O Brasil continua na lista de exclusão de vários países para receber turistas, entre ele Portugal, que ontem anunciou a flexibilização das medidas preventivas para controle da pandemia.

O primeiro-ministro de Portugal, Antônio Costa, disse ontem que as fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha também vão continuar fechadas até à Páscoa e vão manter-se as restrições aos voos provenientes dos países de maior risco, como Reino Unido, Brasil e África do Sul.

“Apesar dos níveis da pandemia de um lado e do outro da fronteira permitirem a reabertura, vão manter-se encerradas as fronteiras com Espanha até à Páscoa para evitar as tradicionais grandes deslocações da semana santa”, afirmou Antônio Costa, em conferência de imprensa.

O primeiro-ministro falava ontem aos jornalistas, desde o Palácio da Ajuda, em Lisboa, no final do Conselho de Ministros que esteve reunido para aprovar o plano do Governo de desconfinamento do país.

Questionado sobre o controlo das fronteiras, o chefe do Governo sublinhou que Portugal tem mantido as regras acordadas ao nível da União Europeia com “medidas especiais” para os países de maior risco e de “origem das estirpes que neste momento merecem maior cuidado”.

O primeiro-ministro especificou que há “restrições particulares” para todas as pessoas que vêm diretamente do Reino Unido, Brasil e África do Sul ou que fazem escalas noutros países

António Costa frisou que, além do controlo interno dos voos diretos, há também regras para os passageiros provenientes dos países de origem das estirpes e que fazem escalas noutros países, designadamente a obrigatoriedade de apresentar um teste negativo à covid-19 e ao cumprimento de 14 dias de isolamento profilático.

Na apresentação do plano de desconfinamento, o primeiro-ministro afirmou que o plano de reabertura será “a conta-gotas” a partir de segunda-feira, 15 de março, considerando que, neste momento, se pode falar “com segurança” de uma “reabertura progressiva da sociedade”.

O presidente da República renovou ontem o estado de emergência até 31 de março, após aprovação do parlamento.