O grau de utilização da capacidade instalada da indústria mineira cresceu acima da média nacional em novembro de 2019, segundo dados divulgados, nesta sexta-feira (17), pela pesquisa Indicadores Industriais. Conforme o levantamento, apresentado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), o uso das instalações das empresas do Estado naquele mês aumentou 0,9 ponto percentual em relação a outubro, atingindo 81,5% de aproveitamento e aproximando-se da média histórica para o período. Em todo o país, o mesmo indicador subiu 0,3 ponto percentual sobre outubro e chegou a 78,2%.


A Fiemg destacou ainda que todas as variáveis de novembro tiveram crescimento em relação a outubro, no setor industrial mineiro. O faturamento (1,4%, ante -1,6% em outubro), as horas trabalhadas na produção(0,9%, o mesmo do mês anterior) e o emprego da Indústria Geral (0,5% ante 0,4%) aumentaram.

O destaque por segmento foi para as indústrias de Transformação e Extrativa, que registraram altas de 0,9 p.p. e
de 2,5 p.p., respectivamente, refletindo a expansão na Indústria de Transformação. A massa salarial e o rendimento médio da Indústria Geral também apresentaram desempenhos positivos, após registrarem queda no mês anterior.

Emprego

Ainda conforme a Fiemg, no acumulado do ano até novembro, o emprego voltou a crescer após cinco anos de retrações, contribuindo para a expansão da massa salarial. Na comparação com novembro de 2018, houve alta de 4,3% do índice geral, com crescimentos nas indústrias Extrativa (1,7%) e de Transformação (4,5%). No período que compreende o início do ano até novembro, o emprego da Indústria Geral apresentou elevação de 1,7%, refletindo os resultados
positivos desses dois setores.

Por outro lado, o faturamento, as horas trabalhadas na produção e o rendimento médio da Indústria Geral recuaram. As quedas dos dois últimos índices, contudo, foram menos intensas que as do período de 2018. 

Vale lembrar que, em 2019, a atividade industrial de Minas foi fortemente impactada pelas paralisações parciais do setor extrativo mineral e pela desaceleração econômica de parceiros comerciais importantes, como a Argentina. Já a liberação de saques do FGTS, a redução das taxas de juros, o avanço do crédito e a retomada gradual do mercado de trabalho estimularam o consumo nos últimos meses do ano e deverão continuar favorecendo a indústria do estado em 2020. 

Brasil


O nível de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira subiu para 78,2% em novembro de 2019, na série dessazonalizada (ajustada para o período). Com o aumento de 0,3 ponto percentual em relação a outubro, o indicador atingiu o maior nível desde agosto de 2018, conforme a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada hoje (17) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com a entidade, a utilização da capacidade instalada deve fechar 2019 com resultado positivo, apesar do ritmo de crescimento da indústria “frustrante”, especialmente no início de 2019. Segundo a CNI, o faturamento, o emprego e as horas trabalhadas na produção devem ter fechado o ano com pequenas quedas na comparação com a média de 2018. A massa salarial e o rendimento médio do trabalhador devem ter quedas mais acentuadas, diz a entidade.

A expectativa do setor é que a indústria inicie 2020 mantendo a tendência de recuperação do segundo semestre.

Os Indicadores Industriais mostram que, depois de cinco altas consecutivas, o faturamento real do setor caiu 0,6% em novembro frente a outubro, nos dados dessazonalizados. De acordo com a CNI, a queda é bem inferior ao crescimento acumulado nos cinco meses anteriores, de 4,3%. Ou seja, o resultado não representa uma reversão da recuperação dos últimos meses, mas, possivelmente, uma acomodação no ritmo de crescimento. No acumulado de janeiro a novembro, o faturamento registra queda de 0,9%.

Pelo segundo mês consecutivo, as horas trabalhadas na produção ficaram estáveis em relação ao mês anterior na série dessazonalizada. No acumulado de janeiro a novembro frente ao mesmo período de 2018, recuaram 0,4%. O emprego também permaneceu estável em novembro em relação a outubro e, no acumulado de janeiro a novembro, apresentou queda de 0,3% na comparação como o mesmo período de 2018.

A massa real de salários caiu 0,1% e o rendimento médio do trabalhador recuou 0,3% em novembro frente a outubro, na série livre de influências sazonais. Os dois indicadores são os que registram as maiores retrações no acumulado do ano. De janeiro a novembro de 2019, a massa real de salários diminuiu 1,5% e o rendimento médio real do trabalhador teve queda de 1,3%.

*Com Agência Brasil