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A história e a cultura de Francisco Sá, no Norte de Minas, foram transformadas em uma produção de cinema, com a produção dos moradores do município. A memória e as raízes do lugar são resgatadas no documentário “Meu Brejo, Minha Vida”, que será apresentado na programação do “1º Festival de Cinema de Francisco Sá”, marcado para o próximo dia 28. A exibição na "telona" acontecerá às 19 horas em espaço do “Parque dos Namorados”, com acesso gratuito.
Um dos registros em destaque é que Francisco Sá teve como primeiro nome “Brejo das Almas”, que inspirou o livro de poemas homônimo do poeta Carlos Drummond de Andrade. A obra, lançada em 1934, foi o segundo publicado por Drummond, natural de Itabira, no Vale do Aço.
O documentário “Meu Brejo, Minha Vida” foi viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc, numa iniciativa da Associação Socioeducacional Conhecimento e Conquista, que, entre outras atividades, oferece a estudantes de baixa renda curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no município.
A produção audiovisual foi conduzida pelo cineasta Diego Dutra e conta com depoimentos de 12 moradores antigos, que conhecem a história, a cultura e o desenvolvimento do município em diferentes áreas, como educação, religiosidade, economia e esporte. O filme tem 1h40 de duração.
Entre as pessoas que gravaram para o filme estão Iolanda Silveira (religião), Graça Moreira (educação) e o ex-goleiro Zé Elegância, que fala do esporte da cidade. O músico Dê Pena relembra a vida boêmia do “Brejo das Almas”, falando do “Rancho da Lua”, antiga casa de “mulheres de tolerância”; e do “Skindô”, antigo local de “horas dançantes” do lugar.
A história do município é contada pelo professor e historiador Pedro Henrique Pena e pelo advogado Charles Luiz. A trilha sonora do documentário é do compositor e saxofonista Edson Zazu, natural de Francisco Sá.
De acordo com o professor Denilson Rodrigues Silveira, diretor da Associação Conhecimento e Conquista, o filme permite uma volta ao passado, lembrando acontecimentos e fatos do lugar desde o seus primórdios.
“O documentário nasce das vozes e das lembranças dos brejeiros, homens e mulheres que guardam como relíquias as narrativas da formação da cidade — histórias que atravessam gerações e continuam vivas no imaginário popular”, descreve Silveira. Ele lembra que a produção registra tradições e antigas festividades populares do município, como a “Folia de Reis” e as “Festas de Setembro”.
Recorda também a “Festa do Alho”, realizada na década de 1970, quando o município se destacava no plantio do alho, aproveitando a sua fartura de água, que se exauriu ao longo dos anos por causa das secas sucessivas e das mudanças climáticas.
“São relatos carregados de emoção e poesia, que nos conduzem pela construção e início do município, pela força da fé e da religiosidade, pelas marcas da política e pelo universo encantado das narrativas populares, onde histórias e estórias se misturam e muitas vezes ninguém sabe o que é fato ou imaginação, entre lendas que atravessam gerações e festas tradicionais que enchem de alegria e pertencimento o coração do povo brejeiro", destaca a produção do documentário “Meu brejo, Minha Vida”.
História do antigo Brejo das Almas
O povoado surgiu em 1704 com o nome de Cruz das Almas das Caatingas do Rio Verde. Em 1867 foi elevado a distrito, pertencente ao município de Montes Claros, com a denominação de São Gonçalo do Brejo das Almas. Com a emancipação, o nome foi resumido a Brejo das Almas.
O município recebeu sua atual denominação em 1938, em homenagem ao ex-deputado federal Francisco Sá (1862/1936), que foi ministro de Viação e Obras Públicas nos governos dos presidentes Nilo Peçanha (1909/1910) e Artur Bernardes (1922/1926).
O ex-ministro da Viação e de Obras Públicas da República Velha nasceu na antiga fazenda Brejo de Santo André, de propriedade do seu avô, Francisco José de Sá, que pertencia a Grão Mogol e, hoje, pertence ao município do antigo Brejo da Almas.Como ministro da Viação e Obras Públicas no governo Artur Bernardes, Francisco Sá é considerado como principal responsável por levar a estrada de ferro até o Norte de Minas, o que foi concluído em 1926. Mas, curiosamente, a ferrovia não chegou até o município de Francisco Sá. A estrada de ferro vai até Montes Claros, onde pega um itinerário rumo à Bahia, passando pelos municípios norte-mineiros de Capitão Enéas, Janaúba, Porteirinha (zona rural), Pai Pedro, Monte Azul e Espinosa.
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A história e a cultura de Francisco Sá, no Norte de Minas, foram transformadas em uma produção de cinema, com a produção dos moradores do município. A memória e as raízes do lugar são resgatadas no documentário “Meu Brejo, Minha Vida”, que será apresentado na programação do “1º Festival de Cinema de Francisco Sá”, marcado para o próximo dia 28. A exibição na "telona" acontecerá às 19 horas em espaço do “Parque dos Namorados”, com acesso gratuito.
Um dos registros em destaque é que Francisco Sá teve como primeiro nome “Brejo das Almas”, que inspirou o livro de poemas homônimo do poeta Carlos Drummond de Andrade. A obra, lançada em 1934, foi o segundo publicado por Drummond, natural de Itabira, no Vale do Aço.
O documentário “Meu Brejo, Minha Vida” foi viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc, numa iniciativa da Associação Socioeducacional Conhecimento e Conquista, que, entre outras atividades, oferece a estudantes de baixa renda curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no município.
A produção audiovisual foi conduzida pelo cineasta Diego Dutra e conta com depoimentos de 12 moradores antigos, que conhecem a história, a cultura e o desenvolvimento do município em diferentes áreas, como educação, religiosidade, economia e esporte. O filme tem 1h40 de duração.
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História do antigo Brejo das Almas
O povoado surgiu em 1704 com o nome de Cruz das Almas das Caatingas do Rio Verde. Em 1867 foi elevado a distrito, pertencente ao município de Montes Claros, com a denominação de São Gonçalo do Brejo das Almas. Com a emancipação, o nome foi resumido a Brejo das Almas.
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