Todo mundo tira o corpo fora: Centrão, Maia e até mesmo o presidente Bolsonaro
A expressão ‘subiu no telhado’ se refere àquela notícia ruim, que você dá em doses homeopáticas. E o que não faltou esta semana foram sintomas de que a reforma da previdência não está bem das pernas.
Tudo começou com a proposta de reforma dos militares, que aumenta os soldos, economiza pouco e mantém privilégios, e transformou o projeto em um filho feio, que ninguém quer embalar.
As reações vieram como pílulas de Hahnemann. Partidos do Centrão não querem a relatoria e estão jogando o projeto no colo do PSL, que assumiu a presidência.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, chutou o balde, lavou as mãos e saiu da articulação. Maia tomou a decisão após ler mais um post do vereador Carlos Bolsonaro, com críticas a ele. O governo não precisa de minha ajuda, teria dito, por telefone, a Paulo Guedes.
Até mesmo o presidente Bolsonaro deixou escapar que, no fundo, não quer a reforma. Ressaltou, é claro, que não seria responsável de sua parte pensar assim.
Ou seja, todo mundo nega a paternidade de um projeto que, pelo andar da carruagem, só vai sacrificar mesmo os brasileiros pobres.
Como pano de fundo, a queda de aprovação do governo e o tumulto no Congresso provocado pela prisão de Temer, que muita gente vê como uma provocação arbitrária da Lava Jato.
É, a reforma da previdência está subindo no telhado.