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"Foi determinado por um ministro que as igrejas voltassem a ministrar culto. Mas o mérito não é do ministro, é de Deus", disse o pastor Valdemiro Santiago, logo no início da cerimônia. Entre aplausos dos presentes, ele ainda criticou as medidas de Alexandre Kalil (PSD), prefeito de Belo Horizonte que recorrer da decisão e se opôs à realização de cultos e missas presenciais.
"Todo mundo que deseja enfrentar Deus, é louco. Porque isso foi ordem de Deus", comentou Santiago. Pela transmissão online, era possível ver que, apesar de usarem máscara facial, o número de presentes ultrapassava a determinação de 25% imposta pelo próprio Supremo para que as cerimônias fossem realizadas neste domingo de páscoa.
Em nota enviada ao Estadão, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) se opôs aos cultos e missas presenciais, mesmo durante o feriado. "O Conic orienta que, mesmo neste período de Páscoa, o ideal é que as pessoas #FiquemEmCasa. A celebração da Páscoa é algo muito importante para nós, cristãos. Mas é fato que vivemos tempos difíceis. Tempos atípicos. Neste sentido, a ida a um culto ou missa pode ser uma oportunidade a mais de se expor ao vírus", afirma o texto.
Procurada, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse respeitar as decisões governamentais e frisou que a determinação sobre o funcionamento das igrejas católicas cabia às arquidioceses. Já a Aliança de Batistas do Brasil afirmou que segue as orientações da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) para que os cultos não fossem realizados de forma presencial. "Entendemos que o templo somos nós. Em todo e qualquer tempo, sempre estaremos a favor da vida."
O Estadão tentou contato com a Igreja Mundial do Poder de Deus, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.
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