SEGUNDO ANEEL

gência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde em novembro para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com a decisão, não haverá cobrança extra na conta de luz, que está sem as taxas extras de escassez hídricadesde meados de abril deste ano. Segundo a Aneel, na ocasião, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia.


Caso houvesse a instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado no fim de junho pela Aneel. Segundo a agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.

As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 pela Aneel e refletem os custos variáveis da geração de energia. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.


Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre qualquer acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril deste ano, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

Capacidade dos reservatórios


As usinas hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste deverão encerrar novembro com os reservatórios com 49,9% da capacidade, divulgou nesta sexta-feira (28) o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A projeção representa alta de mais de 30 pontos percentuais em relação a novembro de 2021, quando havia ameaça de racionamento de energia.


O Sudeste e o Centro-Oeste concentram os principais reservatórios das hidrelétricas no país. Em outubro, a capacidade ocupada está nos mesmos 49,9%. No mesmo período de 2021, os lagos das usinas das duas regiões estavam em torno de 19% da capacidade.


Beneficiado com fortes chuvas neste mês, as usinas da Região Sul estão quase cheias. Os reservatórios da região encerram outubro com 91,7% da capacidade, recuando para 83,8% no fim de novembro.


Nos sistemas Norte e Nordeste, os reservatórios das hidrelétricas estão, respectivamente, com 60,1% e 60,7% da capacidade. Para o fim de novembro, o ONS estima queda nos níveis: 50,3% no Norte e 56,6% no Nordeste.

Média de chuvas


O ONS também divulgou as estimativas de chuvas para novembro. No Sudeste, no Centro-Oeste e no Sul, as hidrelétricas deverão receber 96% da média histórica das chuvas previstas para o mês.


Apesar da projeção de queda nos reservatórios, o Norte deverá ter excesso de chuvas no mês que vem, com 173% da média. Somente o Nordeste está em situação mais delicada, com previsão de apenas 45% da média em novembro.


Em relação à carga de energia elétrica, o ONS prevê redução de 0,6% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Na estimativa por regiões, a carga não deverá variar no Sudeste e no Centro-Oeste e registrar queda de 5,7% no Sul, 2,7% no Nordeste e alta de 10,1% no Norte.

(*) Com Agência Brasil.