Representantes dos governos de São Paulo e Rio de Janeiro assinaram um protocolo de intenção com a Petrobras para atuar juntos em ações de inteligência e segurança de combate ao furto de petróleo e derivados em dutos da estatal. A empresa acumula perda de R$ 600 milhões e de 42 milhões de litros nos últimos quatro anos com a ação de bandidos.

"A infraestrutura é algo muito importante para um País. A malha dutoviária é um dos componentes mais importantes e tem que funcionar com segurança. A Petrobras e sua subsidiária Transpetro têm mais de 14 mil quilômetros de malha", disse o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

Nesta sexta-feira, 7, ocorre o lançamento do Programa Integrado Petrobras de Proteção de Dutos, o Pró-Dutos, na sede da companhia petroleira, no centro do Rio.

"A atividade de dutos é segura em toda indústria no mundo, mas vem sofrendo ao longo dos últimos anos ações criminosas. Queremos ampliar o trabalho de combate. O que a gente precisa é de uma atuação conjunta", disse o executivo de Segurança e Meio Ambiente da Petrobras, Maurício Diniz, durante a cerimônia.

Segundo Castello Branco, no futuro, a empresa vai assinar também um acordo com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça. A ideia é contribuir na formação de um marco regulatório que tipifique o crime e, com isso, a penalidade seja mais rigorosa. "O governo federal entendeu o problema e atribuiu a ele uma importância muito grande", acrescentou o presidente da estatal.

Desde 2016, o número de casos de furtos ou tentativas mais que triplicou, segundo a Petrobras - tendo passado de 72 ocorrências para 261 no ano passado, como antecipou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Em nota, a petroleira informa ainda que buscará parcerias com o poder público e consolidará os investimento para minimizar riscos e evitar impactos das atividades criminosas.

Também presente ao evento, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informou ainda que trabalha com o ministro da Justiça, Sergio Moro, para combater a sonegação e adulteração de combustíveis.