A desigualdade social no Brasil voltou a crescer no 2º trimestre de 2019, fazendo com que o País complete seu mais longo período de elevação na concentração de renda de sua história. Trata-se do 17º trimestre consecutivo, segundo pesquisa da FGV Social, a partir de dados da PNAD Contínua do IBGE. 


De 2014 a 2019, a renda do trabalho da metade mais pobre da população caiu 17,1%, de acordo com a pesquisa. Já a renda dos 1% mais ricos subiu 10,11% no mesmo período. A renda da fatia da população considerada de classe média (entre os 40% intermediários) teve queda de 4,16%.

"Nem mesmo em 1989 que constitui o pico do nosso piso histórico de desigualdade brasileira houve um movimento de concentração de renda por tantos períodos consecutivos", diz o economista Marcelo Neri, autor do estudo Escalada da Desigualdade.