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Ibovespa atingiu nova máxima de fechamento nesta quarta-feira, impulsionado pelo otimismo do mercado com o início da votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados.
O Ibovespa subiu 1,23%, a 105.817,06 pontos. Com isso, passa a acumular alta de 20,4% em 2019. O volume financeiro da sessão somou 21,5 bilhões de reais na sessão.
O mercado monitorou o processo de votação do texto principal da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados, considerada pelo governo peça-chave para o reequilíbrio das contas públicas do país.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a sessão deve ir até a madrugada de quinta-feira para encerrar o primeiro turno da votação. A previsão de Maia é que o segundo turno seja encerrado até sexta-feira.
“O mercado está precificando essa aprovação”, afirmou Felipe Silveira, analista de investimentos da Coinvalores, que também reiterou otimismo na expectativa que a votação em segundo turno seja realizada antes do recesso parlamento dia 18 de julho.
No exterior, o otimismo também prevalecia quando o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, abriu caminho nesta quarta-feira para o primeiro corte de juros nos Estados Unidos em uma década ainda neste mês, ao prometer “agir conforme apropriado” para defender a expansão econômica ameaçada pelas disputas comerciais e desaceleração global. Em Wall Street, o S&P 500 subiu 0,45%.
A sessão da B3 ainda foi marcada por ajuste aos movimentos das ações brasileiras listadas em Nova York, os ADRs, que foram negociados na véspera, quando não houve operações na bolsa paulista em razão de feriado no Estado de São Paulo.
DESTAQUES
- VALE subiu 2,32%, apesar da decisão da Justiça de Minas Gerais, que condenou a mineradora a reparar todos os danos causados pelo rompimento de barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em janeiro, e manteve um bloqueio de 11 bilhões de reais da companhia.
- PETROBRAS PN valorizou-se 1,52%, na esteira da forte alta dos preços do petróleo no mercado externo.
- ULTRAPAR e BR DISTRIBUIDORA subiram 5,84% e 4,52%, respectivamente, na ponta superior do índice. A Petrobras reduziu no começo da semana o preço da gasolina na refinaria para menor nível desde fevereiro.
- IRB BRASIL ganhou 6,79%. O Brasil Plural chamou a atenção para o fato de que, após a Susep permitir que o IRB se tornasse uma empresa não controlada. Segundo o jornal Valor Econômico, o Bradesco e o Itaú estão negociando um período de carência e devem manter suas ações na resseguradora.
- VIA VAREJO fechou em queda de 0,3 por cento, mas nos primeiros dias de julho acumula valorização de mais de 30 por cento, motivada por expectativas de investidores sobre nova gestão da empresa e queda dos juros da economia.
- BRASKEM perdeu 1,02%, encerrando série de cinco pregões em alta.
- KROTON caiu 0,4%, após sequência de cinco pregões de alta, período em que acumulou ganho de 14,1%.
- ITAÚ UNIBANCO PN recuou 0,27% e BRADESCO PN cedeu 0,46%.
Dólar cai a mínima desde fevereiro com Previdência e exterior; volatilidade desaba
Por José de Castro (Reuters) - A combinação entre mais chances de corte de juros nos Estados Unidos e avanço dos trâmites da reforma da Previdência derrubou o dólar ao menor patamar desde fevereiro, com uma medida de risco no câmbio caindo à mínima em 15 meses.
O dólar à vista cedeu 1,30%, a 3,7585 reais na venda. É o menor patamar para um fechamento desde 28 de fevereiro (3,7531 reais). Na mínima da sessão, a divisa foi cotada a 3,7519 reais na venda.
A desvalorização percentual é a mais intensa desde 31 de maio (-1,37%).
A volatilidade implícita das opções de dólar/real para três meses cedeu a 11,567% ao ano. É o menor nível desde os 11,475% de 20 de abril de 2018.
O real teve o segundo melhor desempenho dentre 34 pares do dólar, perdendo apenas para o rand sul-africano. Em julho, a divisa brasileira lidera os ganhos, com alta de 2,6%, e já ostenta a quinta melhor performance no acumulado do ano.
O dia foi de dólar fraco no mundo, depois que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, fez comentários que levaram o mercado a aumentar apostas em corte de juros nos EUA no fim deste mês.
