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Abram alas para a Folia de Momo e todas as oportunidades que ela gera para Belo Horizonte e o Estado. O Carnaval 2023 começa oficialmente neste sábado na capital mineira, mas a festa já vem tomando as ruas da cidade há várias semanas. A previsão é a de ser o maior evento de toda a história, reunindo 5 milhões de pessoas em BH e 10 milhões em Minas. E com números tão grandiosos, o faturamento não pode ficar para trás. A expectativa é de injeção de R$ 1 bilhão na economia e geração de emprego e renda no Estado.
Tamanha expectativa é reflexo de dois anos de abstinência dos foliões, que aguardam a retomada da festa após a pandemia de Covid-19. E para atender quem já está com o samba no pé, os setores de eventos, serviços, hotéis, bares e restaurantes - sem contar a economia informal - investiram e se prepararam para terem vendas e lucros maiores.
Além da injeção bilionária de recursos, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) prevê a geração de 9 mil postos de trabalho só na capital. E há espaço também para os informais, ou autônomos, que estarão nas ruas para venda de bebidas, alimentos, fantasias, acessórios, dentre outros produtos. Foram cadastrados pela PBH 16.117 ambulantes. A projeção é de ganhos superiores a 500% em relação ao que se fatura em um final de semana.
Quem está surfando nessa onda é Carmo Francisco Conrado Júnior, dono de um food truck. "O pessoal está entusiasmado e carente de festas. Minha expectativa é de aumentar bastante as vendas e faturar entre R$ 18 mil e R$ 20 mil nos quatro dias do Carnaval", aposta. Em um final de semana com evento, ele chega a ganhar cerca de R$ 3 mil com a comercialização de hot-dog, hambúrguer, tropeiro, macarrão na chapa e batatinha em cone.
No último final de semana, Conrado já percebeu no caixa o potencial do Carnaval deste ano nas festas em cidades vizinhas a BH, como Pedro Leopoldo, Confins, Vespasiano e Divinópolis.
Levantamento recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o Carnaval deste ano deve movimentar, em todo o Brasil, R$ 8,18 bilhões em receitas, uma expansão de 26,9% em relação a igual período do ano passado.
A pesquisa mostra que três segmentos devem girar 85% dessa receita: bares e restaurantes, com movimentação esperada de R$ 3,63 bilhões; transporte de passageiro (R$ 2,35 bilhões) e serviços de hotelaria e hospedagem (R$ 890 milhões). O restante ficou com empresas de lazer, cultura e outros segmentos, como aluguel de veículos e agências de viagens.
Divisão do bolo
No entanto, Mateus Daniel, presidente da Abrasel Minas, entidade que representa bares e restaurantes no Estado, diz que estão revendo as projeções e que o otimismo caiu. "Nossa expectativa antes do Carnaval era de um aumento de faturamento de 20%, porém estamos revendo esses números. Hoje acreditamos que não vai haver aumento de faturamento. É muita gente para dividir o bolo. A concorrência dos bares e restaurantes com os ambulantes e com os lojistas ficou muito grande. Porém, o Carnaval continua sendo um evento muito positivo. Quem vem agora para o Carnaval pode voltar depois. Mas o faturamento dos bares não deve ter um aumento significativo", afirma.
De acordo com o presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, a instituição conseguiu, junto à Prefeitura de BH, autorização para que as lojas possam funcionar como ponto de apoio no Carnaval, comercializando bebidas e também o uso do banheiro. "Essa liberação trouxe ainda mais animação aos comerciantes, já que poderão fazer uma renda extra, e participar ativamente do maior evento da cidade", diz.
Ele conta que, para manter o comércio atualizado, foi criado um documento gratuito com informações de programação de blocos, trânsito, públicos e horários. "O objetivo é ajudar o lojista a se preparar para receber os blocos e também vender. Essas informações estão disponíveis no site da CDL/BH (www.cdlbh.com.br)", aponta.
E como a previsão é a de que a capital receba cerca de 250 mil turistas, os hotéis já estão com lotação quase esgotada. "As previsões estão se confirmando, entre 90% e 100% de ocupação. Alguns hotéis maiores, de 4 e 5 estrelas, ainda têm vagas. Mas tem muito folião que chega na sexta e no sábado", diz Paulo César Marcondes Pedrosa, presidente do Sindhbares, que representa o setor hoteleiro em BH.
Na avaliação do dirigente, o Carnaval passa a ser a melhor época do ano para hotelaria de Belo Horizonte, superando eventos médicos e exposições, como a do Cavalo Mangalarga Marchador.
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Tamanha expectativa é reflexo de dois anos de abstinência dos foliões, que aguardam a retomada da festa após a pandemia de Covid-19. E para atender quem já está com o samba no pé, os setores de eventos, serviços, hotéis, bares e restaurantes - sem contar a economia informal - investiram e se prepararam para terem vendas e lucros maiores.
Além da injeção bilionária de recursos, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) prevê a geração de 9 mil postos de trabalho só na capital. E há espaço também para os informais, ou autônomos, que estarão nas ruas para venda de bebidas, alimentos, fantasias, acessórios, dentre outros produtos. Foram cadastrados pela PBH 16.117 ambulantes. A projeção é de ganhos superiores a 500% em relação ao que se fatura em um final de semana.
Quem está surfando nessa onda é Carmo Francisco Conrado Júnior, dono de um food truck. "O pessoal está entusiasmado e carente de festas. Minha expectativa é de aumentar bastante as vendas e faturar entre R$ 18 mil e R$ 20 mil nos quatro dias do Carnaval", aposta. Em um final de semana com evento, ele chega a ganhar cerca de R$ 3 mil com a comercialização de hot-dog, hambúrguer, tropeiro, macarrão na chapa e batatinha em cone.
No último final de semana, Conrado já percebeu no caixa o potencial do Carnaval deste ano nas festas em cidades vizinhas a BH, como Pedro Leopoldo, Confins, Vespasiano e Divinópolis.
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Divisão do bolo
No entanto, Mateus Daniel, presidente da Abrasel Minas, entidade que representa bares e restaurantes no Estado, diz que estão revendo as projeções e que o otimismo caiu. "Nossa expectativa antes do Carnaval era de um aumento de faturamento de 20%, porém estamos revendo esses números. Hoje acreditamos que não vai haver aumento de faturamento. É muita gente para dividir o bolo. A concorrência dos bares e restaurantes com os ambulantes e com os lojistas ficou muito grande. Porém, o Carnaval continua sendo um evento muito positivo. Quem vem agora para o Carnaval pode voltar depois. Mas o faturamento dos bares não deve ter um aumento significativo", afirma.
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