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O encontro foi fechado, na noite de quarta-feira, mas o Estadão/Broadcast teve acesso a um áudio do encontro que reuniu a cúpula do Congresso e também o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Guedes afirmou que a equipe econômica tem o controle da situação e vai acelerar as reformas, mas que a solução para blindar o País dos efeitos da turbulência global depende dos políticos: "A solução é política, e ela é dos senhores. A coisa técnica, o mapa técnico, nós temos, sabemos como ligar as torneiras, sabemos como despejar o dinheiro, realocar o dinheiro, vamos acelerar as reformas. Agora, tem uma coisa que é inescapável, a solução é política."
Guedes se queixou e disse que o governo terá que "contornar" situações criadas pela classe política, como a aprovação do aumento de despesas não planejadas. Horas antes, o Congresso manteve a ampliação do acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, e gerou um gasto de R$ 20 bilhões ao ano aos cofres públicos. Parlamentares justificaram o voto dizendo que existe uma camada da população que precisa do benefício para evitar uma crise social e a política liberal do governo não atende essas pessoas.
"O Congresso reage (ao governo) e aprova mais despesas, que não são as que queremos atingir, derrubamos o teto (de gastos), vamos para LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), o governo trava os recursos, onde vamos parar? Queremos processo de confronto agora? Disputa política hoje? Ou hoje temos que estar juntos para dar uma solução para a população brasileira?", questionou Guedes, diante dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Aula
Alguns congressistas se retiraram da sala para demonstrar o descontentamento e começou um burburinho. Coube ao presidente do Senado tentar acalmar os ânimos. "Não é possível isso, é inacreditável. Estamos falando de um caso grave, um caso concreto no nosso País, onde todos nós temos que ter a responsabilidade do tamanho das nossas obrigações. Vamos aguardar e ouvir o ministro da Economia, o ministro da Saúde, as autoridades do governo e vamos fazer a nossa parte no Congresso, por favor. Depois a gente discute no plenário", disse Alcolumbre. Um parlamentar reagiu: "Estamos calmos, presidente. O Congresso sempre fez a sua parte".
Um senador que acompanhou a reunião disse que o ministro da Economia quis dar uma "aula de história" a deputados e senadores. "A China saiu da miséria, o Sudeste da Ásia escapou da miséria, o Leste Europeu escapando da miséria. Todos se integrando às cadeias globais de valor. Criação imensa de riqueza, 3,7 bilhões de seres humanos saíram da miséria graças a essa onda de globalização que interpenetrou as economias e criou bilhões de empregos... Enquanto isso, o Ocidente sofreu. O Ocidente não conseguiu reagir na velocidade necessária, então os sistemas políticos entraram em tensão", palestrou Guedes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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O encontro foi fechado, na noite de quarta-feira, mas o Estadão/Broadcast teve acesso a um áudio do encontro que reuniu a cúpula do Congresso e também o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Guedes afirmou que a equipe econômica tem o controle da situação e vai acelerar as reformas, mas que a solução para blindar o País dos efeitos da turbulência global depende dos políticos: "A solução é política, e ela é dos senhores. A coisa técnica, o mapa técnico, nós temos, sabemos como ligar as torneiras, sabemos como despejar o dinheiro, realocar o dinheiro, vamos acelerar as reformas. Agora, tem uma coisa que é inescapável, a solução é política."
Guedes se queixou e disse que o governo terá que "contornar" situações criadas pela classe política, como a aprovação do aumento de despesas não planejadas. Horas antes, o Congresso manteve a ampliação do acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, e gerou um gasto de R$ 20 bilhões ao ano aos cofres públicos. Parlamentares justificaram o voto dizendo que existe uma camada da população que precisa do benefício para evitar uma crise social e a política liberal do governo não atende essas pessoas.
"O Congresso reage (ao governo) e aprova mais despesas, que não são as que queremos atingir, derrubamos o teto (de gastos), vamos para LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), o governo trava os recursos, onde vamos parar? Queremos processo de confronto agora? Disputa política hoje? Ou hoje temos que estar juntos para dar uma solução para a população brasileira?", questionou Guedes, diante dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Aula
Alguns congressistas se retiraram da sala para demonstrar o descontentamento e começou um burburinho. Coube ao presidente do Senado tentar acalmar os ânimos. "Não é possível isso, é inacreditável. Estamos falando de um caso grave, um caso concreto no nosso País, onde todos nós temos que ter a responsabilidade do tamanho das nossas obrigações. Vamos aguardar e ouvir o ministro da Economia, o ministro da Saúde, as autoridades do governo e vamos fazer a nossa parte no Congresso, por favor. Depois a gente discute no plenário", disse Alcolumbre. Um parlamentar reagiu: "Estamos calmos, presidente. O Congresso sempre fez a sua parte".
Um senador que acompanhou a reunião disse que o ministro da Economia quis dar uma "aula de história" a deputados e senadores. "A China saiu da miséria, o Sudeste da Ásia escapou da miséria, o Leste Europeu escapando da miséria. Todos se integrando às cadeias globais de valor. Criação imensa de riqueza, 3,7 bilhões de seres humanos saíram da miséria graças a essa onda de globalização que interpenetrou as economias e criou bilhões de empregos... Enquanto isso, o Ocidente sofreu. O Ocidente não conseguiu reagir na velocidade necessária, então os sistemas políticos entraram em tensão", palestrou Guedes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.