O Uber divulgou o maior prejuízo que já teve em um trimestre nesta quinta-feira (8), com perdas de US$ 5,23 bilhões, principalmente porque incluiu neste balanço custos de compensação financeira com a abertura de capital, no valor de US$ 3,9 bilhões.

No mesmo período do ano passado, o prejuízo foi de US$ 878 milhões. Esta é a segunda vez que o Uber divulga um balanço financeiro desde que abriu o capital, em maio. Excluindo os custos de compensação, o prejuízo foi de US$ 656 milhões.
O faturamento cresceu 14% no segundo trimestre, chegando a US$ 3,17 bilhões — o que ficou abaixo da expectativa de analistas de mercado, que previam arrecadação de US$ 3,3 bilhões. Esse ritmo de crescimento é também o menor desde que o Uber começou a divulgar os números.
Faturamento menor na América Latina

Um dos destaques negativos foi a operação na América Latina, onde o faturamento encolheu 24% ante 2018, para US$ 417 milhões, com aumento da concorrência no mercado de transporte e também no de delivery de comida.


Enquanto isso, nos EUA e Canadá o faturamento subiu 19%, para US$ 1,77 bilhão. Na região formada por Europa, Oriente Médio e África a receita subiu 22% e na Ásia-Pacífico houve crescimento de 13%.


Os custos da operação do Uber subiram 147%, para 8,65 bilhões de dólares no trimestre passado, incluindo um aumento acentuado nos gastos com pesquisa e desenvolvimento.
A empresa completou 1,68 bilhão de viagens e de entregas (pelo aplicativo de delivery Uber Eats), o que ficou acima do 1,65 bilhão esperado por analistas.