em campo na goleada do Cruzeiro por 6 a 2 sobre o Santos, no Mineirão:
Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, Willian, Procópio e Neco; Wilson Piazza, Dirceu Lopes e Tostão; Natal, Evaldo e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira
Santos: Gilmar; Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos, Oberdan e Zé Carlos; Zito e Lima; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Pepe.
Técnico: Lula.
Times que entraram em campo na vitória do Cruzeiro por 3 a 2 sobre o Santos, no Pacaembu:
Santos: Cláudio; Lima, Haroldo, Oberdan, Zé Carlos, Zito; Mengálvio, Amauri (Dorval); Toninho Guerreiro, Pelé e Edu. Técnico: Lula.
Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Wilson Piazza, Dirceu Lopes e Tostão; Natal, Evaldo e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.
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Até os dias atuais, o jogo de ida da final da Taça Brasil segue sendo o mais memorável da história da Raposa. Dirceu Lopes (três vezes), Natal, Tostão e Zé Carlos (contra) marcaram os gols da goleada por 6 a 2 sobre o Peixe, no Mineirão. Toninho Guerreiro descontou duas vezes para os visitantes.
Naquela partida, Pelé foi expulso após se envolver em confusão com o zagueiro Procópio. A origem da discussão? Uma falta dura do santista em cima do volante Piazza. O árbitro Armando Marques reagiu de forma contundente à briga e mostrou o cartão vermelho para os dois jogadores.
Em seu perfil no Twitter, Procópio lamentou a morte de Pelé e relembrou a conversa que tiveram na saída do gramado após serem expulsos da decisão.
"Uma vez eu dei uma dura no Pelé quando ele fez uma falta mais forte no Piazza, e ele me mandou tomar suco de caju. Armando Marques expulsou nós dois. Saindo do campo, ele disse: "Procópio, ele só nos expulsou porque eu mandei você tomar o suco. Se tivesse mandado ele, ele iria gostar", disse.
A vitória elástica diante do Santos, em 30 de novembro, impulsionou a imagem do Cruzeiro, que era pouco conhecido a nível nacional nos anos 1960. Já o Peixe era considerado o melhor time do mundo e vinha de um pentacampeonato brasileiro consecutivo, além de ter conquistado duas Libertadores e dois Mundiais de Clubes nos anos anteriores.
O confronto tinha aspectos de Davi e Golias não apenas pelas realidades distintas que os dois clubes viviam, mas também pela inexperiência da equipe celeste. O elenco titular do Cruzeiro tinha média de idade de 23,5 anos.
Convocado para sua primeira Copa do Mundo poucos meses antes, Tostão era o caçula do time, com apenas 19. Apesar de ser bem jovem, ele esteve ao lado de Pelé e outros craques no Mundial da Inglaterra, em que a Seleção Brasileira foi eliminada na primeira fase.
O maior goleador da história do Cruzeiro voltou a disputar uma Copa do Mundo quatro anos depois, quando o Brasil conquistou o tricampeonato mundial no México. Outro campeão da Taça Brasil que integrou o vencedor elenco canarinho foi Piazza.

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Sete dias após colocar as cinco estrelas no mapa do futebol mundial, o Cruzeiro travou outra batalha contra o Santos para poder confirmar o título brasileiro. Uma derrota mineira, por qualquer placar que fosse, faria com que a taça fosse decidida em um jogo de desempate.
No Pacaembu, em 7 de dezembro de 1966, a equipe comandada por Airton Moreira voltou a vencer o Alvinegro Praiano e limou essa possibilidade. O Cruzeiro bateu o Santos de virada, por 3 a 2.
Os paulistas saíram na frente com gols de Pelé e Toninho Guerreiro, aos 23 e 25 minutos da primeira etapa. Mas, no segundo tempo, os garotos da Toca da Raposa assumiram a responsabilidade e conquistaram a vitória.
A série de gols começou com Tostão, que diminuiu o placar aos 18'. Autor de três tentos na partida de ida, Dirceu Lopes empatou o jogo aos 28'. Por fim, coube ao ponta Natal balançar as redes e confirmar a virada aos 48'.
O troféu levantado pelo Cruzeiro foi o segundo conquistado por um time fora de São Paulo. Além do Santos, cinco vezes campeão entre 1961 e 1965, e o Palmeiras, vencedor em 1960, o Bahia ganhou a Taça Brasil em 1959.
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Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Wilson Piazza, Dirceu Lopes e Tostão; Natal, Evaldo e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.