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A lembrança é que 2020 foi um ano de superação de desafios. E a economia ainda cambaleante, com o aumento do número de casos de covid-19 e a falta de definição sobre um plano de vacinação pode prolongar esses desafios em 2021. A seguir, algumas dessas histórias.
Novos públicos. Em 2019, os projetos da arquiteta e cenógrafa Zula Matias, de 30 anos, estavam começando a crescer: autônoma por três anos, e já tendo se tornado um nome frequente nos créditos de shows de stand-up em São Paulo, ela costumava entregar dois ou três projetos artísticos por mês. Zula conta que 2020 tinha tudo para ser o melhor ano da sua vida profissional. Até que veio a pandemia.
Para evitar aglomerações, casas de show, teatros e cinemas tiveram de permanecer fechados durante a maior parte do ano. Na cidade de São Paulo, os cinemas só puderam reabrir em outubro. Ainda assim com capacidade limitada.
Estudo exclusivo da Arymax e da B3 Social, com o Instituto Veredas, aponta que os setores de cultura, turismo, hotéis e restaurantes estão entre os que sofreram os maiores impactos causados pela covid-19.
Juntos, os segmentos mais afetados somam 34,2% dos empregos na América Latina, de acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
"A queda na renda foi impressionante. Quanto mais projetos tenho para trabalhar, maior é a equipe contratada e a renda. Os pagamentos normalmente são feitos logo após o evento. Mas, sem eventos, me vi sem nenhuma entrada de dinheiro durante meses", conta Zula.
Apesar das dificuldades e de o trabalho sempre ter exigido uma proximidade com o contratante, ela diz que novos clientes surgiram por meio das redes sociais, encomendando cenários para canais de YouTube ou cursos online.
"Como eram projetos pequenos, acabei fazendo uma consultoria, ou seja, o próprio cliente colocou a mão na massa e eu dava as orientações, no formato faça você mesmo. Financeiramente o ano passado foi o pior da minha vida, mas também foi um ano de muito aprendizado", resume Zula.
Novos endereços. No começo de 2020, a marca de sapatos e bolsas Cura se preparava para ganhar mercado na Europa. "O mundo tem simpatia pelos produtos brasileiros, sobretudo quando têm um selo sustentável. Mas a dificuldade para ficar conhecido em outros países, que já era grande, ficou maior com a pandemia. Conseguimos exportar até junho, mas as viagens pararam", conta a designer Raíssa Colela.
A demora na recuperação do mercado interno, após a recessão de 2015 e 2016, já tinha pesado na decisão de vender para o exterior. Até que a pandemia mudou todo o planejamento. "A marca fechou a loja na zona sul do Rio. O ponto, que fica em uma galeria, acabou. Nos concentramos no e-commerce."
Ela afirma que, apesar de as perdas do ano não terem sido totalmente compensadas, o comércio virtual da marca mais que dobrou. "Tenho recebido muitos pedidos com desconto em pré-venda. No fim, nos reinventamos em 2020."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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A lembrança é que 2020 foi um ano de superação de desafios. E a economia ainda cambaleante, com o aumento do número de casos de covid-19 e a falta de definição sobre um plano de vacinação pode prolongar esses desafios em 2021. A seguir, algumas dessas histórias.
Novos públicos. Em 2019, os projetos da arquiteta e cenógrafa Zula Matias, de 30 anos, estavam começando a crescer: autônoma por três anos, e já tendo se tornado um nome frequente nos créditos de shows de stand-up em São Paulo, ela costumava entregar dois ou três projetos artísticos por mês. Zula conta que 2020 tinha tudo para ser o melhor ano da sua vida profissional. Até que veio a pandemia.
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Juntos, os segmentos mais afetados somam 34,2% dos empregos na América Latina, de acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
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Apesar das dificuldades e de o trabalho sempre ter exigido uma proximidade com o contratante, ela diz que novos clientes surgiram por meio das redes sociais, encomendando cenários para canais de YouTube ou cursos online.
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Novos endereços. No começo de 2020, a marca de sapatos e bolsas Cura se preparava para ganhar mercado na Europa. "O mundo tem simpatia pelos produtos brasileiros, sobretudo quando têm um selo sustentável. Mas a dificuldade para ficar conhecido em outros países, que já era grande, ficou maior com a pandemia. Conseguimos exportar até junho, mas as viagens pararam", conta a designer Raíssa Colela.
A demora na recuperação do mercado interno, após a recessão de 2015 e 2016, já tinha pesado na decisão de vender para o exterior. Até que a pandemia mudou todo o planejamento. "A marca fechou a loja na zona sul do Rio. O ponto, que fica em uma galeria, acabou. Nos concentramos no e-commerce."
Ela afirma que, apesar de as perdas do ano não terem sido totalmente compensadas, o comércio virtual da marca mais que dobrou. "Tenho recebido muitos pedidos com desconto em pré-venda. No fim, nos reinventamos em 2020."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.