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Segundo o BC, contribuíram para esse resultado de maio, comparado ao igual mês do ano passado, “as reduções no déficit em renda primária [lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários], US$ 2,1 bilhões, e em serviços [viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos, entre outros], US$ 1,5 bilhão, em oposição à redução de US$ 812 milhões do superávit comercial”.
O déficit em transações correntes de janeiro a maio de 2020 somou US$ 11,334 bilhões, recuo de 38,2% em relação aos US$ 18,339 bilhões registrados nos cinco primeiros meses de 2019.
O déficit em transações correntes nos 12 meses encerrados em maio de 2020 somou US$ 42,4 bilhões (2,54% do Produto Interno Bruto – PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), ante US$ 45,2 bilhões (2,64% do PIB), em abril de 2020.
Balança comercial
Em maio, as exportações de bens totalizaram US$ 17,996 bilhões e as importações, US$ 13,791 bilhões, resultando no superávit comercial de US$ 4,205 bilhões, contra US$ 5,017 bilhões em igual mês do ano passado. De janeiro a maio, o superávit comercial chegou a US$ 13,054 bilhões, ante US$ 17,698 bilhões do mesmo período de 2019.
Serviços
O déficit na conta de serviços atingiu US$ 1,717 bilhão em maio, ante US$ 3,264 bilhões em igual período de 2019. Nos cinco meses do ano, o saldo negativo chegou a US$ 9,787 bilhões, resultado menor que o registrado de janeiro a maio de 2019, de US$ 14,103 bilhões.
“Houve redução de 91,8% nas despesas líquidas [receitas de estrangeiros no Brasil menos gastos de brasileiros no exterior] de viagens, que totalizaram US$ 87 milhões em maio de 2020 (US$ 1,1 bilhão em maio de 2019). Na comparação interanual houve recuo de 72,9% e de 86,4% nas receitas e despesas de viagens, respectivamente. Destacaram-se também as despesas líquidas de aluguel de equipamentos, redução de US$ 302 milhões, para US$ 1,1 bilhão, e as despesas líquidas de transporte, com recuo de US$ 280 milhões, para US$ 256 milhões”, diz o BC.
Em junho, até o último dia 19, a conta de viagens gerou receitas de US$ 117 milhões e despesas de US$ 218 milhões, com déficit de US$ 101 milhões. A conta de viagens internacionais tem sido afetada pelas restrições de entrada e saída dos países e pelas medidas de isolamento social, necessárias para o enfrentamento da pandemia de covid-19.
Rendas
Em maio de 2020, o déficit em renda primária chegou a US$ 1,303 bilhão, contra US$ 3,434 bilhões em igual período de 2019. De janeiro a maio, o saldo negativo ficou em US$ 15,174 bilhões, ante US$ 22,544 bilhões em igual período do ano passado.
A conta de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 142 milhões, contra US$ 295 milhões em maio de 2019. Nos cinco meses do ano, o resultado positivo chegou a US$ 574 milhões, ante US$ 295 milhões em igual período de 2019.
Investimentos
Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 2,552 bilhões no mês passado, ante US$ 8,264 bilhões em maio de 2019. Esse resultado ficou acima do projetado pelo BC para o mês: US$ 1,5 bilhão.
De janeiro a maio, o IDP chegou a US$ 20,595 bilhões, ante US$ 31,659 bilhões nos cinco meses de 2019. Nos 12 meses encerrados em maio de 2020, o IDP totalizou US$ 67,5 bilhões, correspondendo a 4,04% do PIB, em comparação a US$ 73,2 bilhões (4,27% do PIB) no mês anterior.
Os dados do BC mostram ainda saída líquida (descontada a entrada) de investimento em carteira no mercado doméstico de US$ 2,184 bilhões, contra US$ 285 milhões de saída líquida em igual período de 2019. No caso das ações e fundos de investimento, a saída totalizou US$ 1,639 bilhão. A saída líquida de títulos ficou em US$ 545 milhões.
De janeiro a maio deste ano, houve saídas líquidas de US$ 33,632 bilhões nesses tipos de investimento, contra a entrada líquida (entrada maior que a saída) de US$ 9,677 bilhões observados em igual período de 2019.
Neste mês, até o dia 19, houve entrada líquida US$ 1,234 bilhão de investimentos em carteira, sendo US$ 823 milhões, em ações e US$ 411 milhões, em títulos.
Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, não é possível afirmar se o resultado de junho indica uma mudança de tendência. Ele acrescentou que a situação da economia brasileira e mundial ainda é muito incerta. “Não temos condição de afirmar isso. Os fluxos de portfólio são muito voláteis”, disse.
Em 12 meses até maio, houve saída líquida de investimentos em carteira de US$ 50,9 bilhões, o maior valor da série histórica iniciada em 1995. Inicialmente essa saída foi influenciada pelas reduções na taxa básica de juros, a Selic, que torna o investimento estrangeiro em carteira menos atrativo.
Segundo Rocha, com a situação de incerteza gerada pela pandemia de covid-19 muitos investidores preferiram retirar investimentos. “Os investidores buscam se antecipar e se manter mais líquidos em suas moedas de origem principalmente em dólar”, disse. Ele destacou que, desse total, a maior saída ocorreu em março, no valor de US$ 22 bilhões.
Previsões
Para o mês de junho, a expectativa do BC é que o país continue a registrar saldo positivo nas contas externas. A estimativa para o resultado em transações correntes é de superávit de US$ 2 bilhões, enquanto a de IDP é de ingressos líquidos de US$ 3,5 bilhões. Neste mês até o dia 19, o ingresso de IDP chegou a US$ 2,271 bilhões.
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Segundo o BC, contribuíram para esse resultado de maio, comparado ao igual mês do ano passado, “as reduções no déficit em renda primária [lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários], US$ 2,1 bilhões, e em serviços [viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos, entre outros], US$ 1,5 bilhão, em oposição à redução de US$ 812 milhões do superávit comercial”.
O déficit em transações correntes de janeiro a maio de 2020 somou US$ 11,334 bilhões, recuo de 38,2% em relação aos US$ 18,339 bilhões registrados nos cinco primeiros meses de 2019.
O déficit em transações correntes nos 12 meses encerrados em maio de 2020 somou US$ 42,4 bilhões (2,54% do Produto Interno Bruto – PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), ante US$ 45,2 bilhões (2,64% do PIB), em abril de 2020.
Balança comercial
Em maio, as exportações de bens totalizaram US$ 17,996 bilhões e as importações, US$ 13,791 bilhões, resultando no superávit comercial de US$ 4,205 bilhões, contra US$ 5,017 bilhões em igual mês do ano passado. De janeiro a maio, o superávit comercial chegou a US$ 13,054 bilhões, ante US$ 17,698 bilhões do mesmo período de 2019.
Serviços
O déficit na conta de serviços atingiu US$ 1,717 bilhão em maio, ante US$ 3,264 bilhões em igual período de 2019. Nos cinco meses do ano, o saldo negativo chegou a US$ 9,787 bilhões, resultado menor que o registrado de janeiro a maio de 2019, de US$ 14,103 bilhões.
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Em junho, até o último dia 19, a conta de viagens gerou receitas de US$ 117 milhões e despesas de US$ 218 milhões, com déficit de US$ 101 milhões. A conta de viagens internacionais tem sido afetada pelas restrições de entrada e saída dos países e pelas medidas de isolamento social, necessárias para o enfrentamento da pandemia de covid-19.
Rendas
Em maio de 2020, o déficit em renda primária chegou a US$ 1,303 bilhão, contra US$ 3,434 bilhões em igual período de 2019. De janeiro a maio, o saldo negativo ficou em US$ 15,174 bilhões, ante US$ 22,544 bilhões em igual período do ano passado.
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Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 2,552 bilhões no mês passado, ante US$ 8,264 bilhões em maio de 2019. Esse resultado ficou acima do projetado pelo BC para o mês: US$ 1,5 bilhão.
De janeiro a maio, o IDP chegou a US$ 20,595 bilhões, ante US$ 31,659 bilhões nos cinco meses de 2019. Nos 12 meses encerrados em maio de 2020, o IDP totalizou US$ 67,5 bilhões, correspondendo a 4,04% do PIB, em comparação a US$ 73,2 bilhões (4,27% do PIB) no mês anterior.
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Em 12 meses até maio, houve saída líquida de investimentos em carteira de US$ 50,9 bilhões, o maior valor da série histórica iniciada em 1995. Inicialmente essa saída foi influenciada pelas reduções na taxa básica de juros, a Selic, que torna o investimento estrangeiro em carteira menos atrativo.
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