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Pernambuco foi o local escolhido para receber a primeira operação física fora de São Paulo da Amazon no Brasil, empresa norte-americana de atuação em e-commerce e a mais valiosa do mundo. A expansão no país começa pelo Nordeste através de um Centro de Distribuição, que entra em operação já no primeiro trimestre de 2020, no centro logístico Armazenna Suape, no município do Cabo de Santo Agostinho.
Apesar de a empresa não ter revelado os números, o empreendimento movimenta a economia pernambucana com o investimento e a geração de emprego. Além disso, o hub logístico regional no estado vai possibilitar benefícios aos consumidores finais, como o prazo de entrega mais rápido e mais opções de frete grátis.
Com o novo Centro de Distribuição, a Amazon vai conseguir acelerar o processo de entrega dos pedidos para a região de milhares de produtos, que ficarão armazenados no local. Clientes do Recife, além de outras quatro capitais do Nordeste - João Pessoa, Natal, Maceió e Fortaleza - poderão receber as encomendas em até dois dias.
"Hoje, 100 cidades do Brasil têm entrega com esse prazo e, com a chegada em Pernambuco, a ideia é expandir o número de municípios com entrega em dois dias", afirmou Alex Szapiro, presidente da Amazon no Brasil, que selou a instalação do empreendimento ontem com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, em São Paulo.
Para Bruno Schwambach, secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, a escolha do estado se deu pela localização estratégica e posiciona o estado em um mercado importante. "Pernambuco tem toda a infraestrutura a oferecer para esse hub de logística e inteligência. Estamos a 800 quilômetros de 90% do Nordeste. Temos a infraestrutura portuária e aeroportuária, é uma região estratégica. E passamos no crivo de uma empresa global como a Amazon, que tem muitos critérios, e subiu nosso patamar. Além disso, com as perspectivas de crescimento do e-commerce, o estado entra no mapa da Amazon no mundo", disse.
O CD em Pernambuco fica nas adjacências de Suape e gera expectativas positivas para Leonardo Cerquinho, presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape. "Suape vive de movimentar carga e ter um Centro de Distribuição da Amazon dá um indicativo que pode aumentar essa movimentação. Mas inicialmente a empresa está mais focada no modal aéreo, mas já vai começar a discutir a questão marítima agora. Ao ter o maior varejista do mundo no entorno reforça o objetivo de movimentação de carga que já vem sendo trabalhado há anos em Suape", concluiu Cerquinho.Será a primeira operação física da empresa norte-americana, uma das mais valiosas do mundo, fora de São Paulo.
ENTREVISTA ALEX SZAPIRO
Como a Amazon enxerga o mercado de Pernambuco e do Nordeste?
É extremamente importante porque é um lugar, do ponto de vista logístico, que está em um raio de 800 quilômetros de várias capitais da região Nordeste. Tem toda infraestrutura e mão de obra capacitada e parte da razão que estamos expandindo é que há 90 dias lançamos o programa Prime, que, com R$ 9,90, tem o frete gratuito, independentemente do valor do pedido, e todos os benefícios, como os vídeos da Amazon, livros e músicas de graça, benefício do frete e entrega em até dois dias. A entrega para o Brasil inteiro é gratuitamente, porém mais de 100 cidades do Brasil têm entrega em dois dias. E, com a questão de Pernambuco, a ideia é expandir o número de cidades com entrega em dois dias. O critério importante que quer dar ao cliente é encontrar o que ele está buscando, ter uma boa oferta com bom preço e cada vez entregar mais rápido. Certamente a decisão do Recife está baseada nisso, em um lugar que consegue expandir as cidades para entregar mais rápido.
Quando você fala em entregar mais rápido o senhor acredita que existe perspectiva de diminuir esse prazo?
