PROTESTOS EM BRASÍLIA

Nos últimos anos, a camisa da Seleção Brasileira de futebol saiu do contorno apenas esportivo e ganhou a marca de escudo em atos políticos aliados, principalmente, à direita. Desde os protestos de 2013, passando pelas manifestações a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e culminando nos atos antidemocráticos em Brasília no último domingo (8/1), a Amarelinha foi traje comum e ganhou o status de vestimenta oficial dos manifestantes.

A violência nos atos terroristas em Brasília, porém, fez a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se manifestar na tentativa de desvincular a imagem do uniforme da Seleção dos protestos com viés golpista. Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira (9/1), a entidade repudiou o caos e a depredação causados por manifestantes terroristas nas sedes dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) na capital federal.

“A camisa da Seleção Brasileira é um símbolo da alegria do nosso povo. É para torcer, vibrar e amar o país. A CBF é uma entidade apartidária e democrática. Estimulamos que a camisa seja usada para unir e não para separar os brasileiros. A CBF repudia veementemente que a nossa camisa seja usada em atos antidemocráticos e de vandalismo”, destaca a íntegra do comunicado publicado nas redes sociais em defesa da camisa cinco vezes campeã mundial.

A camisa da seleção brasileira é um símbolo da alegria do nosso povo. É para torcer, vibrar e amar o país.

A CBF é uma entidade apartidária e democrática. Estimulamos que a camisa seja usada para unir e não para separar os brasileiros. pic.twitter.com/8JUuKRH64R

— CBF Futebol (@CBF_Futebol) January 9, 2023
 

Além de utilizarem a imagem da Seleção Brasileira, os protestos antidemocráticos também serão considerados na definição da sede de uma das competições organizadas pela CBF: a Supercopa do Brasil. De acordo com apuração do blog Drible de Corpo, do Correio, os ataques aos Três Poderes deixam em xeque a possível indicação de Brasília como sede da competição nacional, disputada entre Palmeiras e Flamengo, em 28 de janeiro. Até então, a capital do país despontava como favorita.