Estudo de buscador de voos aponta alguns destinos que devem ser os mais procurados pelos viajantes no próximo ano; confira a média de preço de cada um deles

OTEEMPO.com.br

Com uma amostragem de cerca de 2,6 milhões de buscas das principais rotas nacionais e internacionais, o buscador de voos Viajala conseguiu traçar um estudo sobre o comportamento do viajante brasileiro entre os meses de janeiro e setembro de 2017 e 2018. Por meio de um algoritmo foram analisadas as buscas das principais rotas nacionais e internacionais e, assim, inferir as tendências de viagens (e preços) para o ano que virá.

Confira os destinos que são apostas para o ano que vem e saiba quanto custa voar para cada um deles:

São Luís, MA

A capital maranhense apresentou um aumento de 106% nas buscas de passagens a partir dos aeroportos de todo o Brasil.

"A alta do dólar fez o turista olhar mais para dentro do Brasil e o Maranhão é um estado completo: é barato; tem belas paisagens, já que a vista de Lençóis é uma das mais bonitas da América do Sul; tem história, na própria capital, São Luís, fundada no século 17; e tem a gastronomia clássica do Nordeste, marcante", comenta Eduardo Martins, diretor nacional do buscador.

O Maranhão teve, em 2017, os melhores indicadores de turismo dos últimos cinco anos. "Hoje, o estado tem 53 cidades no mapa do turismo brasileiro, ferramenta de priorização de investimentos do Ministério do Turismo, o que nos faz acreditar que esse crescimento vai seguir despontando."

João Pessoa, PB

As praias paradisíacas mais intocadas do Nordeste já vinham anunciando uma popularização há algum tempo. João Pessoa, na Paraíba, foi 78% mais procurado pelos viajantes em 2018, em comparação com o ano passado.

“Viajar para lá pode custar um pouco mais do que ir para outras praias nordestinas, mas o custo-benefício da Paraíba, menos lotada e mais barata, é o principal ponto a favor”, explica Martins. E não são só os brasileiros que estão vendo isso: o 1º trimestre de 2018 apresentou crescimento de quase 200% na ocupação hoteleira estrangeira em João Pessoa, comparada com 2017 (dados da PBTur). Se considerarmos só os turistas argentinos, o aumento foi de mais de 300%.

Lisboa e Porto, Portugal

Portugal é o grande fenômeno do turismo internacional em 2018. Lisboa teve um crescimento surpreendente de 436% na procura dos turistas brasileiros este ano, em relação ao ano passado, e o Porto apresentou um aumento de preferência de 331%. Apesar da alta do dólar, os preços das passagens para a Europa não pesaram tanto no bolso este ano, pelo contrário: houve queda de 5% no preço médio para Lisboa, e de 8% no preço médio para o Porto.

"Lisboa foi o segundo destino mais buscado pelos viajantes brasileiros esse ano, atrás apenas de São Paulo. Isso se deve a muitos fatores: uma intensa promoção do destino por parte do governo português, o custo-benefício do país, a facilidade do idioma, a enorme oferta de voos diretos... A tendência é que Portugal se mantenha no Top 5 em 2019 e que o preço médio siga caindo", assinala Eduardo Martins.

Toronto, Canadá

O Canadá passou a ser um dos destinos queridinhos dos Brasileiros, não só para as férias, mas também para estudar e trabalhar. "Notamos que muitos usuários procuram o país em virtude do dólar canadense ser mais baixo que o americano, e de o sotaque canadense ser mais claro que o britânico", comenta.

Toronto teve crescimento de 240% na preferência dos usuários esse ano e queda de 30% no preço médio da passagem - foi a queda mais alta registrada pelo Viajala no preço médio dos destinos internacionais.

Quito e Ilhas Galápagos, Equador

O Equador tem tudo para receber muitos brasileiros em 2019. Primeiro, pela inauguração de novos voos diretos para Quito, que acontece no fim desse ano, com preço médio de R$1.600 para o começo de 2019. Em segundo, um motivo especial: a mil quilômetros da costa equatoriana, está Galápagos, arquipélago de 13 ilhas vulcânicas conhecido por ser o lar de pinguins, leões marinhos, iguanas e tartarugas gigantes.

A área teve alta de 7% no número de visitantes em 2017 e isso alertou o Ministério do Turismo local, que sabe que os ecossistemas frágeis podem sofrer com uma eventual massificação turística. "O destino é exclusivo principalmente pelo preço (uma estadia lá pode custar alguns milhares de dólares), mas esse alarme gerou rumores de uma possível limitação imediata no número de visitantes, restrição que pode fazer com que os preços subam ainda mais", avisa o diretor do Viajala.