Juros mais baixos por lá melhoram a relação risco/retorno para mercados emergentes, o que pode trazer fluxo de capital ao Brasil, com aumento de oferta de dólar e consequente perda de valor da moeda.
Mas a moeda brasileira teve suporte adicional no noticiário doméstico, que indicou a investidores que a aprovação da reforma da Previdência parece ser apenas questão de tempo.
O plenário da Câmara dos Deputados iniciou nesta quarta-feira o processo de votação do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.
Num sinal de apoio à reforma, os deputados rejeitaram, no início da sessão, um requerimento de retirada de pauta da reforma por 334 votos a 29. Por ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma precisa dos votos de pelo menos 308 dos 513 deputados para ser aprovada na Câmara.
“Estamos no meio de um ‘bull market’”, disse Roberto Campos, gestor sênior de câmbio da Absolute Investimentos, referindo-se a um período de alta dos ativos (no caso, do real). “Com a aprovação da reforma dada como certa, o mercado começa a se movimentar para a possibilidade de volta do estrangeiro. E não me parece muito difícil o dólar cair mais”, completou.
Apesar de ter reduzido posições compradas em dólar na B3, o investidor estrangeiro ainda sustenta 32 bilhões de dólares nessa direção, próximo de valores históricos, o que demonstra certa desconfiança com as perspectivas locais.
Por isso, alguns analistas ainda preferem operar real contra outras moedas que não o dólar. O Goldman Sachs, por exemplo, enxerga valor no “trade” real contra dólar australiano. Desde 20 de maio, o real se valoriza 8,3% ante o dólar da Austrália.
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a sessão deve ir até a madrugada de quinta-feira para encerrar o primeiro turno da votação. A previsão de Maia é que o segundo turno seja encerrado até sexta-feira.
“O mercado está precificando essa aprovação”, afirmou Felipe Silveira, analista de investimentos da Coinvalores, que também reiterou otimismo na expectativa que a votação em segundo turno seja realizada antes do recesso parlamento dia 18 de julho.
No exterior, o otimismo também prevalecia quando o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, abriu caminho nesta quarta-feira para o primeiro corte de juros nos Estados Unidos em uma década ainda neste mês, ao prometer “agir conforme apropriado” para defender a expansão econômica ameaçada pelas disputas comerciais e desaceleração global. Em Wall Street, o S&P 500 subiu 0,45%.
A sessão da B3 ainda foi marcada por ajuste aos movimentos das ações brasileiras listadas em Nova York, os ADRs, que foram negociados na véspera, quando não houve operações na bolsa paulista em razão de feriado no Estado de São Paulo.
DESTAQUES
- VALE subiu 2,32%, apesar da decisão da Justiça de Minas Gerais, que condenou a mineradora a reparar todos os danos causados pelo rompimento de barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em janeiro, e manteve um bloqueio de 11 bilhões de reais da companhia.
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- ULTRAPAR e BR DISTRIBUIDORA subiram 5,84% e 4,52%, respectivamente, na ponta superior do índice. A Petrobras reduziu no começo da semana o preço da gasolina na refinaria para menor nível desde fevereiro.
- IRB BRASIL ganhou 6,79%. O Brasil Plural chamou a atenção para o fato de que, após a Susep permitir que o IRB se tornasse uma empresa não controlada. Segundo o jornal Valor Econômico, o Bradesco e o Itaú estão negociando um período de carência e devem manter suas ações na resseguradora.
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- KROTON caiu 0,4%, após sequência de cinco pregões de alta, período em que acumulou ganho de 14,1%.
- ITAÚ UNIBANCO PN recuou 0,27% e BRADESCO PN cedeu 0,46%.
Dólar cai a mínima desde fevereiro com Previdência e exterior; volatilidade desaba
Por José de Castro (Reuters) - A combinação entre mais chances de corte de juros nos Estados Unidos e avanço dos trâmites da reforma da Previdência derrubou o dólar ao menor patamar desde fevereiro, com uma medida de risco no câmbio caindo à mínima em 15 meses.
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Juros mais baixos por lá melhoram a relação risco/retorno para mercados emergentes, o que pode trazer fluxo de capital ao Brasil, com aumento de oferta de dólar e consequente perda de valor da moeda.
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