Continuação de um grande sucesso recente da animação, “Frozen 2” traz um diferencial importante em relação ao original, ao apresentar uma trama mais complexa que poderá influir na expectativa de público.


Uma preocupação que pode explicar a necessidade de, na primeira semana, entrar no maior número possível de salas de cinema, na carona de uma forte divulgação.

O segundo filme protagonizado pelas duas irmãs princesas de Arendelle ganhou uma bonita metáfora sobre histórias de nações construídas a partir da destruição de outros povos e a necessidade de rever este passado a partir da ideia de tolerância e entendimento ao que é diferente.

Uma mensagem bastante atual, mas que pode esbarrar na falta de maior compreensão para um público inferior a 12 anos de idade.

A não ser pelos personagens, que incluem as irmãs Elsa e Anna e o boneco de neve Olaf, há muitos elementos novos na narrativa que envolvem mais a história do reino de Arendelle, sobre um misterioso fato do passado que repercute no presente.

Os protagonistas, em si, não exibem grandes mudanças. Elsa continua o processo de descoberta de seus poderes, ganhando agora uma relação mais metafísica, enquanto Anna se esforça em protegê-la.

O tema mais complexo dá, em contraposição, mais abertura a Olaf encabeçar cenas de humor, algumas delas realmente divertidas e outras exageradas, que surgem fora de sintonia com os demais acontecimentos.

Outro problema, já presente no primeiro filme, é o excesso de sequências cantadas, muito concentradas nos minutos iniciais, o que faz a narrativa demorar a ganhar força.