Brasil247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) respondeu de forma irônica às críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que o acusou de ter prejudicado a direita brasileira ao articular sanções contra autoridades do país junto ao governo americano.Por meio das redes sociais, nesta quarta-feira (23), o filho de Jair Bolsonaro (PL) contra-atacou as declarações de Zema com comentários irônicos direcionados ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelos inquéritos relacionados aos eventos de 8 de janeiro de 2023. As informações são da coluna Sonar, de O Globo.

"Deve ter sido eu quem mandou prender velhinhas de 70 anos pelo resto da vida na prisão", publicou Eduardo, utilizando tom sarcástico para questionar as investigações conduzidas pela Suprema Corte. Embora não tenha citado diretamente o nome do governador mineiro, o parlamentar classificou Zema como integrante da "turminha da elite financeira". "Enquanto são pessoas simples e comuns as vítimas da tirania, não há problema. Mas mexeu com a sua turminha da elite financeira, daí temos o apocalipse para resolver", declarou.

O embate teve origem na entrevista concedida por Zema ao jornal O Estado de S. Paulo, onde o governador manifestou descontentamento com a estratégia adotada pelo deputado federal em território estadunidense. Segundo o político do Novo, a proximidade de Eduardo com a administração do presidente Donald Trump pode ter influenciado as tarifas impostas pelo governo dos EUA contra produtos brasileiros.

"A posição que foi adotada não foi a mais correta pelo filho do ex-presidente. Acho que isso acabou causando um problema para a direita. Mas isso vem de todo esse outro contexto, que não sabemos o que é. O presidente americano é totalmente imprevisível", afirmou Zema na ocasião.

A contenda não se limitou ao governador mineiro. Na semana anterior, Eduardo também direcionou ataques ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticando sua abordagem diplomática junto ao empresariado para contornar as tarifas impostas por Trump. Através das redes sociais, o deputado acusou Tarcísio de demonstrar "subserviência servil às elites" ao buscar o diálogo como alternativa.

Na visão do parlamentar paulista, o governador paulista deveria concentrar esforços no "fim do regime de exceção", expressão utilizada por ele para se referir às condenações dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.