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string(5342) "Por: Brasil247 - Em artigo publicado no jornal Valor Econômico, o Nobel de Economia Joseph E. Stiglitz fez duras críticas ao presidente dos Estados Unidos Donald Trump e destacou a firmeza do governo brasileiro frente a tentativas de intimidação por parte do líder republicano. Stiglitz alertou para os riscos da escalada autoritária promovida por Trump dentro e fora dos EUA, chamando atenção para a resposta firme do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante das recentes ameaças tarifárias ao Brasil.
“Por décadas, os Estados Unidos foram o campeão da democracia, do Estado de Direito e dos direitos humanos. Sem dúvida, entre a retórica e a realidade, houve discrepâncias gritantes: durante a Guerra Fria, em nome do combate ao comunismo, os EUA derrubaram governos eleitos democraticamente na Grécia, Irã, Chile e em outros países. Em casa, os EUA estiveram em uma batalha para garantir os direitos civis dos negros, um século após o fim da escravidão. Mais recentemente, a Suprema Corte dos EUA tem atuado de forma contundente para restringir os esforços voltados a reparar os legados negativos do longo histórico de discriminação racial”, escreveu o economista.
Segundo Stiglitz, Trump não apenas desrespeitou princípios democráticos durante seu primeiro mandato, ao tentar reverter a vitória eleitoral de Joe Biden em 2020, como voltou a agir contra o Estado de Direito em seu novo governo. A ameaça de impor tarifas de 50% ao Brasil, caso o país não interrompa os processos judiciais contra Jair Bolsonaro, foi classificada por Stiglitz como inconstitucional e uma afronta direta à soberania brasileira.
“Eis aqui, portanto, Trump infringindo o Estado de Direito ao exigir que o Brasil, que tem cumprido todos os limites do devido processo legal no julgamento de Bolsonaro, também o infrinja. O Congresso dos EUA jamais aprovou tarifas como instrumento para forçar países a obedecer a ordens políticas de um presidente, e Trump não conseguiu citar nenhuma lei que lhe desse sequer uma mínima fachada para suas ações inconstitucionais”, afirmou.
A resposta do presidente Lula às ameaças foi categórica. Ele classificou as declarações de Trump como uma “chantagem inaceitável” e reforçou a independência do país: “não é um gringo que vai dar ordens a este presidente”. Para Stiglitz, a atitude do líder brasileiro simboliza uma defesa legítima da soberania nacional, especialmente frente a pressões dos EUA sobre políticas internas e regulamentações de plataformas tecnológicas.
“Assim como a China, o Brasil se recusa a ceder à intimidação americana. Lula está defendendo a soberania de seu país, não apenas no domínio do comércio exterior, mas também ao regular as plataformas tecnológicas controladas pelos EUA”, pontuou o economista.
Ao traçar paralelos entre os ataques à democracia nos EUA e no Brasil, Stiglitz recorda que Bolsonaro tentou replicar os atos de 6 de janeiro de 2021, em Washington, ao incentivar a invasão do Congresso brasileiro em 8 de janeiro de 2023. No entanto, ao contrário do cenário americano, “as instituições brasileiras se mantiveram firmes — e agora exigem que Bolsonaro seja responsabilizado”.
Enquanto Trump concedeu perdão presidencial a condenados pela insurreição nos EUA, inclusive os mais violentos, o Brasil tem conduzido o processo judicial contra os responsáveis pelos atos antidemocráticos com base no devido processo legal. Para Stiglitz, essa postura representa uma reafirmação dos valores democráticos por parte do governo brasileiro.
“Sob a liderança de Lula, o Brasil optou por reafirmar seu compromisso com o Estado de Direito e a democracia, mesmo enquanto os EUA parecem estar renunciando à própria Constituição”, concluiu o economista.
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“Por décadas, os Estados Unidos foram o campeão da democracia, do Estado de Direito e dos direitos humanos. Sem dúvida, entre a retórica e a realidade, houve discrepâncias gritantes: durante a Guerra Fria, em nome do combate ao comunismo, os EUA derrubaram governos eleitos democraticamente na Grécia, Irã, Chile e em outros países. Em casa, os EUA estiveram em uma batalha para garantir os direitos civis dos negros, um século após o fim da escravidão. Mais recentemente, a Suprema Corte dos EUA tem atuado de forma contundente para restringir os esforços voltados a reparar os legados negativos do longo histórico de discriminação racial”, escreveu o economista.
Segundo Stiglitz, Trump não apenas desrespeitou princípios democráticos durante seu primeiro mandato, ao tentar reverter a vitória eleitoral de Joe Biden em 2020, como voltou a agir contra o Estado de Direito em seu novo governo. A ameaça de impor tarifas de 50% ao Brasil, caso o país não interrompa os processos judiciais contra Jair Bolsonaro, foi classificada por Stiglitz como inconstitucional e uma afronta direta à soberania brasileira.
“Eis aqui, portanto, Trump infringindo o Estado de Direito ao exigir que o Brasil, que tem cumprido todos os limites do devido processo legal no julgamento de Bolsonaro, também o infrinja. O Congresso dos EUA jamais aprovou tarifas como instrumento para forçar países a obedecer a ordens políticas de um presidente, e Trump não conseguiu citar nenhuma lei que lhe desse sequer uma mínima fachada para suas ações inconstitucionais”, afirmou.
A resposta do presidente Lula às ameaças foi categórica. Ele classificou as declarações de Trump como uma “chantagem inaceitável” e reforçou a independência do país: “não é um gringo que vai dar ordens a este presidente”. Para Stiglitz, a atitude do líder brasileiro simboliza uma defesa legítima da soberania nacional, especialmente frente a pressões dos EUA sobre políticas internas e regulamentações de plataformas tecnológicas.
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Ao traçar paralelos entre os ataques à democracia nos EUA e no Brasil, Stiglitz recorda que Bolsonaro tentou replicar os atos de 6 de janeiro de 2021, em Washington, ao incentivar a invasão do Congresso brasileiro em 8 de janeiro de 2023. No entanto, ao contrário do cenário americano, “as instituições brasileiras se mantiveram firmes — e agora exigem que Bolsonaro seja responsabilizado”.
Enquanto Trump concedeu perdão presidencial a condenados pela insurreição nos EUA, inclusive os mais violentos, o Brasil tem conduzido o processo judicial contra os responsáveis pelos atos antidemocráticos com base no devido processo legal. Para Stiglitz, essa postura representa uma reafirmação dos valores democráticos por parte do governo brasileiro.
“Sob a liderança de Lula, o Brasil optou por reafirmar seu compromisso com o Estado de Direito e a democracia, mesmo enquanto os EUA parecem estar renunciando à própria Constituição”, concluiu o economista.