RETRAÇÃO


A atividade econômica no Brasil teve retração em julho, apontaram dados do Banco Central nesta sexta-feira (13). O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) teve recuo de 0,16% no mês em comparação a junho, uma queda maior que a estimativa de economistas ouvidos pela Bloomberg, que previam declínio de 0,1%.

Na comparação com o mesmo período de 2018, o índice veio melhor que previsto, com alta de 1,31%. A expectativa era de alta de 0,98%.

Em junho, o IBC-Br teve a alta de 0,3% corrigida para 0,34% sobre o mês anterior e um recuo anual de 1,75% revisado para 1,54%.

No ano, apenas maio e junho apresentam crescimento da atividade na comparação mensal. 

Economia em julho
Outros dados econômicos já divulgados para o mês de julho mostram uma quebra na tendência de recuperação do setor industrial vista no segundo trimestre deste ano, mas com resultados acima dos previstos para os setores de comércio e serviços.

Os números do primeiro mês do 3º trimestre apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas duas últimas semanas mostram que a produção industrial recuou 0,3% em relação ao mês anterior. As vendas no comércio varejista cresceram 1% na mesma comparação, enquanto o setor de serviços registrou avanço de 0,8%, com resultados que surpreenderam positivamente. 

"Julho representou uma quebra nessa tendência de recuperação da indústria. Está muito claro novamente um descasamento entre a indústria e os serviços. Isso era algo que a gente já estava vendo no PIB [Produto Interno Bruto] nos últimos trimestres, exceto no segundo trimestre deste ano, quando a construção e a indústria de transformação mostraram algum crescimento", diz Luana Miranda, pesquisadora da área de Economia Aplicada do FGV IBRE. 


A projeção do mercado financeiro para o PIB de 2019 é de 0,87%, segundo o Boletim Focus do Banco Central. O governo prevê um crescimento ligeiramente menor, de 0,85%.


No segundo trimestre, a PIB avançou 0,4% no período em relação aos três meses imediatamente anteriores. Na comparação com o segundo trimestre de 2018, a alta foi de 1%.