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O Ministério de Minas e Energia avalia retomar o horário de verão como forma de tentar evitar um racionamento de energia, que está no horizonte em razão da seca extrema que atinge o país. O horário de verão é uma das alternativas na mesa do governo, que também já ampliou autorizações para o funcionamento de usinas termelétricas a gás. A seca também já causou o aumento da bandeira da conta de luz. No entanto, não há previsão de quando isso seria feito, nem se de fato será necessário.
O horário de verão foi extinto em abril de 2019, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O retorno da medida chegou a ser especulada também durante a forte seca de 2023, mas na época foi descartada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Então, técnicos do Ministério de Minas e Energia avaliaram que o nível dos reservatórios hídricos brasileiros estavam altos, mesmo diante da seca, e por isso a medida não seria necessária.
Neste ano, integrantes do governo também afirmam, sob reserva, que a situação dos reservatórios ainda não é tão grave quanto em crises históricas, como a de 2021. Alegam que as medidas tomadas ao longo de 2024, como de retenção de água nos reservatórios, fez com que hoje o nível da água seja mais que o dobro do registrado durante a crise daquele ano.
Em 2024, o Brasil enfrenta a pior seca de sua história desde que se há registro pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Na Amazônia, os rios Madeira e Negro já atingiram alguns dos níveis mais baixos da história, e comunidades já sofrem com isolamento e obstáculos no abastecimento. A própria Manaus, capital do Amazonas, está impactada.
Nesta terça-feira (10), Lula visitou a região Norte e anunciou que irá criar a autoridade climática e o marco legal da emergência climática. Em razão da seca, o Ministério de Minas e Energia ampliou a autorização para uso de usinas termelétricas, especificamente de Santa Cruz (RJ), Linhares (ES) e Porto Sergipe (SE).
O que diz o ministro
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comentou a possibilidade de volta do horário de verão durante um evento internacional nesta quarta-feira (11/9). “É algo que está colocado na mesa, mas não existe uma decisão, porque até depende do índice pluviométrico. No setor energético, todas as possibilidades têm que estar na mesa, porque a compreensão das pessoas que se aprofundam na matéria sabem que o nosso desafio, como formuladores de política pública desse setor, é equilibrar a segurança energética com a modicidade tarifária. Quando há qualquer possibilidade que te aponta um caminho de uma solução para a modicidade tarifária e para a segurança do setor, é importante ser avaliada. Então, nós estamos numa fase de avaliação da necessidade ou não do horário de verão.”
Alexandre também comentou sobre a aprovação da sociedade com relação à volta do horário. “No horário de verão, nós sabemos que apesar da divisão da sociedade com relação a ele, a maioria da sociedade nas pesquisas de opinião apontam que aprovam o horário de verão. Mas ele tem outros efeitos que têm que ser analisados pelo governo como um todo, além da questão energética, que é a questão da economia. Ele impulsiona fortemente a economia do turismo, dos bares e restaurantes.”
O ministro ainda destacou a fase preocupante em que vive o Brasil. “Nós estamos vivendo um momento realmente crítico, que é o momento do despacho de térmica de ponta, que é aquele horário que o cidadão sai do trabalho, vai para casa, liga o ar-condicionado, liga o ventilador, vai tomar banho, liga a televisão e naquele horário temos um grande pico. É exatamente nesse momento em que estamos perdendo as energias intermitentes, onde a solar não está mais produzindo e no início da noite a eólica produz menos. Então nós precisamos de despachar térmica. Se a gente puder diluir isso no horário de verão, talvez seja um ganho que vá dar robustez ao sistema,” finalizou. (Com informações de JOÃO GABRIEL/Folhapress)
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O horário de verão foi extinto em abril de 2019, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O retorno da medida chegou a ser especulada também durante a forte seca de 2023, mas na época foi descartada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Então, técnicos do Ministério de Minas e Energia avaliaram que o nível dos reservatórios hídricos brasileiros estavam altos, mesmo diante da seca, e por isso a medida não seria necessária.
Neste ano, integrantes do governo também afirmam, sob reserva, que a situação dos reservatórios ainda não é tão grave quanto em crises históricas, como a de 2021. Alegam que as medidas tomadas ao longo de 2024, como de retenção de água nos reservatórios, fez com que hoje o nível da água seja mais que o dobro do registrado durante a crise daquele ano.
Em 2024, o Brasil enfrenta a pior seca de sua história desde que se há registro pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Na Amazônia, os rios Madeira e Negro já atingiram alguns dos níveis mais baixos da história, e comunidades já sofrem com isolamento e obstáculos no abastecimento. A própria Manaus, capital do Amazonas, está impactada.
Nesta terça-feira (10), Lula visitou a região Norte e anunciou que irá criar a autoridade climática e o marco legal da emergência climática. Em razão da seca, o Ministério de Minas e Energia ampliou a autorização para uso de usinas termelétricas, especificamente de Santa Cruz (RJ), Linhares (ES) e Porto Sergipe (SE).
O que diz o ministro
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comentou a possibilidade de volta do horário de verão durante um evento internacional nesta quarta-feira (11/9). “É algo que está colocado na mesa, mas não existe uma decisão, porque até depende do índice pluviométrico. No setor energético, todas as possibilidades têm que estar na mesa, porque a compreensão das pessoas que se aprofundam na matéria sabem que o nosso desafio, como formuladores de política pública desse setor, é equilibrar a segurança energética com a modicidade tarifária. Quando há qualquer possibilidade que te aponta um caminho de uma solução para a modicidade tarifária e para a segurança do setor, é importante ser avaliada. Então, nós estamos numa fase de avaliação da necessidade ou não do horário de verão.”
Alexandre também comentou sobre a aprovação da sociedade com relação à volta do horário. “No horário de verão, nós sabemos que apesar da divisão da sociedade com relação a ele, a maioria da sociedade nas pesquisas de opinião apontam que aprovam o horário de verão. Mas ele tem outros efeitos que têm que ser analisados pelo governo como um todo, além da questão energética, que é a questão da economia. Ele impulsiona fortemente a economia do turismo, dos bares e restaurantes.”
O ministro ainda destacou a fase preocupante em que vive o Brasil. “Nós estamos vivendo um momento realmente crítico, que é o momento do despacho de térmica de ponta, que é aquele horário que o cidadão sai do trabalho, vai para casa, liga o ar-condicionado, liga o ventilador, vai tomar banho, liga a televisão e naquele horário temos um grande pico. É exatamente nesse momento em que estamos perdendo as energias intermitentes, onde a solar não está mais produzindo e no início da noite a eólica produz menos. Então nós precisamos de despachar térmica. Se a gente puder diluir isso no horário de verão, talvez seja um ganho que vá dar robustez ao sistema,” finalizou. (Com informações de JOÃO GABRIEL/Folhapress)