Olhando o público do Nordeste, hoje não são todas as cidades que conseguem entregar em dois dias. Nossa ideia, no primeiro momento, estamos olhando para esse prazo de dois dias como uma promessa. A grande vantagem é poder comprar e isso vai ser uma evolução. Logicamente, não vamos conseguir fazer logo em todos os produtos. Mas é ter mais cidades do Nordeste podendo comprar produtos no e-commerce e receber em dois dias. Esse é o primeiro passo. A gente gosta de falar na Amazon que todo dia é o primeiro dia. Quando a gente olha os próximos 10 anos é estar sempre evoluindo. Um exemplo que a gente pode dar que aconteceu depois de muitos anos é que, nos Estados Unidos, o Prime que começa entregando em dois dias, em muitas cidades, a gente consegue também fazer a entrega em dois dias. No Brasil, na verdade, o Prime tem produtos com mais de dois dias, mas estamos olhando muito para as cidades. E com a abertura do Centro de Distribuição em Pernambuco, nossa ideia é que passe de 100 cidades que a gente faz hoje para mais de 150 nos próximos meses.
Toda a distribuição era feita através de São Paulo e agora vocês vêm também para o Nordeste, a Amazon acredita que é uma região que tem mercado para crescimento?
Não tenho dúvida, é um mercado extremamente importante quando fala da população do Nordeste. É uma região populosa, mas o mais importante disso é que o crescimento vem do fazer a coisa certa para o cliente. Às vezes, me fazem a pergunta de qual a diferença do cliente brasileiro para o de outros países. Minha resposta é que, geralmente, o brasileiro é igual ao norte-americano, japonês, asutraliano, turco, em nenhum lugar do mundo o cliente quer receber mais devagar, pagar mais caro ou não encontrar o que está buscando. Quando separa o Brasil por reg iões é a mesma coisa. A gente tem que ter certeza que se trouxer boa oferta de produto, catálogo completo, poder dar a garantia da entrega rápida, principalmente para quem é cliente Prime, não há dúvida que o crescimento de Pernambuco e do Nordeste será muito importante. E já é hoje. Não podemos abrir percentual, mas já é bastante representantivo.
O e-commerce é um mercado muito competitivo, mas a região tem muito potencial no interior porque existe uma dificuldade de logística. A Amazon acredita que vai conseguir chegar em mais lugares? Hoje a gente chega no Brasil inteiro. Qualquer lugar do Oiapoque ao Chuí que tenha um CEP nós entregamos. O que a gente quer agora com a abertura da distribuição no Nordeste, é entregar mais rápido. Principalmente um usuário Prime estar mais próximo dessa velocidade mais rápida. Lógico que algumas cidades vão ser três dias, outras quatro, talvez outras cinco, mas o que queremos mesmo é expandir e acelerar para o membro Prime possa cada vez mais se inserir na proposta de dois dias. Mas nem todo lugar vai poder ser em dois dias. Mas, às vezes, importa é vender para o Brasil todo. Então qualquer cidade do Nordeste hoje com CEP a gente entrega, independentemente do Centro de Distribuição do Recife.
Apesar de não falarem no valor de investimento e geração de empregos, o CD movimenta a economia de Pernambuco. Como a Amazon enxerga nessa ajuda ao desenvolvimento da região?
A gente só pode ter muito orgulho de fazer parte desse processo de poder ajudar o Brasil, que a gente sonha que, ao longo prazo, seja um país mais uniforme do ponto de vista de distribuição de renda e infraestrutura. O que a gente quer é exatamente isso de trazer a oportunidade, talvez até para aquelas pessoas que nunca tiveram o contato com o comércio eletrônico, de ter uma boa primeira experiência com a Amazon, independentemente se o consumidor vai continuar comprando com a gente. Cabe à Amazon trazer os produtos, uma boa oferta para que ele volte a comprar conosco.
Quais as expectativas para 2020?
