array(31) {
["id"]=>
int(133049)
["title"]=>
string(47) "Crise: fogão a lenha vira hit com alta do gás"
["content"]=>
string(3676) "O microempreendedor Reginaldo Alves tem sentido no caixa o impacto da disparada de dois preços-chaves da economia: do gás de cozinha e da carne. Instalado num pequeno galpão em Pindamonhangaba (SP), município da região do Vale do Paraíba, desde 2016 ele fabrica fogão a lenha e churrasqueira.
No mês passado, Alves vendeu 25 fogões a lenha portáteis, usados pelas famílias para cozinhar no dia a dia. "Foi o melhor mês de vendas de fogão a lenha, superou até o pico que houve na greve dos caminhoneiros, em maio de 2018."
Em contrapartida, as vendas de churrasqueiras decepcionaram. Não passaram de 15 unidades em agosto. Em épocas normais, chegariam a 30. Em outros anos, em agosto, quando o frio termina, as pessoas já começam a se preparar para as confraternizações, e a procura por churrasqueiras aumenta, explica Alves. Já a demanda por fogão a lenha normalmente não passa de oito unidades mensais.
O microempreendedor atribui a inversão nas vendas à inflação da carne e do gás, que reduziu o apetite pelo churrasco e fez o brasileiro de menor renda recorrer ao fogão a lenha portátil para economizar no combustível.
Em 12 meses até agosto, o preço de ambos os produtos subiu 31%, o triplo da inflação geral, de 9,30%, acumulada no período, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os preços do botijão de gás e o da picanha bovina, o corte preferido para o churrasco, hoje beiram os R$ 100.
O galope das cotações dos dois itens mudou a lógica do negócio de Alves. "Neste ano está diferente: estou ganhando com a alta do gás e perdendo com aumento do preço da a carne", diz o microempreendedor, que resume duas faces do mesmo problema: o descontrole da inflação.
Feito de tijolo refratário e ferro, o valor do fogão a lenha portátil é superior ao da churrasqueira. O modelo mais vendido hoje, de três bocas, custa R$ 650. Já a churrasqueira, fabricada a partir de tambores reciclados, sai por R$ 285.
Apesar do valor maior, Alves diz que a margem de lucro no fogão é menor em relação à da churrasqueira. Mas, segundo o microempreendedor, o que pesa mais para ele não é o ganho. "Pessoalmente, preferia estar vendendo 25 churrasqueiras a R$ 285 a 25 fogões a R$ 650", afirma. O motivo é a finalidade do produto.
Ele, que muitas vezes faz as entregas aos clientes, reconhece que fica muito mais satisfeito com a reação do comprador quando recebe a churrasqueira, já planejando as reuniões. No caso do fogão a lenha, o clima é diferente. "A primeira coisa que falam é que estão comprando para cozinhar o feijão, e a gente vê o desespero das famílias para economizar algum dinheirinho para poder comprar alimento, pagar a conta de luz."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
"
["author"]=>
string(18) "Estadão Conteúdo"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(583676)
["filename"]=>
string(16) "fogaopanela.jpeg"
["size"]=>
string(5) "39595"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(6) "posts/"
}
["image_caption"]=>
string(34) "© Edson Simões / Arquivo Pessoal"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(104) "Muitas famílias brasileiras já não conseguem comprar o gás de cozinha
"
["author_slug"]=>
string(16) "estadao-conteudo"
["views"]=>
int(65)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(44) "crise-fogao-a-lenha-vira-hit-com-alta-do-gas"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(440)
["name"]=>
string(8) "Economia"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "economia"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(440)
["name"]=>
string(8) "Economia"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "economia"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-09-10 12:47:48.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-09-10 12:47:48.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2021-09-10T12:50:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(22) "posts/fogaopanela.jpeg"
}
O microempreendedor Reginaldo Alves tem sentido no caixa o impacto da disparada de dois preços-chaves da economia: do gás de cozinha e da carne. Instalado num pequeno galpão em Pindamonhangaba (SP), município da região do Vale do Paraíba, desde 2016 ele fabrica fogão a lenha e churrasqueira.
No mês passado, Alves vendeu 25 fogões a lenha portáteis, usados pelas famílias para cozinhar no dia a dia. "Foi o melhor mês de vendas de fogão a lenha, superou até o pico que houve na greve dos caminhoneiros, em maio de 2018."
Em contrapartida, as vendas de churrasqueiras decepcionaram. Não passaram de 15 unidades em agosto. Em épocas normais, chegariam a 30. Em outros anos, em agosto, quando o frio termina, as pessoas já começam a se preparar para as confraternizações, e a procura por churrasqueiras aumenta, explica Alves. Já a demanda por fogão a lenha normalmente não passa de oito unidades mensais.
O microempreendedor atribui a inversão nas vendas à inflação da carne e do gás, que reduziu o apetite pelo churrasco e fez o brasileiro de menor renda recorrer ao fogão a lenha portátil para economizar no combustível.
Em 12 meses até agosto, o preço de ambos os produtos subiu 31%, o triplo da inflação geral, de 9,30%, acumulada no período, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os preços do botijão de gás e o da picanha bovina, o corte preferido para o churrasco, hoje beiram os R$ 100.
O galope das cotações dos dois itens mudou a lógica do negócio de Alves. "Neste ano está diferente: estou ganhando com a alta do gás e perdendo com aumento do preço da a carne", diz o microempreendedor, que resume duas faces do mesmo problema: o descontrole da inflação.
Feito de tijolo refratário e ferro, o valor do fogão a lenha portátil é superior ao da churrasqueira. O modelo mais vendido hoje, de três bocas, custa R$ 650. Já a churrasqueira, fabricada a partir de tambores reciclados, sai por R$ 285.
Apesar do valor maior, Alves diz que a margem de lucro no fogão é menor em relação à da churrasqueira. Mas, segundo o microempreendedor, o que pesa mais para ele não é o ganho. "Pessoalmente, preferia estar vendendo 25 churrasqueiras a R$ 285 a 25 fogões a R$ 650", afirma. O motivo é a finalidade do produto.
Ele, que muitas vezes faz as entregas aos clientes, reconhece que fica muito mais satisfeito com a reação do comprador quando recebe a churrasqueira, já planejando as reuniões. No caso do fogão a lenha, o clima é diferente. "A primeira coisa que falam é que estão comprando para cozinhar o feijão, e a gente vê o desespero das famílias para economizar algum dinheirinho para poder comprar alimento, pagar a conta de luz."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.