array(31) {
["id"]=>
int(126225)
["title"]=>
string(66) "A história de Pureza: da luta contra o trabalho escravo ao cinema"
["content"]=>
string(3608) "Pureza Lopes Loyola é uma trabalhadora rural que, depois de ficar sem notícias do filho, em 1993, vendeu tudo o que tinha no Maranhão e saiu em uma jornada de três anos à procura dele. No trajeto se deparou com trabalhadores vítimas de maus-tratos e em situação semelhante à escravidão.
O reencontro de mãe e filho aconteceu três anos depois no Pará, quando ele conseguiu fugir de uma fazenda da região.
A saga dessa maranhense foi parar no cinema. O diretor Renato Barbieri diz que o filme levou 12 anos para ficar pronto. Ele, que trabalha há décadas com temas ligados à escravidão, conheceu os detalhes dessa busca por meio de um amigo fotógrafo, e se inspirou na coragem de dona Pureza para contar a história.
Do interior do Maranhão a Londres
Dona Pureza recebeu um Prêmio Internacional contra a Escravidão da AntiSlavery International Award, a organização não governamental (ONG) mais antiga e respeitada do mundo nessa temática.
A trajetória dessa mulher a transformou em um ícone na luta contra a exploração e os maus-tratos a trabalhadores. Aqui no Brasil, ela teve um papel importante para que o país passasse a reconhecer, em 1995, a existência do trabalho escravo moderno. Foi quando começaram os resgates, explica o diretor Renato Barbieri.
Isso pode explicar também por que muitos trabalhadores brasileiros têm dificuldade em reconhecer o trabalho escravo moderno. Na avaliação de Renato, nascemos dentro de uma mentalidade escravagista, que acompanha o brasileiro há séculos e acaba normatizando a escravidão.
O chamado trabalho escravo contemporâneo é caracterizado em quatro situações: condições degradantes de trabalho, jornada exaustiva, trabalho forçado e a servidão por dívida, diz o procurador Italvar Medina, vice-coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
Segundo Medina, quando os trabalhadores são resgatados, o vínculo trabalhista é encerrado com direito a todas as verbas rescisórias. Se não houver acordo com o empregador, o caso vai para a Justiça, a fim de que a vítima receba o que tem direito.
O empregador que explora o trabalho escravo fica sujeito a multa e responde a ação civil por danos morais e ação criminal no Ministério Público Federal, além de entrar para a lista suja do trabalho escravo.
Denúncia contra trabalho semelhante à escravidão pode ser feita por meio do Disque 100, pelo site mpt.mp.br ou ainda presencialmente nas procuradorias do Ministério Público ou nas superintendências.
"
["author"]=>
string(38) "Kariane Costa - Radioagência Nacional"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(575380)
["filename"]=>
string(24) "trabalho-escravo-mpt.jpg"
["size"]=>
string(6) "220153"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(6) "posts/"
}
["image_caption"]=>
string(50) "© Ministério Público do Trabalho - Divulgação"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(104) "Trabalhadora rural é considerada ícone do combate à exploração
"
["author_slug"]=>
string(35) "kariane-costa-radioagencia-nacional"
["views"]=>
int(372)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(64) "a-historia-de-pureza-da-luta-contra-o-trabalho-escravo-ao-cinema"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(456)
["name"]=>
string(16) "Direitos Humanos"
["description"]=>
string(0) ""
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(16) "direitos-humanos"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(456)
["name"]=>
string(16) "Direitos Humanos"
["description"]=>
string(0) ""
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(16) "direitos-humanos"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-01-29 11:57:33.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2021-01-29 11:57:33.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2021-01-29T12:00:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(30) "posts/trabalho-escravo-mpt.jpg"
}
Pureza Lopes Loyola é uma trabalhadora rural que, depois de ficar sem notícias do filho, em 1993, vendeu tudo o que tinha no Maranhão e saiu em uma jornada de três anos à procura dele. No trajeto se deparou com trabalhadores vítimas de maus-tratos e em situação semelhante à escravidão.
O reencontro de mãe e filho aconteceu três anos depois no Pará, quando ele conseguiu fugir de uma fazenda da região.
A saga dessa maranhense foi parar no cinema. O diretor Renato Barbieri diz que o filme levou 12 anos para ficar pronto. Ele, que trabalha há décadas com temas ligados à escravidão, conheceu os detalhes dessa busca por meio de um amigo fotógrafo, e se inspirou na coragem de dona Pureza para contar a história.
Do interior do Maranhão a Londres
Dona Pureza recebeu um Prêmio Internacional contra a Escravidão da AntiSlavery International Award, a organização não governamental (ONG) mais antiga e respeitada do mundo nessa temática.
A trajetória dessa mulher a transformou em um ícone na luta contra a exploração e os maus-tratos a trabalhadores. Aqui no Brasil, ela teve um papel importante para que o país passasse a reconhecer, em 1995, a existência do trabalho escravo moderno. Foi quando começaram os resgates, explica o diretor Renato Barbieri.
Isso pode explicar também por que muitos trabalhadores brasileiros têm dificuldade em reconhecer o trabalho escravo moderno. Na avaliação de Renato, nascemos dentro de uma mentalidade escravagista, que acompanha o brasileiro há séculos e acaba normatizando a escravidão.
O chamado trabalho escravo contemporâneo é caracterizado em quatro situações: condições degradantes de trabalho, jornada exaustiva, trabalho forçado e a servidão por dívida, diz o procurador Italvar Medina, vice-coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.
Segundo Medina, quando os trabalhadores são resgatados, o vínculo trabalhista é encerrado com direito a todas as verbas rescisórias. Se não houver acordo com o empregador, o caso vai para a Justiça, a fim de que a vítima receba o que tem direito.
O empregador que explora o trabalho escravo fica sujeito a multa e responde a ação civil por danos morais e ação criminal no Ministério Público Federal, além de entrar para a lista suja do trabalho escravo.
Denúncia contra trabalho semelhante à escravidão pode ser feita por meio do Disque 100, pelo site mpt.mp.br ou ainda presencialmente nas procuradorias do Ministério Público ou nas superintendências.