array(31) {
["id"]=>
int(133713)
["title"]=>
string(79) "Com falta de peças, montadoras suspendem contrato de trabalho de funcionários"
["content"]=>
string(6340) "A indústria automobilística brasileira se prepara para um fim de ano de baixa produção e fábricas fechadas, numa sequência do cenário visto ao longo de 2021 e que poderá reduzir a expectativa dos resultados do setor.
Até agora, a maioria das empresas adotou períodos de férias coletivas, antecipação de feriados e folgas aos funcionários para driblar a falta de componentes para a produção, em especial de semicondutores.
Para o fim de ano, contudo, a opção voltou a ser o lay-off (suspensão de contratos de trabalho), que permite períodos mais longos de dispensas. Também estão nos acordos com os funcionários programas de demissão voluntária (PDV) e redução de jornada e salários.
Dona da Fiat, a Stellantis vai colocar em lay-off 1,8 mil funcionários da unidade de Betim (MG) por três meses a partir de segunda-feira. A empresa vem promovendo paralisações parciais em linhas de produtos por prazos de dez dias.
Na fábrica mineira trabalham 13 mil pessoas, incluindo pessoal administrativo, e são produzidos seis veículos, entre os quais a Strada, o Argo e o Mobi, que estão entre os quatro modelos mais vendidos neste ano. A picape Strada tem fila de espera de mais de três meses. Também acabou de entrar em linha recentemente o Pulse, primeiro SUV da marca produzido no País e com lançamento marcado para 19 de outubro.
A Renault abriu hoje um PDV para 250 funcionários da fábrica de São José dos Pinhais (PR) e vai colocar outros 300 em lay-off inicialmente por cinco meses. O complexo emprega ao todo 6.450 trabalhadores, cerca de 5 mil deles na área de produção.
Na Volkswagen, a produção em São Bernardo do Campo (SP) está suspensa por dez dias a partir da última segunda-feira, mas avalia colocar trabalhadores de um turno em lay-off a partir de novembro. Por enquanto, a montadora informa que, no momento, a medida de flexibilização adotada são férias coletivas - medida que está em uso também na unidade de Taubaté para um turno de trabalho.
Preservação de empregos
As três fabricantes justificam as medidas como forma de preservar empregos enquanto a produção segue em ritmo lento por causa da falta de componentes, problema global que pode se estender até o fim do primeiro semestre de 2022.
Em nota, a Renault informa que as medidas foram aprovadas ontem em assembleia dos trabalhadores e são resultado dos "impactos provocados pela covid-19 na fabricação de componentes eletrônicos e da falta de perspectiva de melhora do cenário global". Redução de jornada e salários também está no pacote.
Ao todo, a Renault já teve a produção suspensa por 41 dias ao longo do ano, porque não havia peças para a produção dos modelos Captur, Kwid, Sandero, Logan, Duster, Oroch e Master.
Nesta semana, retornaram ao trabalho 250 funcionários que estavam com contratos suspensos há um ano. Na sequência, o grupo entrou em férias coletivas porque não há trabalho para essa equipe. Por isso a empresa abriu o PDV, que oferece como incentivo de 10 a 11 salários extras a quem aderir. Se não atingir a meta, indicará o pessoal a ser demitido.
O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba afirma que as propostas foram decididas em conjunto com a empresa e que focou ao máximo a preservação dos empregos. Os salários, reduzidos durante o lay-off, serão bancados pela própria empresa.
"Os trabalhadores novamente precisam investir para garantir emprego, concedendo INPC em troca de abono, aceitando PDV e redução de jornada para deixar a empresa mais competitiva. São os trabalhadores que estão buscando as soluções. Os governos não estão fazendo nada", diz o presidente da entidade, Sérgio Butka.
Também em nota, a Fiat afirma que o lay-off "é decorrência do impacto da crise sanitária e de suas consequências sobre a economia, que agravaram a escassez global de insumos, notadamente de componentes eletrônicos, comprometendo a capacidade de manter o ritmo e volume de produção dentro de padrões previsíveis".
Durante o período de suspensão de contratos na Fiat, parte dos salários dos funcionários será complementada com recursos do seguro-desemprego e os funcionários passarão por requalificação profissional.
Produção deve ser menor do que a prevista
Em julho, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projetou para este ano a produção de 2,46 milhões de veículos, o que representaria alta de 22% em relação a 2020. Afetado pela pandemia, foi um dos piores anos da história do setor.
Neste ano, até agosto, foram fabricados 1,47 milhão de veículos e a previsão da Anfavea não deve se confirmar. As montadoras empregam atualmente 103 mil funcionários, quase o mesmo número de igual período do ano passado.
