array(31) {
["id"]=>
int(159686)
["title"]=>
string(84) "Lula concorda com distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras"
["content"]=>
string(4647) "BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu sinal verde para o governo votar pela distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras.
A medida deve significar um ingresso de cerca de R$ 6 bilhões aos cofres da União, acionista controlador da empresa estatal.
A decisão do presidente de chancelar o voto do governo nessa direção foi tomada na tarde desta sexta-feira (19) após a avaliação de que a medida não vai comprometer o plano de investimentos da companhia.
Os outros 50% ficarão em uma reserva para uma nova avaliação do conselho de administração nos próximos meses.
Segundo um interlocutor do governo ouvido pela Folha, a decisão de Lula em concordar com a distribuição dos primeiros 50% não fecha a porta para o pagamento da outra parcela dos recursos no futuro.
A proposta original da diretoria da Petrobras já era fazer a distribuição de 50% dos R$ 43 bilhões de lucro adicional que a companhia teve em 2024 sob a forma de dividendos extraordinários. Isso representaria uma receita adicional de R$ 12,59 bilhões para a União.
No entanto, a medida foi barrada no conselho de administração com apoio massivo dos representantes do governo. Na ocasião, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se absteve.
A decisão deflagrou uma escalada nos desentendimentos entre Prates e o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que atuou pela retenção dos dividendos.
O presidente da companhia passou a ser alvo de fogo amigo dentro do governo, com a especulação de nomes para substituí-lo no cargo. O processo de fritura de Prates se intensificou no início do mês, mas perdeu força nos últimos dias, garantindo a sobrevida do executivo no comando da estatal.
Garantir distribuição dos dividendos é um tema importante para o ministro Fernando Haddad (Fazenda), que usará os recursos para reforçar o caixa do governo e buscar a meta de déficit zero em 2024. Ele intercedeu na discussão para tentar encontrar uma saída para o impasse.
O ministro da Fazenda já disse, em diferentes ocasiões, que o pagamento dos dividendos não comprometeria os planos da empresa.
Em meio à crise, Lula pediu informações adicionais sobre as implicações da distribuição dos dividendos para a companhia. A Fazenda atuou como mediadora na discussão.
Segundo interlocutores, os documentos com os dados foram apresentados ao presidente da República com a sinalização de que não há risco de comprometer o plano de investimentos ou o caixa da Petrobras.
Na semana passada, os ministérios da Casa Civil e de Minas e Energia já haviam recuado e passaram a apoiar a distribuição de parte do valor.
O governo vai levar a proposta de distribuição de dividendos diretamente à assembleia de acionistas, convocada para o próximo dia 25 de abril.
Acionistas minoritários da companhia tinham preferência pela distribuição de 100% dos valores, mas a avaliação é de que eles não devem se opor ao pagamento de 50%.
A leitura do governo é que o desfecho sobre os dividendos favorece as condições para a Petrobras aderir a uma negociação com a União para pôr fim a litígios tributários bilionárias.
A equipe econômica tem a expectativa de assinar um acordo para renegociar dívidas calculadas hoje em quase R$ 60 bilhões por meio de uma transação com PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) e Receita Federal. A medida também deve reforçar o caixa do governo.
"
["author"]=>
string(34) "Diana Tomazelli eAdriana Fernandes"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(614539)
["filename"]=>
string(18) "luladividendos.jpg"
["size"]=>
string(6) "511815"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(19) "mmarquivo/espoortt/"
}
["image_caption"]=>
string(16) " © Getty Images"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(145) "A medida deve significar um ingresso de cerca de R$ 6 bilhões aos cofres da União, acionista controlador da empresa estatal.
"
["author_slug"]=>
string(34) "diana-tomazelli-eadriana-fernandes"
["views"]=>
int(61)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(true)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(80) "lula-concorda-com-distribuicao-de-50-dos-dividendos-extraordinarios-da-petrobras"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(440)
["name"]=>
string(8) "Economia"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "economia"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(440)
["name"]=>
string(8) "Economia"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "economia"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-04-20 13:06:52.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2024-04-20 13:06:52.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2024-04-20T12:50:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(37) "mmarquivo/espoortt/luladividendos.jpg"
}
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu sinal verde para o governo votar pela distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras.
A medida deve significar um ingresso de cerca de R$ 6 bilhões aos cofres da União, acionista controlador da empresa estatal.
A decisão do presidente de chancelar o voto do governo nessa direção foi tomada na tarde desta sexta-feira (19) após a avaliação de que a medida não vai comprometer o plano de investimentos da companhia.
Os outros 50% ficarão em uma reserva para uma nova avaliação do conselho de administração nos próximos meses.
Segundo um interlocutor do governo ouvido pela Folha, a decisão de Lula em concordar com a distribuição dos primeiros 50% não fecha a porta para o pagamento da outra parcela dos recursos no futuro.
A proposta original da diretoria da Petrobras já era fazer a distribuição de 50% dos R$ 43 bilhões de lucro adicional que a companhia teve em 2024 sob a forma de dividendos extraordinários. Isso representaria uma receita adicional de R$ 12,59 bilhões para a União.
No entanto, a medida foi barrada no conselho de administração com apoio massivo dos representantes do governo. Na ocasião, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se absteve.
A decisão deflagrou uma escalada nos desentendimentos entre Prates e o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que atuou pela retenção dos dividendos.
O presidente da companhia passou a ser alvo de fogo amigo dentro do governo, com a especulação de nomes para substituí-lo no cargo. O processo de fritura de Prates se intensificou no início do mês, mas perdeu força nos últimos dias, garantindo a sobrevida do executivo no comando da estatal.
Garantir distribuição dos dividendos é um tema importante para o ministro Fernando Haddad (Fazenda), que usará os recursos para reforçar o caixa do governo e buscar a meta de déficit zero em 2024. Ele intercedeu na discussão para tentar encontrar uma saída para o impasse.
O ministro da Fazenda já disse, em diferentes ocasiões, que o pagamento dos dividendos não comprometeria os planos da empresa.
Em meio à crise, Lula pediu informações adicionais sobre as implicações da distribuição dos dividendos para a companhia. A Fazenda atuou como mediadora na discussão.
Segundo interlocutores, os documentos com os dados foram apresentados ao presidente da República com a sinalização de que não há risco de comprometer o plano de investimentos ou o caixa da Petrobras.
Na semana passada, os ministérios da Casa Civil e de Minas e Energia já haviam recuado e passaram a apoiar a distribuição de parte do valor.
O governo vai levar a proposta de distribuição de dividendos diretamente à assembleia de acionistas, convocada para o próximo dia 25 de abril.
Acionistas minoritários da companhia tinham preferência pela distribuição de 100% dos valores, mas a avaliação é de que eles não devem se opor ao pagamento de 50%.
A leitura do governo é que o desfecho sobre os dividendos favorece as condições para a Petrobras aderir a uma negociação com a União para pôr fim a litígios tributários bilionárias.
A equipe econômica tem a expectativa de assinar um acordo para renegociar dívidas calculadas hoje em quase R$ 60 bilhões por meio de uma transação com PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) e Receita Federal. A medida também deve reforçar o caixa do governo.