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Essa diferença até já foi maior, mas vem caindo de forma considerada lenta pelo órgão. No início da série histórica, em 2012, brancos recebiam 69,8% a mais do pretos ou pardos por hora de trabalho.
As informações integram a Síntese de Indicadores Sociais. A publicação analisa estatísticas de fontes como a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), também produzida pelo IBGE.
"De 2012 a 2022, em 11 anos, a série pouco se alterou. Esse retrato [de desigualdade] permanece", afirma João Hallak, analista da síntese do instituto.
Os dados tratam do rendimento por hora de todos os trabalhos das pessoas ocupadas. De acordo com o IBGE, a desigualdade dos ganhos permanece nos diferentes níveis de escolaridade.
A maior diferença ocorre na camada da população com ensino superior completo. Nesse grupo, a renda por hora dos brancos (R$ 35,3) superou em 37,6% a dos pretos ou pardos (R$ 25,7) em 2022.
Diferentes pesquisas do IBGE já sinalizaram que historicamente a população negra enfrenta dificuldades para conseguir oportunidades de trabalho com maior remuneração. Em razão disso, a informalidade muitas vezes vira a saída para essa parcela dos brasileiros.
Em 2022, a proporção de informais entre mulheres pretas ou pardas (46,8%) e homens pretos ou pardos (46,6%) superava a média dos ocupados (40,9%), segundo os dados divulgados nesta terça. Mulheres brancas (34,5%) e homens brancos (33,3%) tinham taxas menores.
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