"
["author"]=>
string(18) "ESTADÃO CONTEÚDO"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(584473)
["filename"]=>
string(14) "montacarro.jpg"
["size"]=>
string(6) "135745"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(9) "marquivo/"
}
["image_caption"]=>
string(15) "© Shutterstock"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(266) "Até agora, a maioria das empresas adotou períodos de férias coletivas, antecipação de feriados e folgas aos funcionários para driblar a falta de componentes para a produção, em especial de semicondutores
"
["author_slug"]=>
string(16) "estadao-conteudo"
["views"]=>
int(82)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(361)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(76) "com-falta-de-pecas-montadoras-suspendem-contrato-de-trabalho-de-funcionarios"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(440)
["name"]=>
string(8) "Economia"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "economia"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(440)
["name"]=>
string(8) "Economia"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "economia"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-10-03 10:22:42.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2022-03-15 17:49:18.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2021-10-03T10:20:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(23) "marquivo/montacarro.jpg"
}
A indústria automobilística brasileira se prepara para um fim de ano de baixa produção e fábricas fechadas, numa sequência do cenário visto ao longo de 2021 e que poderá reduzir a expectativa dos resultados do setor.
Até agora, a maioria das empresas adotou períodos de férias coletivas, antecipação de feriados e folgas aos funcionários para driblar a falta de componentes para a produção, em especial de semicondutores.
Para o fim de ano, contudo, a opção voltou a ser o lay-off (suspensão de contratos de trabalho), que permite períodos mais longos de dispensas. Também estão nos acordos com os funcionários programas de demissão voluntária (PDV) e redução de jornada e salários.
Dona da Fiat, a Stellantis vai colocar em lay-off 1,8 mil funcionários da unidade de Betim (MG) por três meses a partir de segunda-feira. A empresa vem promovendo paralisações parciais em linhas de produtos por prazos de dez dias.
Na fábrica mineira trabalham 13 mil pessoas, incluindo pessoal administrativo, e são produzidos seis veículos, entre os quais a Strada, o Argo e o Mobi, que estão entre os quatro modelos mais vendidos neste ano. A picape Strada tem fila de espera de mais de três meses. Também acabou de entrar em linha recentemente o Pulse, primeiro SUV da marca produzido no País e com lançamento marcado para 19 de outubro.
A Renault abriu hoje um PDV para 250 funcionários da fábrica de São José dos Pinhais (PR) e vai colocar outros 300 em lay-off inicialmente por cinco meses. O complexo emprega ao todo 6.450 trabalhadores, cerca de 5 mil deles na área de produção.
Na Volkswagen, a produção em São Bernardo do Campo (SP) está suspensa por dez dias a partir da última segunda-feira, mas avalia colocar trabalhadores de um turno em lay-off a partir de novembro. Por enquanto, a montadora informa que, no momento, a medida de flexibilização adotada são férias coletivas - medida que está em uso também na unidade de Taubaté para um turno de trabalho.
Preservação de empregos
As três fabricantes justificam as medidas como forma de preservar empregos enquanto a produção segue em ritmo lento por causa da falta de componentes, problema global que pode se estender até o fim do primeiro semestre de 2022.
Em nota, a Renault informa que as medidas foram aprovadas ontem em assembleia dos trabalhadores e são resultado dos "impactos provocados pela covid-19 na fabricação de componentes eletrônicos e da falta de perspectiva de melhora do cenário global". Redução de jornada e salários também está no pacote.
Ao todo, a Renault já teve a produção suspensa por 41 dias ao longo do ano, porque não havia peças para a produção dos modelos Captur, Kwid, Sandero, Logan, Duster, Oroch e Master.
Nesta semana, retornaram ao trabalho 250 funcionários que estavam com contratos suspensos há um ano. Na sequência, o grupo entrou em férias coletivas porque não há trabalho para essa equipe. Por isso a empresa abriu o PDV, que oferece como incentivo de 10 a 11 salários extras a quem aderir. Se não atingir a meta, indicará o pessoal a ser demitido.
O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba afirma que as propostas foram decididas em conjunto com a empresa e que focou ao máximo a preservação dos empregos. Os salários, reduzidos durante o lay-off, serão bancados pela própria empresa.
"Os trabalhadores novamente precisam investir para garantir emprego, concedendo INPC em troca de abono, aceitando PDV e redução de jornada para deixar a empresa mais competitiva. São os trabalhadores que estão buscando as soluções. Os governos não estão fazendo nada", diz o presidente da entidade, Sérgio Butka.
Também em nota, a Fiat afirma que o lay-off "é decorrência do impacto da crise sanitária e de suas consequências sobre a economia, que agravaram a escassez global de insumos, notadamente de componentes eletrônicos, comprometendo a capacidade de manter o ritmo e volume de produção dentro de padrões previsíveis".
Durante o período de suspensão de contratos na Fiat, parte dos salários dos funcionários será complementada com recursos do seguro-desemprego e os funcionários passarão por requalificação profissional.
Produção deve ser menor do que a prevista
Em julho, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projetou para este ano a produção de 2,46 milhões de veículos, o que representaria alta de 22% em relação a 2020. Afetado pela pandemia, foi um dos piores anos da história do setor.
Neste ano, até agosto, foram fabricados 1,47 milhão de veículos e a previsão da Anfavea não deve se confirmar. As montadoras empregam atualmente 103 mil funcionários, quase o mesmo número de igual período do ano passado.