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Agentes da Polícia Civil e do Departamento de Operações Estratégicas (Dope), além de promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumprem na manhã desta sexta-feira, 1 de novembro, mandados de prisão e de busca e apreensão contra membros da Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras. Eles são acusados de envolvimento na emboscada contra a Máfia Azul, do Cruzeiro, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã. No episódio, um torcedor morreu e outros 17 ficaram feridos.
Entenda a rivalidade entre a Máfia Azul e a Mancha Verde
Jorge Luís Sampaio, presidente da organizada, e Felipe Matos dos Santos, o Fezinho, vice-presidente, estão entre os alvos da operação deflagrada na manhã desta sexta. Um dos endereços em que os policiais estiveram foi a loja da Mancha Alviverde, na rua Palestra Itália, em frente ao Allianz Parque, na zona oeste da capital, considerada uma das sedes da organizada. Eles usaram um equipamento para arrombar a porta do local e saíram de lá em direção ao Dope com malas cheias de objetos ligados à uniformizada, como bandeiras, camisetas e outros adereços.
A Justiça expediu na tarde de quinta-feira seis mandados de prisão, mas ninguém foi encontrado até o momento. Os policiais também fazem buscas e apreensões em outros nove endereços na capital paulista, em Taboão da Serra e em São José dos Campos.
Nos endereços dos procurados, os policiais estão atrás de três veículos identificados na cena do crime, além de aparelhos celulares, computadores, roupas e armas usadas no ataque ao ônibus com membros da torcida organizada do Cruzeiro, no último domingo.
Os objetos apreendidos serão apresentados na Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), liderada pelo delegado César Saad. Segundo a delegada que coordena a operação, Fernanda Herbella, o objetivo é prender os alvos envolvidos no crime e coletar o maior número de provas que possam auxiliam nas investigações.
Os pedidos de prisão foram feitos após a identificação de envolvidos por meio de imagens gravadas pelos próprios palmeirenses e por câmeras da Guarda Civil de Mairiporã. A Polícia cruzou as imagens com informações do banco de dados da Drade, que coordena a investigação do caso.
A emboscada terminou com a morte de José Victor Miranda, de 30 anos. Ele integrava um grupo da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, de Sete Lagoas (MG). Miranda chegou a ser internado no Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, em estado gravíssimo em decorrência de ferimentos de queimaduras e não resistiu. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atendeu a ocorrência no dia, foi ateado fogo em um dos ônibus dos cruzeirenses.
Ao todo, foram contabilizados 17 feridos. Dois torcedores do Cruzeiro continuam internados. Um deles, no Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã. Ele tem quadro estável e aguarda por cirurgia já marcada para esta semana na Santa Casa de São Paulo. Um que estava no Hospital Estadual de Franco da Rocha teve alta nesta quarta-feira. Ainda há um paciente na unidade estadual, em estado grave.
O caso é entendido como uma "cobrança" dos palmeirenses por uma ação de torcedores do Cruzeiro contra integrantes da Mancha Alviverde em 2022, também na Fernão Dias. Na época, Jorge Luís Sampaio Santos teve sua carteirinha de sócio, documentos e cartões de créditos arrancados dos rivais durante o confronto, além de ter sido espancado e ter vídeos expostos nas redes sociais. A confusão terminou com quatro torcedores feridos a tiros.
A Máfia Azul se manifestou ainda na tarde de domingo. "Perca com honra, mas não vença por covardia. O choro da mãe do seu rival não traz a alegria da sua", escreveu a uniformizada. A Mancha Alviverde nega o envolvimento na emboscada e diz ser acusada injustamente. "Com mais de 45.000 associados, nossa torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de cerca de 50 torcedores, que desrespeitam os princípios de respeito e paz que promovemos e defendemos", diz trecho da nota divulgada.
Cruzeiro e Palmeiras também lamentaram o ocorrido. Os clubes não se enfrentaram no final de semana. A equipe mineira jogou no sábado, contra o Athletico-PR, em Curitiba. Já o Palmeiras recebeu o Fortaleza, em São Paulo.
A Mancha Alviverde está proibida de entrar em estádios de São Paulo desde a última quarta-feira, 30. A Federação Paulista de Futebol (FPF) acatou a recomendação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
(Estadão Conteúdo)
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Entenda a rivalidade entre a Máfia Azul e a Mancha Verde
Jorge Luís Sampaio, presidente da organizada, e Felipe Matos dos Santos, o Fezinho, vice-presidente, estão entre os alvos da operação deflagrada na manhã desta sexta. Um dos endereços em que os policiais estiveram foi a loja da Mancha Alviverde, na rua Palestra Itália, em frente ao Allianz Parque, na zona oeste da capital, considerada uma das sedes da organizada. Eles usaram um equipamento para arrombar a porta do local e saíram de lá em direção ao Dope com malas cheias de objetos ligados à uniformizada, como bandeiras, camisetas e outros adereços.
A Justiça expediu na tarde de quinta-feira seis mandados de prisão, mas ninguém foi encontrado até o momento. Os policiais também fazem buscas e apreensões em outros nove endereços na capital paulista, em Taboão da Serra e em São José dos Campos.
Nos endereços dos procurados, os policiais estão atrás de três veículos identificados na cena do crime, além de aparelhos celulares, computadores, roupas e armas usadas no ataque ao ônibus com membros da torcida organizada do Cruzeiro, no último domingo.
Os objetos apreendidos serão apresentados na Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), liderada pelo delegado César Saad. Segundo a delegada que coordena a operação, Fernanda Herbella, o objetivo é prender os alvos envolvidos no crime e coletar o maior número de provas que possam auxiliam nas investigações.
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(Estadão Conteúdo)