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Principal aposta do governo para equilibrar o Orçamento de 2026, o corte de incentivos fiscais foi aprovado nesta semana pelo Congresso. Com potencial de elevar a arrecadação em R$ 22,4 bilhões no próximo ano, a proposta também aumenta tributos sobre empresas de apostas on-line (bets), fintechs e grandes empresas que remuneram sócios por meio de juros sobre capital próprio (JCP).
Aprovado na madrugada da última quarta-feira (17/12) pela Câmara dos Deputados e na noite do mesmo dia pelo Senado, o texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No início da semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia dito que o projeto era importante para evitar um corte de cerca de R$ 20 bilhões no Orçamento de 2026.
A seguir, veja os principais pontos do projeto e como ele afeta empresas, setores e as contas públicas.
O que o projeto faz?
O projeto reduz em 10% parte dos incentivos e benefícios fiscais federais e, ao mesmo tempo, aumenta tributos sobre:
Casas de apostas esportivas on-line (bets);
Fintechs e outras instituições financeiras;
Juros sobre capital próprio (JCP).
Além disso, cria regras mais rígidas de controle, transparência e limites para a concessão de benefícios tributários no país.
Quais tributos terão benefícios reduzidos?
A redução de 10% atinge incentivos ligados aos seguintes tributos federais:
Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e PIS/Pasep-Importação;
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Cofins-Importação;
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
Imposto de Importação;
Contribuição previdenciária patronal.
A diminuição incide sobre os chamados gastos tributários listados no Orçamento de 2026 e em regimes especiais, respeitadas as exceções previstas no texto.
Quais regimes e setores podem ser afetados?
Entre os benefícios que poderão sofrer redução estão:
Regime Especial da Indústria Química (Reiq);
Créditos presumidos de IPI para empresas exportadoras;
Créditos presumidos de PIS/Cofins para setores como farmacêutico, agropecuário, alimentos, transporte rodoviário de passageiros e exportações de café e cítricos;
Alíquota zero de PIS/Cofins para importadores de fertilizantes, agrotóxicos e nafta petroquímica.
No caso do lucro presumido, o texto permite elevar em 10% a base de cálculo do imposto, mas apenas sobre a parcela da receita bruta anual que ultrapassar R$ 5 milhões.
Quais são as exceções?
A redução não atinge:
Imunidades constitucionais (templos religiosos, partidos políticos, livros);
Zona Franca de Manaus e áreas de livre comércio;
Produtos da cesta básica nacional;
Entidades filantrópicas sem fins lucrativos;
Empresas do Simples Nacional;
Programas como Minha Casa, Minha Vida e Prouni;
Lei Aldir Blanc;
Desoneração da folha de pagamentos;
Incentivos para os setores de tecnologia da informação, comunicação e semicondutores.
Também ficam preservados benefícios concedidos por prazo determinado a empresas que já cumpriram contrapartidas exigidas em lei.
O que muda para as bets?
A tributação sobre as casas de apostas será elevada de forma gradual. Hoje, ela é de 12%, mas aumentará para:
13% em 2026;
14% em 2027;
15% em 2028.
Metade da arrecadação adicional será destinada à seguridade social e a outra metade a ações de saúde.
O texto também endurece a fiscalização e prevê responsabilização solidária de quem fizer publicidade ou mantiver operações com bets não autorizadas.
E para as fintechs?
O projeto aumenta a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido):
Fintechs e sociedades de capitalização passam de 15% para 17,5% até 2027 e para 20% a partir de 2028;
Outras instituições financeiras, como bolsas e entidades de liquidação, terão alíquotas elevadas de 9% para 12% até 2027 e para 15% a partir de 2028.
O que muda no JCP?
O Imposto de Renda retido na fonte sobre juros sobre capital próprio (JCP) sobe de 15% para 17,5%. O JCP é usado por grandes empresas para remunerar sócios e acionistas.
Há novos limites para benefícios fiscais?
Sim. O texto estabelece que, se os incentivos tributários ultrapassarem 2% do Produto Interno Bruto (PIB), fica proibida a concessão, ampliação ou prorrogação de novos benefícios, salvo se houver medidas de compensação fiscal.
