Uma avaliação foi feita com 37 cartões e a pesquisa mostrou que eles não são tão vantajosos para o consumidor
Os cartões de marcas próprias, também conhecidos como private label, são cada vez mais populares entre os consumidores, porém, os juros podem ser abusivos. A Proteste, associação dos consumidores, avaliou 37 cartões e constatou que eles não são tão vantajosos quanto aparentam.
Por trás das facilidades, a associação encontrou juros extremamente altos. Os juros dos cartões das redes Riachuelo e Sonda foram considerados os maiores: 875,25% ao ano. Há como driblar estas taxas, mas é preciso entender como este sistema funciona em primeiro lugar.
Cartões como os da C&A e Renner podem ser usados tanto nas lojas próprias (nesse caso, private label) quanto em outros estabelecimentos (são os híbridos). Entretanto, isso não quer dizer que a transação seja feita apenas entre o lojista e o consumidor.
Nessa relação, existem ainda as financeiras, responsáveis pela liberação do crédito usado para refinanciar a fatura, como prevê a legislação. A anuidade dos cartões também foi um fator avaliado pela Proteste. Para este aspecto, as instituições, na maioria das vezes, prometem não cobrar dos consumidores, porém, em análises mais profundas a entidade constatou que não é bem assim.
Os únicos cartões avaliados que realmente não possuem anuidade, por exemplo, são os da Riachuelo, Renner (ambos para os cartões que só permitem comprar na própria loja), Petrobras e Saraiva (estes são cobranded). Geralmente a taxa de anuidade é cobrada dos consumidores conforme seu uso.
Por exemplo, o "Meu Cartão", da Renner, cobra R$ 118, com esse cartão, também é possível comprar em outras lojas. O Shell, operado pelo Santander, tem anuidade isenta só nos três primeiros meses, depois o valor é alterado de acordo com o gasto efetuado nas faturas. A estas informações o consumidor deve estar atento.