Primeiro, somos otimistas por natureza. Começamos no Brasil em 2012 e era um momento diferente. A gente tem um pouco dessa maneira de ignorar a macroeconomia porque, como a Amazon é uma empresa que pensa a longo prazo, as nuances desses altos e baixos macroeconômicos se desfazem. E como a gente foca muito mais no in do que no out, que é o crescimento e a margem, e o in é se eu tenho o produto que o cliente está buscando e qual o meu índice de acerto se eu falei para ele que entregaria o produto em dois dias ou três ou quatro, mas como consigo entregar em um prazo menor, se estou entregando uma boa oferta para o cliente. Então, se eu fizer bem essas três coisas de trazer conveniência e catálogo, o crescimento vai vir. Então, confesso que a gente ignora a macroeconomia porque nesses últimos sete anos que a gente tem operado no Brasil, onde a gente começou vendendo livros digitais, depois para livros físicos, depois teve a expansão das categorias do marketplace, mais recente acrescentamos categorias de varejo, logicamente que culmina com a abertura do Centro de Distribuição no Recife, o lançamento do Prime, do Alexa, produto que pode interagir por voz. Então, é um ano que foi extraordinário e, quando olha para o futuro, não tem dúvida que vai ser da mesma magnitude.
Esse é um mercado que precisa se reiventar sempre porque é um mercado que se transforma rápido, não é?
Eu sempre faço uma figura com a pessoa que está praticando salto com vara. Uma vez que você coloca a barra e vê uma pessoa lá em cima quase passando o sarrafo, isso é muito humano porque a gente nunca quer voltar para trás, quer sempre ter algo melhor. E acho que é nessa pegada que a Amazon trabalha, sempre trazendo serviços e produtos novos, mais conveniência e esse anúncio do Centro de Distribuição no Recife é um pouco nesta linha para melhorar a conveniência do cliente.
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Apesar de a empresa não ter revelado os números, o empreendimento movimenta a economia pernambucana com o investimento e a geração de emprego. Além disso, o hub logístico regional no estado vai possibilitar benefícios aos consumidores finais, como o prazo de entrega mais rápido e mais opções de frete grátis.
Com o novo Centro de Distribuição, a Amazon vai conseguir acelerar o processo de entrega dos pedidos para a região de milhares de produtos, que ficarão armazenados no local. Clientes do Recife, além de outras quatro capitais do Nordeste - João Pessoa, Natal, Maceió e Fortaleza - poderão receber as encomendas em até dois dias.
"Hoje, 100 cidades do Brasil têm entrega com esse prazo e, com a chegada em Pernambuco, a ideia é expandir o número de municípios com entrega em dois dias", afirmou Alex Szapiro, presidente da Amazon no Brasil, que selou a instalação do empreendimento ontem com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, em São Paulo.
Para Bruno Schwambach, secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, a escolha do estado se deu pela localização estratégica e posiciona o estado em um mercado importante. "Pernambuco tem toda a infraestrutura a oferecer para esse hub de logística e inteligência. Estamos a 800 quilômetros de 90% do Nordeste. Temos a infraestrutura portuária e aeroportuária, é uma região estratégica. E passamos no crivo de uma empresa global como a Amazon, que tem muitos critérios, e subiu nosso patamar. Além disso, com as perspectivas de crescimento do e-commerce, o estado entra no mapa da Amazon no mundo", disse.
O CD em Pernambuco fica nas adjacências de Suape e gera expectativas positivas para Leonardo Cerquinho, presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape. "Suape vive de movimentar carga e ter um Centro de Distribuição da Amazon dá um indicativo que pode aumentar essa movimentação. Mas inicialmente a empresa está mais focada no modal aéreo, mas já vai começar a discutir a questão marítima agora. Ao ter o maior varejista do mundo no entorno reforça o objetivo de movimentação de carga que já vem sendo trabalhado há anos em Suape", concluiu Cerquinho.Será a primeira operação física da empresa norte-americana, uma das mais valiosas do mundo, fora de São Paulo.
