Fonte: Débora Brito e Paulo Victor Chagas - Agência Brasil
A sexta etapa do programa de interiorização dos imigrantes venezuelanos abrigados no estado de Roraima terá início amanhã (28). Dos 260 imigrantes que serão interiorizados esta semana, uma parte embarcará às 8h de amanhã com destino a João Pessoa (PB), Manaus (AM) e São Paulo.
Os outros venezuelanos que aceitaram a transferência sairão de Boa Vista na próxima quinta-feira (30) para abrigos do Riode Janeiro, Distrito Federal e Goioerê, interior do Paraná.
Na primeira quinzena de setembro, cerca de 600 pessoas serão levadas para o Rio Grande do Sul, onde serão acolhidas em cidades da região metropolitana de Porto Alegre. Ontem (26), um grupo de 36 profissionais de saúde voluntários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) saiu de Brasília com destino a Roraima, onde durante seis dias vão atender os imigrantes nos abrigos de Boa Vista e Pacaraima, com foco na prevenção de doenças.
Na semana passada, a Casa Civil informou que nos meses de agosto e setembro mil venezuelanos que ingressaram em Roraima serão enviados para outros estados. Nos meses anteriores, 820 estrangeiros fizeram o processo de interiorização em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), e outros milhares, segundo o governo, migraram por conta própria.
A transferência dos venezuelanos para outros estados é uma das ações da Operação Acolhida, iniciada pelo governo federal, em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), entidades da sociedade civil e prefeituras, para dar assistência aos imigrantes que chegaram ao Brasil nos últimos meses fugindo da crise político-econômica da Venezuela.
Em Boa Vista, ainda vivem nas ruas cerca de dois mil venezuelanos e outros seis mil estão abrigos no estado. A Polícia Federal estima que entraram no país quase 130 mil venezuelanos, desde 2017 até junho deste ano. Desses, cerca de 60% já deixaram o território brasileiro. Os dados atualizados de ingresso de venezuelanos no país devem sair nos próximos dias.
Segundo Viviane Esse, subchefe substituta de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, das cerca de 600 venezuelanos que cruzam a fronteira todos os dias, aproximadamente 300 pessoas procuram as autoridades brasileiras para se regularizarem. No entanto, segundo ela, a maioria deixa Roraima por conta própria em direção a outros países ou estados brasileiros.