DELICIOSA E VERSÁTIL

Em clima de festa, começa nesta quinta-feira (20/11), em Sabará (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o 39º Festival da Jabuticaba. A expectativa da prefeitura local é de reunir cerca de 160 mil pessoas até domingo (23/11).

Celebrando o fruto símbolo de Sabará – a jabuticaba, carinhosamente chamada de “ouro negro” –, o festival tem mais de 50 espaços de venda de comida e bebida, além de estandes de artesanato, com visitantes de todo canto. Há geleias, molhos, cerveja, doces, sorvetes, bolos, salgados e outras delícias preparadas com a fruta típica desta época. Na tarde quente de hoje, o público curtiu apresentações musicais, exposições e oficinas, e ainda fez fila para comprar a fruta in natura.

"Comprei dois litros, cada um a R$ 20. Gosto muito de jabuticaba", disse Vanda Aparecida do Nascimento, moradora de BH, na companhia da família e de amigos. Diante do tabuleiro com as frutas, a vendedora Adriele Fidélis gostou do movimento. "Estamos repondo a toda hora, pois é chegar e acabar", contou.

Atrações

Até domingo (23/11), das 9h às 21h, música, arte, gastronomia e cultura terão palco nas praças Melo Viana e Santa Rita e o Teatro Municipal, no Centro Histórico. Na Melo Viana, apresentam-se, neste feriado, Kfé e Viola, DJ Luiz Henrique, Lu Mosqueira, Academia Black Soul e Banda 13 de maio.

Já no Santa Rita tem Pipoca do movimento, DJ Wanderson Siqueira, Paulo Vilela e Dinastia.
Como destaque desta vez, está o Festival de Jazz, realizado no Teatro Municipal e com edição especial voltada à música instrumental (veja a programação no fim da matéria).

O comerciante Bruno Sérgio Pereira dos Santos, de BH, foi com a namorada Dayana Rosa, professora de Ibirité (RMBH), e a mãe dele, Ana Cristina Pereira. No estande Quintal Torres, provaram da cerveja artesanal feita com jabuticaba.

"É maravilhosa", disse Ana Cristina. Bruno, também pela primeira vez no festival, provou outras bebidas à base da "matéria-prima sabarense", a exemplo de cachaça e licor. Da família produtora da cerveja, Natália Torres ficou satisfeita com o grande número de moradores e visitantes nas ruas e praças. Outro atrativo no estande Quintal Torres é o queijo marinado, por 30 dias, no vinho e jabuticaba.

Identidade

A realização do evento é da Prefeitura de Sabará e Associação das Produtoras de Derivados de Jabuticaba de Sabará (Asprodejas). Para o prefeito Sargento Rodolfo, o Festival da Jabuticaba é mais do que um evento cultural – uma celebração da identidade sabarense: “Ele representa o orgulho do nosso povo, a força dos nossos produtores e a beleza da nossa tradição. É um momento de reencontro, de valorizar nossa história e mostrar ao mundo tudo o que Sabará tem de melhor”.

Neste ano, além de um dia a mais na programação, há exposição no Solar Padre Correa, Empório da Agricultura Familiar e outros atrativos, disse a secretária Municipal de Turismo, Jussara Paim. "Nossas igrejas se encontram abertas, há bares e restaurantes funcionando, enfim, se trata de um evento que fortalece o turismo e valoriza o patrimônio cultural", destacou Jussara. Todas as informações estão no instagram @descubra.sabara.



Em família
O casal Antônio Publio, fonoaudiólogo, e Suely Azevedo, psicóloga, de BH, levou o filho Isaac, de sete meses. "É um festival que tem também cultura e história, mais ainda neste feriado, Dia da Consciência Negra", lembrou Suely. A amiga do casal, a advogada Rosiane Rodrigues Botelho, curtiu o primeiro dia e promete voltar mais vezes.

Logo que chegou a Sabará, a servidora pública municipal de BH, Michelle Aguiar, comprou um boné com a frase bordada "doce que nem jabuticaba". Ela ganhou elogios da mãe, Ninon Rose, e da irmã, Milene Aguiar.

Em outro local, entre colegas do trabalho que estiveram no festival no ano passado e gostaram, a engenheira civil e gerente de cálculo Munique Eduarda Silva saboreou o sorvete decorado com cascas da fruta. "Bom demais", celebrou.

Programação

Festival de Jazz – Teatro Municipal


Sexta-feira (21/11)
14h – Dos standards ao jazz do Brasil
16h – Stepan Kurnann Trio

Sábado (22/11)
14h – O jazz do Brasil e sua influência na música mundial
14h – Gustavo Figueiredo Trio

Domingo (23/11)
14h – O jazz do Brasil e sua influência na música mundial
16h – O jazz e o choro