ENTREVISTA ALEX SZAPIRO
Como a Amazon enxerga o mercado de Pernambuco e do Nordeste?
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Quando você fala em entregar mais rápido o senhor acredita que existe perspectiva de diminuir esse prazo?
Olhando o público do Nordeste, hoje não são todas as cidades que conseguem entregar em dois dias. Nossa ideia, no primeiro momento, estamos olhando para esse prazo de dois dias como uma promessa. A grande vantagem é poder comprar e isso vai ser uma evolução. Logicamente, não vamos conseguir fazer logo em todos os produtos. Mas é ter mais cidades do Nordeste podendo comprar produtos no e-commerce e receber em dois dias. Esse é o primeiro passo. A gente gosta de falar na Amazon que todo dia é o primeiro dia. Quando a gente olha os próximos 10 anos é estar sempre evoluindo. Um exemplo que a gente pode dar que aconteceu depois de muitos anos é que, nos Estados Unidos, o Prime que começa entregando em dois dias, em muitas cidades, a gente consegue também fazer a entrega em dois dias. No Brasil, na verdade, o Prime tem produtos com mais de dois dias, mas estamos olhando muito para as cidades. E com a abertura do Centro de Distribuição em Pernambuco, nossa ideia é que passe de 100 cidades que a gente faz hoje para mais de 150 nos próximos meses.
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Apesar de não falarem no valor de investimento e geração de empregos, o CD movimenta a economia de Pernambuco. Como a Amazon enxerga nessa ajuda ao desenvolvimento da região?
A gente só pode ter muito orgulho de fazer parte desse processo de poder ajudar o Brasil, que a gente sonha que, ao longo prazo, seja um país mais uniforme do ponto de vista de distribuição de renda e infraestrutura. O que a gente quer é exatamente isso de trazer a oportunidade, talvez até para aquelas pessoas que nunca tiveram o contato com o comércio eletrônico, de ter uma boa primeira experiência com a Amazon, independentemente se o consumidor vai continuar comprando com a gente. Cabe à Amazon trazer os produtos, uma boa oferta para que ele volte a comprar conosco.
Quais as expectativas para 2020?
Primeiro, somos otimistas por natureza. Começamos no Brasil em 2012 e era um momento diferente. A gente tem um pouco dessa maneira de ignorar a macroeconomia porque, como a Amazon é uma empresa que pensa a longo prazo, as nuances desses altos e baixos macroeconômicos se desfazem. E como a gente foca muito mais no in do que no out, que é o crescimento e a margem, e o in é se eu tenho o produto que o cliente está buscando e qual o meu índice de acerto se eu falei para ele que entregaria o produto em dois dias ou três ou quatro, mas como consigo entregar em um prazo menor, se estou entregando uma boa oferta para o cliente. Então, se eu fizer bem essas três coisas de trazer conveniência e catálogo, o crescimento vai vir. Então, confesso que a gente ignora a macroeconomia porque nesses últimos sete anos que a gente tem operado no Brasil, onde a gente começou vendendo livros digitais, depois para livros físicos, depois teve a expansão das categorias do marketplace, mais recente acrescentamos categorias de varejo, logicamente que culmina com a abertura do Centro de Distribuição no Recife, o lançamento do Prime, do Alexa, produto que pode interagir por voz. Então, é um ano que foi extraordinário e, quando olha para o futuro, não tem dúvida que vai ser da mesma magnitude.
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Eu sempre faço uma figura com a pessoa que está praticando salto com vara. Uma vez que você coloca a barra e vê uma pessoa lá em cima quase passando o sarrafo, isso é muito humano porque a gente nunca quer voltar para trás, quer sempre ter algo melhor. E acho que é nessa pegada que a Amazon trabalha, sempre trazendo serviços e produtos novos, mais conveniência e esse anúncio do Centro de Distribuição no Recife é um pouco nesta linha para melhorar a conveniência do cliente.