O primeiro banco do mundo surgiu durante o Renascimento, na cidade de Gênova, na Itália em 1406. A cidade de San Giorgio tinha um grande movimento para troca de moedas e ideia foi pela criação de uma instituição, que se propagou rapidamente. Por volta do século XV mais de 80 bancos faziam empréstimos a reis, papas e imperadores na cidade de Florença. Porém, há história de quem tenha descoberto transições bancárias foram os templários. A palavra Banco vem do germânico banki, que significa instituição financeira. Que tem além de   outras funções captar recursos e emprestar a juros aos deficitários. No Brasil o primeiro banco só começou a funcionar em 1908 com a chegada da família real portuguesa. Salve o Banco do Brasil. Quem pensa que o maior banco do mundo hoje é americano se engana. Os quatro maiores são chineses, depois vem um japonês e só então aparece o JP Morgan Chase.

Quando falamos de importância no mercado mundial não tem como fugir dos EUA. O motor gerador de riquezas está lá na terra do Tio San. Estou falando de banco agora porque estão vindo ai os resultados do primeiro trimestre e isso pode mudar muita coisa na economia mundial.  Na última sexta-feira, os maiores bancos dos EUA iniciaram a temporada de resultados corporativos revelando que obtiveram bons lucros neste começo de ano. Acontece que os aumentos das taxas do Fed, pode levar ao fechamento de bancos menores como o Silicon Valley Bank e o Signature Bank, e aumentar em muito a riqueza dos já capitalizados bancões, pois eles podem cobrar mais pelos empréstimos, além de captar mais na margem.


O JPMorgan, o maior dos grandes americanos, registrou receita recorde e viu seus lucros dispararem para US$ 12,6 bilhões, 52% a mais do que no mesmo trimestre do ano passado. O Citigroup, o terceiro maior banco dos EUA, teve lucro de US$ 4,6 bilhões, 7% a mais do que no primeiro trimestre de 2022. Por fim, o Wells Fargo, o quarto maior, manteve a alta com um aumento de 32% nos lucros do primeiro trimestre. Isso significa que os gigantes bancários sobreviveram ao caos causado pelas maiores falências bancárias desde 2008, não apenas ilesos, mas mais fortes. Embora haja algum debate sobre se eles serão capazes de manter os muitos novos depósitos que surgiram dos credores regionais, o ambiente ficou mais otimista. Ainda assim, as preocupações com uma recessão continuam. Ainda temos uma guerra, a China com seus problemas internos não se decide, o petróleo deslizando em uma gangorra e especialmente aqui no Brasil os 100 dias de um novo governo não vem empolgando.

Falo hoje dos bancos porque sem eles dificilmente vamos reencontrar o caminho do crescimento e do desenvolvimento. O capital continua ativo nas decisões políticas desde sempre. Banco e taxa de juros nasceram um para o outro. O Banco Central do Brasil, que sempre foi controlado pelo governo, conseguiu recentemente a sua tão sonhada autonomia. Em fevereiro de 2021 o presidente Jair Bolsonoro sancionou a lei aprovada pelo Congresso Nacional que estabelece a autonomia do BC para blindar o órgão de pressões político-partidárias. O seu presidente perdeu o status de ministros e virou bola 7.

Roberto Campos Neto tem sofrido críticas constantes do presidente da República. Prometeu não ceder, mas trabalhar em linha pela redução da taxa básica de juros do país. As pessoas quase nunca se preocupam com as reuniões do Comitê de Política Monetária do BC, mas elas são de extrema importância para o futuro do país e principalmente para o nosso dia a dia. O brasileiro adora um banco, mas não faz questão de saber exatamente o que ele faz.