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O temor das autoridades é de que a facilidade de deslocamento de torcedores de São Paulo para o Rio de Janeiro acabe fazendo com que verdadeiras caravanas se dirijam à capital fluminense. Isso porque se tornou comum nos jogos da Libertadores a aglomeração de torcedores do lado de fora dos estádios. Os grupos costumam esperar a chegada do ônibus com a delegação de suas equipes e ficam no local até o fim dos jogos.
Nos últimos anos, o Maracanã sediou final de Copa do Mundo (2014) e final olímpica de futebol (2016), além da decisão de uma Copa Sul-Americana envolvendo Flamengo e Independiente, da Argentina. Todos esses jogos exigiram forte aparato de segurança e ampla área com restrição de acesso ao estádio.
Das três partidas, houve tumulto generalizado nos arredores no jogo entre brasileiros e argentinos, em dezembro de 2017. Foi a partir daí que foi criada uma força tarefa envolvendo dezenas de órgãos públicos, tanto municipais quanto estaduais. O grupo inclui áreas de segurança, de justiça, de ordem pública e até mesmo de limpeza urbana.
Uma reunião preliminar para tratar da final do próximo dia 30 foi realizada pela força tarefa na semana passada e um novo encontro acontecerá na próxima sexta-feira. A proibição de torcedores mesmo nos arredores do estádio, uma exigência em tempos de pandemia, será o tema central.
Segundo o Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor, do Ministério Público do Rio de Janeiro, no primeiro encontro foram discutidas "não só questões relativas à segurança no estádio e seu entorno, mas também a possibilidade de aglomerações em hotéis, caravanas, entre outros". E a definição do confronto entre duas equipes de São Paulo fará com que a próxima reunião trate "das especificidades da logística dos envolvidos".
As medidas que serão tomadas não foram anunciadas, mas uma possibilidade é repetir o que foi feito na véspera do último Réveillon. Na ocasião, barreiras foram montadas nos acessos à cidade e elas impediram a entrada de vans, ônibus e micro-ônibus fretados.
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