Segundo o governo, os benefícios tributários no Brasil podem chegar a R$ 800 bilhões por ano.
O Nubank não é mais banco, o Pix ficou esperto e o BC virou síndico…
O projeto trata de crimes tributários?
Sim. Ele agrava penas para crimes tributários quando envolverem bens protegidos por imunidades constitucionais, como livros e templos religiosos.
O que são os 'restos a pagar' revalidados?
O projeto permite revalidar despesas empenhadas, mas não pagas, que haviam sido canceladas a partir de 2023. Esses valores poderão ser quitados até o fim de 2026, inclusive recursos de emendas parlamentares. A estimativa de impacto para os cofres do governo está em torno de R$ 3 bilhões.
Quando as mudanças entram em vigor?
A maior parte das medidas passa a valer em 1º de janeiro de 2026.
No entanto, as alterações que envolvem aumento de tributos ou redução de benefícios precisam respeitar a noventena: prazo mínimo de 90 dias após a sanção presidencial para entrar em vigor.
*Com informações das Agências Câmara e Senado
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Principal aposta do governo para equilibrar o Orçamento de 2026, o corte de incentivos fiscais foi aprovado nesta semana pelo Congresso. Com potencial de elevar a arrecadação em R$ 22,4 bilhões no próximo ano, a proposta também aumenta tributos sobre empresas de apostas on-line (bets), fintechs e grandes empresas que remuneram sócios por meio de juros sobre capital próprio (JCP).
Aprovado na madrugada da última quarta-feira (17/12) pela Câmara dos Deputados e na noite do mesmo dia pelo Senado, o texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No início da semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia dito que o projeto era importante para evitar um corte de cerca de R$ 20 bilhões no Orçamento de 2026.
A seguir, veja os principais pontos do projeto e como ele afeta empresas, setores e as contas públicas.
O que o projeto faz?
O projeto reduz em 10% parte dos incentivos e benefícios fiscais federais e, ao mesmo tempo, aumenta tributos sobre:
Casas de apostas esportivas on-line (bets);
Fintechs e outras instituições financeiras;
Juros sobre capital próprio (JCP).
Além disso, cria regras mais rígidas de controle, transparência e limites para a concessão de benefícios tributários no país.
Quais tributos terão benefícios reduzidos?
A redução de 10% atinge incentivos ligados aos seguintes tributos federais:
Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e PIS/Pasep-Importação;
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Cofins-Importação;
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
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Contribuição previdenciária patronal.
A diminuição incide sobre os chamados gastos tributários listados no Orçamento de 2026 e em regimes especiais, respeitadas as exceções previstas no texto.
Quais regimes e setores podem ser afetados?
Entre os benefícios que poderão sofrer redução estão:
Regime Especial da Indústria Química (Reiq);
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Créditos presumidos de PIS/Cofins para setores como farmacêutico, agropecuário, alimentos, transporte rodoviário de passageiros e exportações de café e cítricos;
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Quais são as exceções?
A redução não atinge:
Imunidades constitucionais (templos religiosos, partidos políticos, livros);
Zona Franca de Manaus e áreas de livre comércio;
Produtos da cesta básica nacional;
Entidades filantrópicas sem fins lucrativos;
Empresas do Simples Nacional;
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Também ficam preservados benefícios concedidos por prazo determinado a empresas que já cumpriram contrapartidas exigidas em lei.
O que muda para as bets?
A tributação sobre as casas de apostas será elevada de forma gradual. Hoje, ela é de 12%, mas aumentará para:
13% em 2026;
14% em 2027;
15% em 2028.
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E para as fintechs?
O projeto aumenta a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido):
Fintechs e sociedades de capitalização passam de 15% para 17,5% até 2027 e para 20% a partir de 2028;
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O que muda no JCP?
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Há novos limites para benefícios fiscais?
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O projeto trata de crimes tributários?
Sim. Ele agrava penas para crimes tributários quando envolverem bens protegidos por imunidades constitucionais, como livros e templos religiosos.
O que são os 'restos a pagar' revalidados?
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No entanto, as alterações que envolvem aumento de tributos ou redução de benefícios precisam respeitar a noventena: prazo mínimo de 90 dias após a sanção presidencial para entrar em vigor.
*Com informações das Agências Câmara e Senado